::.. CARNAVAL 2025 - G.R.C.S.E.S. VAI-VAI................................
FICHA TÉCNICA
Data:  01/03/2025
Ordem de entrada:  7
Enredo:  O Xamã devorado y a deglutição bacante de quem ousou sonhar desordem
Carnavalesco:  Sidnei França
Grupo:  Especial
Classificação:  9º
Pontuação Total:  269,4 - [Vejas as justificativas]
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Clarício Gonçalves
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Beto e Mestre Tadeu
Intérprete:  Luis Felipe
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Renatinho Trindade
Porta-bandeira:  Fabiola Trindade
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO
VERSÃO DA ESCOLA

Nova pagina 2
COMPOSITORES: Naio Denay/ Francis Gabriel


Raiou!... No mais insano ritual, Vai-Vai
Neste banquete cultural profano
Devora a arte
A essência de um sonhador bacante
Vem ver um ser genial, mundano no viver
Quanto prazer... Sua obra vou saborear
E reviver até eternizar seu mundo louco (é!)

“Pois Zé"... Revolução deu Oficina
“Ôh Zé"... Sua desordem teatral
“É Zé" inspiração da Bela Vista
“Zé” referência... É xamã, é carnaval!


Na ousadia da liberdade
Tropicalista na vadiagem
No caos, repressão, entra em cena a coragem
A luz nua e crua da sua verdade
Tem fogo ardente de quem é virado no Exu!
Volta Zé... Ao som da minha batucada
Assina a direção dessa folia popular
Quilombo Saracura... Evoé! Saravá!

Meu alvinegro, manto sagrado

Raiz coroada em tantos carnavais
Quem nunca viu o samba amanhecer

Vai no Bixiga pra ver, só no Bixiga pra ver.
 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

Introdução
 
Sob a luz do carnaval, a Escola de Samba Vai-Vai dedica seu cortejo na próxima folia ao ator, diretor, dramaturgo, encenador, escritor, pensador, Exu, bruxo, xamã, bacante – y, acima de tudo, gente – José Celso Martinez Correa y suas necessárias, valiosas y inquietas produções.
 
Reverenciar Zé Celso é exaltar a pluralidade y a efervescência cultural do Bixiga. Seu lugar, nosso lugar, berço de nossas essências – do Teatro Oficina y da nossa Saracura!
 
Que todos os deuses e forças universais estejam conosco nesta grandiosa missão de “samba, liberdade y amor”.
 
Vamos juntos vislumbrar a aurora da nossa folia. Afinal, quem nunca viu o samba amanhecer...
 
Sinopse
 
O Xamã Devorado...
 
Cintilam fagulhas que de minha essência mundana escapam. Labaredas pululam de minh’alma (b)errante. Centelhas da luz que adentram y iluminam a profanidade do meu sagrado estado de arte. Eu sou rebentação na quietude, complacência no turbilhão. Sou Exu das artes, bruxo das existências, sábio das mutações. Acima y além, sou Xamã Etherno da Pauliceia bruta y algoz, como voz dissonante que acende o farol do tempo para ligar o passado do querer ao futuro consagrado pelo manto alvinegro do Quilombo Saracura.
 
Que serei eu – que será de mim? – senão devorado pelo barravento adornado por coroa y ramos de café, que me toma de verdade y intenso ardor de paixão. Serei eu, tomador de olhares, a alimentar a sanha antropofágica que engole minhas vísceras dramáticas y criadoras para delas fazer ciência do poder de Baco!
 
Devora-me, Vai-Vai! Faz deste ‘eu apocalíptico’ teu vinho y teu pão, matando a fome de cultura de um povo que tem em ti o gosto da existência. Ofereça em praça aberta – y cortejo – meu sangue, inteligência y todas as forças, todas em forma de arte, como quem dá de beber na fonte mais (im)pura e verdadeira. Minha obra é céu aberto de tormentas que te lavam y celebram na encruzilhada-mór do Bixiga. A ti entrego o avesso y o verso do sentir paulistaníssimo.
 
Com ardor da paixão: Devora-me, Vai-Vai!
 
“...Y A Deglutição Bancante...”
 
O processar da minha arte se faz lento, mas vigoroso. Digerir minhas visões de infernos y prazeres é buscar ordem no caos. Com Exu na boca, Ogum de frente, Oxalá no coração, Oxóssi atrás y Oxum no movimento, avanço como um rio através de grossos portões. Sou depravo y poeta. Afetuoso no desejo, engulo y devoro o tempo presente. Precipito-me ao futuro, tornando o passado alvo. Na junção dos tempos, empunho o arco, solto a flecha y edifico minha arte. Sigo no afã, entre a vã consciência y o prazeroso sentir... Ao sentir fiz do ofício minha Oficina.
 
Me entreguei ao confronto dos Anos de Chumbo, quando vivi a vida de “Pequenos Burgueses”, esbanjando “Nossa Vida Impressa em Dólar”. Iludi para desnudar em faces burlescas “O Rei da Vela”, na “Roda Viva” voraz do existir. Dos caminhos de um “Galileu-Galilei”, questionei e neguei “Gracias Señor”. Do cruel drama de “Ham-let” ao auge da luta dos brasis, o que desliza pelas beiras y o entranhado nos sertões de nós, em “Os Sertões”.
 
Se ofereci resistência à dureza do pensar-agir, o corpo se entregou ao fluxo orgisíaco na total inexistência de pudores y amarras. Se ofereci “As Boas”, foram eles, os “Mistérios Gozozos”. “As Bacantes” rasgaram todas as roupas, adentraram às bocas, às almas, devoram as cartilhas de costumes. Afinal, “Para Dar Um Fim no Juízo de Deus”, convoquei meus guias numa encantada “Macumba Antropofágica”.
 
Sou tão ardido que nem Baco dá conta de digerir. Minha mente protesta no tanto y quanto a corporeidade expõe. Sou o rebolar nas cucas cerradas. Sou agulha que cinze o esfacelar dos corações invejosos da magia de quem “bacanizou” y teceu a vida nas tramas de amor y liberdade!
 
...De Quem Ousou Sonhar Desordem
 
Do alto da nostalgia de minha febril permanência neste cosmo experimentei ousadia. Ousei sonhar desordem. Romper com as ordens. Fluí entre os solavancos da vida y a louca busca por liberdade. Na ordenação inútil da minha desordem, busquei ser começo, fim y começo novamente. Multiplico. Quis nada y tudo. Ao regurgitar minha essência, terão o avesso do meu acerto. Corrompi o Chronos.
 
Ao cessar do fogo – reluzido em fagulhas, tal qual Prometeu roubando do Sol calor – surgirão dos restos as cinzas no meu sonhar em verde bosque atravessado pelas águas do Rio Bixiga, irmão do Saracura, revelando em cenas reais o vislumbre tropicalista de outrora.
 
Ao retornar – triunfante, ao raiar do dia – carregado na alegoria caótica das vozes dissonantes y pulsar descompassado dos corações alvinegros – terei eu, o Xamã, ofertado ao povo o regurgitar do mais feliz dos carnavais: o meu carnaval – livre das amarras y faiscante de emoção. Enebriado pela galhofa foliã, terei um cortejo todo meu – uma apoteose – jorrando das entranhas do Bixiga de todos os povos a magia que nem o fogo dá conta de findar.
 
Se a rua é do povo y o teatro é a voz, eu sou o drama feliz y popular!
 
Evoé, Vai-Vai... Saravá!
 
Da arte y do Bixiga, eu: Zé Celso

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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