LAROYÊ! EU SOU CRIA DO TAMBOR
Alma que surgiu no universo de Olorum
fruto da inspiração, FORÇA da terra ancestral
LUTA E ORGULHO, negro imortal
Eu vim... no vento tal poeira
Num ritual que atravessou o mar
África, se espalhOU pelo mundo afora
A vida se FEZ luz em Pirapora
Nossa Senhora ME CONSAGROU
UM APRENDIZ, NA BATUCADA ME ENTREGUEI
Compositor do meu destino, fui além
Hoje o "coro vai comÊ", no terreiro do caqui
Bate o SURDO nego, a Filial vem aí
É QUILOMBOLA ESSA GENTE SOBERANA
Gigante escola de samba
O tempo sombrio...
opressão e preconceito sobre nós
Invadiu a nossa casa, destruiu
Tentaram calar a nossa voz
"Laranja boa, seu moço"
nosso quilombo resistiu
À luta de um povo guerreiro que não desistiu
Ouço o repicar dos tamborins
tantos carnavais, Meu peito emana
A RIQUEZA Do amor mais bonito
Legado Á nação QUE ME ACLAMA
EU ERA MENINO, E SONHEI...
QUE A PERUCHADA FEZ DE MIM UM GRANDE REI
UM CARDEAL DA RUA ZILDA AO INFINITO
E A ARQUIBANCADA HOJE VEM CANTAR COMIGO.
|