::.. CARNAVAL 2003 - G.R.C.E.S. FLOR DE VILA DALILA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  03/03/2003
Ordem de entrada:  9
Enredo:  Embu de Todas as Artes
Carnavalesco:  José Carlos Lisboa
Grupo:  1A
Classificação:  4º
Pontuação Total:  292,0
Nº de Componentes:  800
Nº de Alegorias :  4
Nº de Alas :  15
Presidente:  Antonio Carlos Rosa
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Lula
Intérprete:  Cajá, Juninho, Vagner e Lalá
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  William
Porta-bandeira:  Magal
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

FLOR DE VILA DALILA
COMPOSITORES: JUNINHO/ WAGNER

 

NO INÍCIO, NESSA TERRA FASCINANTE

QUANDO OS PORTUGUESES DESBRAVARAM A SERRA DO MAR

E OS ÍNDIOS, SEUS PRIMEIROS HABITANTES

QUE OS JESUÍTAS TINHAM PRA CATEQUIZAR

DIZ A LENDA

QUE O PADRE BELCHIOR UM ÍNDIO FOI SALVAR

E SURGE ENTÃO UMA BELA CIDADE

COM SOLO FÉRTIL PARA SE PLANTAR

CÁSSIO M'BOY, SAKAI DE EMBU, SOLANO TRINDADE

TROUXERAM AS RIQUEZAS PRO LUGAR

 

AO SOM DA BATERIA EU QUERO VER

MINHA ESCOLA COLORIDA

MOSTRANDO EMBU DAS ARTES PRA VOCÊ

 

MOVIMENTO HIPPIE

A ARTE ENTÃO SE POPULARIZOU

A NATUREZA TAMBÉM TEM O SEU ESPAÇO

ENTÃO O VERDE NA CIDADE SE ESPALHOU

AS GALERIAS DE ARTE, O ARTESANATO

MÓVEIS E ANTIGUIDADES TAMBÉM TEM SEU VALOR

NAS DELÍCIAS DE EMBU, VOU ME ACABAR

E AO SOM DA SINFONIA, VOU DELIRAR

É SANTA CRUZ, É A FESTA DE ADORAÇÃO

O POVO VEM COMEMORAR

A GRANDE FEIRA SE TORNOU A TRADIÇÃO

É GENTE DE TODO LUGAR

 

MEU CARNAVAL É PURA EMOÇÃO

EU TRAGO A VILA NO MEU CORAÇÃO

DALILA É ALEGRIA, MINHA FLOR TEM MAGIA

QUE FAZ BRILHAR MEU PAVILHÃO.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

PROPOSTA

A comunidade de Vila Dalila, através de sua escola de samba traz com pura emoção para os braços do povo, a magia da cidade de Embu. Lenda, história, personagens, curiosidade e muito samba é a nossa proposta, pois, vamos passear por uma cidade, cuja diversidade cultural é o seu ponto alto tornando-a um importante centro de manifestações artísticas, é dessa forma que a Flor de Vila Dalila agradece e enaltece "Embu das Artes" por sua enorme contribuição ao povo brasileiro.

DESENVOLVIMENTO

Meio século depois da descoberta do Brasil, o aldeamento de Bohi, muito próximo à São Paulo de Piratininga era alcançado através de Itanhaém por jesuítas portugueses. A missão era catequizar os índios tupis, conta a lenda: "... o Padre Belchior de Pontes subiu de Itanhaém para o planalto com a incumbência de encontrar um local para fundar um colégio de jesuítas. Perdeu-se na caminhada de muitos dias pela mata inóspita e foi socorrido por um índio que o levou desfalecido para sua choça. O índios saiu para buscar água e não retornou mais. Encontraram-no morto e envolvido por uma grande cobra: M'Boy na língua guarani. O Padre Belchior então sepultou o índio conforme os costumes católicos e no mesmo lugar ergueu uma capela..." daí, originou o nome M'Boy, e mais tarde Embu.

A boa convivência entre indígenas e jesuítas favoreceu a ocupação da região por colonos que plantavam verduras naquele solo fértil e com a predominância do catolicismo, muitos desenvolveram a aptidão para as artes sacras. A partir do séc. XVII, já se viam quadros religiosos produzidos no local de excelente qualidade, mas a vocação artística da cidade começou a ser reconhecida com o santeiro Cássio M'Boy, que ganhou o primeiro grande prêmio na Exposição Internacional de Artes Técnicas em Paris (1937), Cássio foi precursor de vários artistas e recebia em sua casa expoentes do Movimento Modernista de 1922 e das artes em São Paulo, como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Volpi.

Nos meados dos anos 50, Sakai de Embu aprendeu com Cássio as primeiras técnicas de escultura em terracota, suas máscaras o tornaram um dos maiores ceramistas-escultores brasileiros. Sakai formou um grupo de artistas plásticos que perpetua o movimento de artes na cidade, mais tarde, um dos alunos de Sakai trouxe o pintor e poeta pernambucano Solano Trindade para Embu em 1962, apelidado de "vento forte africano", contribuiu com pensamentos e cores da África, sendo também mentor de várias manifestações artísticas. O ano de 1964 não poderia ser melhor para o município: foi realizado o Primeiro Salão de Artes Plásticas, trazendo riquezas para o lugar, já que foi um evento de cunho nacional e internacional, trazendo vários artistas e conhecedores de artes consagrados, principalmente de solo francês.

No final dos anos 60, Embu entra no movimento hippie. Convidados pelos artistas locais, artesãos hippies passaram a freqüentar a cidade nos finais de semana e a expor seus trabalhos, como roupas exóticas e bijuterias nas ruas centrais, mas a natureza também compõe a arte, já que em 1973 surgiu um dos primeiros movimentos ecológicos brasileiros no Embu em defesa dos animais silvestres e flora, fundando a Sociedade Ecológica Amigos do Embu, que também despertou a idéia de famílias japonesas em criar a Feira do Verde que acontece na Praça da lagoa nos finais de semana.

Arte tem que ter galeria de arte e são mais de vinte exibindo aquarelas de várias regiões do Brasil, além de trinta e cinco lojas oferecendo peças do artesanato local. Os trinta antiquários e quarenta lojas de móveis rústicos são outras notáveis atrações, a maior concentração do ramo no país.

Nas delícias de Embu, a culinária é mundial e comer bem tornou-se uma questão de honra, e, ouvir a Banda Sinfônica Municipal que conta com sessenta músicos da região é um delírio musical. Para os olhos, a delicadeza das pedras preciosas e semi preciosas dão um toque sutil e histórico na feira da cidade, quando lembramos dos primeiros bandeirantes e mineradores.

Nosso passeio termina pela Festa de Adoração a Santa Cruz, realizada perto do Cruzeiro da Paz, onde devotos fazem todos os anos as suas comemorações entre os dias 17 e 19 de maio, através de promessas e agradecimentos. A cidade conhecida por sua famosa "Grande Feira" nos finais de semana, é um excelente ponto turístico e os vinte e sete quilômetros que a separam da capital, torna-se visita quase obrigatória nas Ruas N. S. do Rosário, Joaquim Santana e Largo dos Jesuítas, daqueles que amam a arte em todas as suas nuances.

Esta é Embu das Artes ou... Embu de Todas as Artes!

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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