Eu vim de lá...
Também sou cabra da peste
Sou das bandas do nordeste
Vila Bella, sim sinhô
Serra talhada, chão rachado, poeirento
E um sentimento que reflete o meu valor
Óh meu "Padim Ciço" fé e devoção
Minha história tá na memória
Eu sou do tempo do valente Lampião
"Se avexe não", na tristeza dou um nó
No arrasta pé do xote, baião e forró
Puxa o fole sanfoneiro a poeira vai subir
Sertanejo chorou tanto, tá na hora de sorrir
Há esperança reluzindo em cada olhar
Faz um verso de amor, amanhã vai melhorar
O cangaceiro na batalha triunfou
Até Maria Bonita no bando comemorou
"Olê muié rendeira"
Na embolada dançando a noite inteira
Vem violeiro, num repente ajeitado
Tô "arretado", a zabumba tá chamando
"Não há oh gente ó não"
Coisa melhor do que cantar o meu sertão
Quanta saudade "é tempo de voltar"
Salve! Mestre Vitalino
O meu orgulho, minha raiz
Patrimônio cultural desse pais
Mancha verde é emoção, "oxente"
Coração do nordestino bate no peito da gente
Somos uma só família, eta povo abençoado
Hoje meu samba vai no passo do xaxado.
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