::.. CARNAVAL 1996 - G.R.C.E.S. MOCIDADE ALEGRE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  17/02/1996
Ordem de entrada:  3
Enredo:  Uma História de Luxúria e Vaidade
Carnavalesco:  Vaniria Nejelski
Grupo:  Especial
Classificação:  3º
Pontuação Total:  289,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Carlos Augusto Cruz Bichara
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Sombra
Intérprete:  Vagner Mariano - "Vaguinho"
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Murillo
Porta-bandeira:  Sonia Maria
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

MOCIDADE ALEGRE

COMPOSITORES: ROBERTINHO DA TIJUCA/ GUI CAÇULA

 

HOJE VOU ENFEITAR O PAVÃO

QUERIDA, BONITA, CHEIROSA

EU SOU A TAL

MOCIDADE, ALEGRIA, CARNAVAL

FOI ASSIM QUE TUDO COMEÇOU

DEUS CRIOU A HUMANIDADE

A LUXÚRIA E A VAIDADE

FOI O HOMEM QUEM INVENTOU

NA PRÉ-HISTÓRIA

HAVIA MULHER DE MONTÃO

PRA CONQUISTAR BRAVO GUERREIRO

A BELEZA VIROU ARMA DE SEDUÇÃO

VÊNUS, NARCISO

AFRODITE E DIANA

SÃO BELDADES DA CULTURA GRECO-ROMANA

 

ORAYÊYÊÔ OXUM, LINDA DIVINDADE AFRICANA

 

CORTE DE LUIZ XV, ORGIAS

NINGUÉM SABIA QUEM ERA DE QUEM

 

BEM ANTES DISSO, REI SALOMÃO

MONTOU SEU PRIMEIRO HARÉM

 

CAMINHADA, MALHAÇÃO

COLESTEROL "TÔ FORA" PREJUDICA O CORAÇÃO

SOU GERAÇÃO SAÚDE

EM BUSCA DA ETERNA JUVENTUDE

 

QUERO VER, QUERO OUVIR O MEU POVO CANTAR

MINHA ESCOLA EXALANDO, PERFUME NO AR

NA MORADA DO SAMBA, PLANTEI MINHA RAIZ

QUANDO ESTOU NO LIMÃO, EU SOU FELIZ!

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

A luxúria e a vaidade acompanham o homem desde o início da Humanidade. São duas características humanas que surgiram nas cavernas, com o homem primitivo. Naquele tempo, havia mais mulheres do que homens em cada tribo, porque os grupos eram pequenos e muitos homens morriam nas caças e na guerra.

Para garantir a procriação e a preservação de cada tribo, os homens podiam ter mais de uma mulher. Mas como é da índole humana querer ser melhor do que os outros, homens e mulheres começaram a cultivar os primeiros sentimentos de vaidade e luxúria.

Entre as várias esposas de um guerreiro, havia a disputa para ser a preferida. E as mulheres começaram a desenvolver técnicas de sedução. Ser a mais bonita, a mais sensual, a mais atraente. Nascia a vaidade.

Ao mesmo tempo, os caçadores mais fortes e inteligentes usavam seu prestígio para atrair as mulheres mais formosas e interessantes. Sempre de olho nas esposas dos outros. A luxúria, que é o apego ao desejo carnaval, começava a se espalhar entre a espécie humana.

Até no paraíso bíblico luxúria e vaidade têm papel fundamental. Deus criou Adão e Eva sem o pecado nem o desejo. Mas a semente da sedução atingiu Eva, que conquistou seu companheiro. Depois de terem descoberto o prazer, sentiram vergonha e se cobriram com folhas de árvores. Foi a primeira roupa. Nascia a moda, símbolo de vaidade.

O Antigo Testamento tem várias histórias de luxúria, mas nenhuma como a da cidades de Sodoma e Gomorra, onde as orgias aconteciam por toda a parte. Deus mandou então dois anjos destruírem as duas cidades. Suas ruínas passaram a servir como uma espécie de exemplo de como deve ser o inferno.

Nas civilizações antigas a luxúria e a vaidade rapidamente se espalharam. Os perfumes e cosméticos eram obrigatórios no Egito Antigo (4.000 anos atrás). Por causa do sol forte, os egípcios inventaram até o bronzeador.

Outro símbolo marcante da luxúria foi o grande Rei Salomão. Vaidoso, era o homem mais poderoso do seu tempo. Tinha o exército mais poderoso do mundo e era famoso por sua sabedoria. Foi um símbolo da luxúria, pois chegou a ter 400 mulheres em seu harém.

Muitos estudiosos atribuem à luxúria e à vaidade a queda do Império Romano. No início do século I (quase 2.000 anos atrás), Roma começou a ter dificuldades para pagar as importações de produtos de beleza e moda. Eram perfumes, cosméticos e tecidos vindos de toda a parte do mundo para manter a vaidade e os prazeres das romanas. Foi em Roma que foram criados o penteado permanente e o tingimento.

A Grécia e Roma, aliás, trataram da vaidade com grande sabedoria. O personagem que personifica a vaidade nasceu na cultura grega: Narciso. Era um jovem muito belo que um dia, ao abaixar-se para beber água, viu sua própria imagem na fonte. Apaixonou-se por si próprio de tal forma que não consegui desviar o olhar do reflexo de seu rosto na água. Ali, definhou até a morte. Por isto Narciso e o narcisismo são símbolos da vaidade.

Na mitologia greco-romana existe a deusa dos prazeres, que simboliza a luxúria. Era Vênus, muito bela e sedutora, que encarnava a sensualidade e o anseio pelos prazeres. Teve milhares de amantes e seu filho mais famoso foi Cupido.

Os cultos africanos também têm seus deuses vaidosos e luxurientos. Oxum, representada por uma linda mulher que está sempre admirando a própria beleza num espelho, vive cercada de admiradores. Oxossi, guerreiro destemido e aventureiro, senhor das matas e dos seres da floresta, conquista o coração de quantas mulheres quiser mas, como é vaidoso, só aceita que a iniciativa seja sua.

Nas nações islâmicas, os preceitos do Profeta Maomé separam vaidade de luxúria. De um lado as mulheres têm que cobrir o rosto com um véu (contra a vaidade), mas cada homem pode ter até quatro esposas (um incentivo à luxúria). Ainda é comum entre reis e sultões aqueles que possuem dezenas de mulheres e concubinas, no melhor estilo das 1001 noites.

Mais recentemente, as cortes francesas ficaram famosas por seus excessos em termos de vaidade e luxúria. Durante os tempos dos reis Luis XIV e XV, o palácio era na verdade um grande templo de orgias e prazer.

No contexto da vaidade e da luxúria nasceu o carnaval, festa que na Roma Antiga se caracterizava pelo relaxamento das regras de controle da sexualidade. Naqueles três dias, tudo era permitido. O carnaval é filho da luxúria e da vaidade e isto vale até os dias de hoje.

Ao longo do tempo, o homem foi criando símbolos para representar a vaidade. Entre os animais, elegeu o pavão, por sua beleza. O espelho passou a ser o objeto principal para o vaidoso, mas também as jóias, os perfumes e os produtos de beleza e maquiagem.

E se existem vários tipos de vaidade, como a da beleza, a da sabedoria, a do poder, existe uma muito especial, que é a vaidade de ser Mocidade Alegre. A Mocidade é uma escola vaidosa por excelência, que tem orgulho de sua tradição e até sua quadra tem um nome vaidoso, a Morada do Samba. Por isto, num desfile que exalte a vaidade, a nossa Mocidade não poderia ser esquecida.

Por fim, nos dias de hoje, luxúria e vaidade ganharam novos conceitos. Em tempos de culto ao corpo, ser vaidoso é cuidar não apenas da aparência, mas também da saúde. É preciso malhar para ter um corpo perfeito, é fundamental conhecer as últimas novidades em vitaminas, tônicos, tratamentos de rejuvenescimento e de beleza disponíveis nas academias de ginástica, nos produtos diet e nos tratamentos médicos.

A luxúria, por sua vez, está estampada em toda a parte. Pela televisão, invade as casas. O sexo é despejado na vida das pessoas pelo cinema, pelas revistas e pela publicidade. E apesar de toda a liberação, estamos na era da Aids. Todo cuidado é pouco. Por isto, a mensagem da Mocidade é a do sexo seguro.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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