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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. MANCHA VERDE - CARNAVAL 2016
Enredo: Mato Grosso - Uma Mancha Verde no coração do Brasil

O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

INTRODUÇÃO:

Lá vem a Mancha Verde!
Querida pelo seu povo, orgulho sem igual,
fazendo da cor do seu manto, a inspiração para esse carnaval.
Voa imaginação e nos leve para o centro do país,
onde o povo é mais feliz, tem origem e raiz,
um santuário de beleza, obra-prima da natureza,
em que o misticismo faz parte da história
e as lendas e costumes são preservados na memória
de quem tem o prazer de conhecer essa terra de magia
e que hoje, quem diria, tem como fórmula de sucesso,
a mistura perfeita entre a tradição e o progresso.
Por isso, abram alas…
Pois a minha escola hoje é um pantanal de belezas mil,
é “Mato Grosso, uma mancha verde no coração do Brasil!”

DESENVOLVIMENTO:

1º SETOR:

Matogrossense legítimo e criado na região,
é chamado por aqui de “chapa e cruz”, o verdadeiro filho desse chão,
que carrega na sua mente, muitas histórias desse lugar,
algumas bastante conhecidas e outras difíceis de acreditar.
Afinal, alguém consegue explicar,
como na Chapada dos Guimarães, ainda hoje podemos encontrar,
conchas e outros elementos comuns no fundo do mar?
Dizem que há milhões de anos, a região passou por uma metamorfose radical,
geleira virou deserto e depois uma floresta tropical.
Hoje, o verde aqui predomina seja em qual canto for,
ervas, arbustos e plantas são presentes do criador.
Se a flora os olhos encanta, a fauna não fica atrás,
o céu, as águas e as matas abrigam uma infinidade de animais.
Do seu solo sagrado nasceu uma exuberante vegetação,
terra vermelha e fértil, é a vida que brota do chão.
Se não bastasse a beleza, sua natureza nos reserva surpresas maravilhosas,
reluzentes diamantes e outras pedras preciosas.
Água em abundância, cenário encantador,
uma infinidade de peixes, que contemplam a vida e sustentam o pescador.
Vejo ao longe uma chalana e ao fundo o sol se por,
inspiração para violeiros e poetas e suas rimas de amor.
E por falar nas águas do Pantanal e suas histórias…
Continuo com essa prosa, falando de uma lenda famosa
que passou por geração em geração,
há quem fale que é verdade e outros, fruto da imaginação.
Dizem que num passado distante, toda região foi coberta por um oceano gigante,
que com o tempo foi secando, sobrando somente uma área alagada
e pequenas baias formadas por água salgada.
Este local, de ”o mar de Xarayés” foi batizado,
em homenagem a uma antiga tribo que aqui havia habitado.
Exímios ceramistas e pescadores,
foram extintos devido a maldade dos espanhóis invasores.
Porém, na mente do pantaneiro a história não está morta,
se é verdade ou mentira, isso pouco importa,
o que vale é que a lenda do mar de Xarayés continua intrigante…
Será mesmo que as águas e peixes do Pantanal, vão para outros oceanos
através de um arco-íris brilhante?

2º SETOR:

A natureza nos presenteia com uma cena de deixar qualquer um emocionado,
como é lindo ver milhares de borboletas multicoloridas e seu bailado,
cartão de visitas para quem chega ao Pantanal,
deixando a certeza de que se o paraíso existe, aqui é seu quintal.
Vejo uma infinidade de pássaros rasgando o céu em revoada,
com seu canto que encanta, é fantástico o entardecer com a passarada.
Quando chega à noite, conversar em volta da fogueira é uma tradição,
entre histórias e canções, são relatados contos de pura emoção,
como a lenda de uma jovem índia que desejava a Deusa Lua Jaci encontrar,
para que ela a transformasse em estrela e no céu pudesse brilhar.
Certo dia, ao descansar na beira de um lago, a imagem da lua refletida enxergou,
cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo do rio e se afogou.
Jaci, comovida pelo ocorrido, seu esforço resolveu compensar,
numa estrela diferente de todas as outras, decidiu a índia transformar.
Fez dela uma estrela das águas, de beleza sem igual,
surge assim, a vitória-régia do Pantanal.
A região seca do cerrado, foi o cenário de um período de grande tribulação,
pessoas vindas de todas as partes, foram atraídas pela cobiça e ambição,
cegos pela febre do ouro,
devastaram parte da natureza, este sim o verdadeiro tesouro.
No meio da mata construíram uma cidade, Vila Bela da Santíssima Trindade,
que se destacou no período da colonização,
principalmente com a chegada de negros vindos da África para a escravidão,
trabalharam duro no garimpo, até que as jazidas se esgotaram,
os garimpeiros foram para outro lugar e os escravos abandonaram,
conseguiram abrigo numa região inóspita e isolada, no Vale do Guaporé, fizeram morada.
Por mais de dois séculos mostraram coragem e bravura,
venceram doenças, invasões e o isolamento e mesmo assim preservaram sua cultura.

3º SETOR:

Alto Xingú, morada do índio, o gigante guerreiro,
área preservada graças a perseverança de um sertanista forasteiro,
que lutou pela criação de uma reserva, onde os nativos tivessem paz,
caçando, pescando, vivendo de acordo com seus costumes, cultura, leis e nada mais.
Que comece o ritual!
O Quarup, a dança dos espíritos, é a crença da alma imortal,
por isso, todas as tribos evocam Mavutsinim, o deus da criação
para que receba em sua morada, esse grande protetor, para muitos um irmão,
de bondade sem igual, Orlando Villas Boas, o “cacique branco do Pantanal”.
No Araguaia, o misticismo faz parte do imaginário de cada morador,
dizem que uma misteriosa civilização vive embaixo da terra, em plena Serra do Roncador.
Toque o berrante boiadeiro, pois é chegado a hora de anunciar,
que o cortejo dos verdadeiros brasileiros vai passar,
violeiros e colonos, agricultores e pescadores, esse aqui é seu lugar!
No Mato Grosso dos dias atuais, um segmento merece atenção,
o eco-turismo é uma atividade em franca ascensão.
Seja escalando uma montanha, seguindo uma trilha ou dando um mergulho,
o uso consciente dessa exuberante natureza é motivo de orgulho.
Deus abençoou este chão com um solo fértil, símbolo de fartura
e hoje o que move a economia do estado é a agricultura.
O cultivo de grãos sinaliza para um futuro promissor,
milho, arroz, feijão, Mato Grosso é potência, estado exportador.
O plantio da soja em larga escala, gera divisas, trás o progresso,
porém, opiniões divididas contestam esse sucesso.
Muitos comemoram os benefícios econômicos trazidos por esse grão
e outros fazem a seguinte indagação…
Vale a pena em nome da modernidade, queimadas, poluição e tanta devastação?

CONCLUSÃO:

Falar dessa terra, é falar de cultura, crença e tradição,
natureza exuberante, riqueza que brota do chão,
é chegar a uma conclusão que me deixa feliz,
se o Brasil alimenta o mundo, Mato Grosso é sua raiz.

Que abram as porteiras do Anhembi, pois a comitiva Mancha Verde vai passar,
com sua comunidade vibrante que não para de cantar
e a bateria Puro Balanço que faz a pele arrepiar.
E hoje, com muito orgulho leva para a avenida um pedaço do Pantanal,
pois é Mato Grosso o enredo do meu carnaval!


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