África do ventre negro lá nos montes eu nasci
Pasta, semente, tesouro, todo deserto percorri
Exalei no velho mundo o sabor que conquistou
Através do italiano a bebida se espalhou
Cheguei ao Brasil, Belém do Pará
Progresso, industrialização
O Povo se uNIU, aquela expansão
Gerou riqueza com a sua evolução
Pega firme na enxada
Pro suor fazer brotar Ouro Verde
Brilha o olho do Imperador
Toca o progresso meu nobre senhor
Nesse chão, negro lutou, se libertou, povo guerreiro
Mãos chegadas de além mar
Um mundo novo a lavorar
Ditou o rumo da nação
Num misto de poder e ambição
Quem é que te da energia?
Quem é que te acompanha dia a dia?
Meu amor pra sua vida adoçar
Essa colheita vou comemorar
Acende o fogo bota água pra ferver
Hoje o café é a razão do meu cantar
São trinta anos de uma história que fascina
Eu sou Marquesa, sou raiz da Brasilina.
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