O sol queimando o chão do meu sertão
Confesso, marejou o meu olhar
E quando olhei a terra ardendo
Pedi: – Oh Deus do Céu, derrame a salvação
Triste vida Severina, no suor da minha lida
Sertanejo, homem forte
Que resiste a própria sorte
Pra vencer nesse mundão
Vixe Maria! “Oia” lá no céu…
O milagre aconteceu, começou o “chuvarel”
Mandacaru floresceu pra colorir o cerrado
Nesse solo abençoado
A vida brota entre as veias deste chão
Renasce a plantação
Vai a revoada pelo ar
A água leva o sofrimento do lugar…
É a natureza, um relicário sem igual
Oh Padim Ciço abençoe os filhos do sertão
Que agradecem à São Pedro e São João
Sou cabra da peste, filho do nordeste
Cidade Líder, eu sou!
Lá vem a Primeira, levantando poeira
Sim, senhor!
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