Axé, quando a noite alumia
Vou seguir a caminhada carregando a tua guia
Eis o Pilintra sob o clarão da lua
Nosso povo toma a rua, louvação se inicia
Laroyê, Exu... pra quem quiser chamar
Saravá, Saravá, Mojubá
SARAVÁ, SARAVÁ, MOJUBÁ
A seca castigava sua terra
Nessa vida severina vai buscar a liberdade
Salve a Jurema no sertão do catimbó
O destino dá um nó e num “Porto” de saudade
Partiu e abraçou novo terreiro
Vestiu a malandragem lá no Rio de Janeiro
Zé Pilintra, Zé Pilintra, boêmio da madrugada
É o rei do carteado e também da encruzilhada
Zé Pilintra, Zé Pilintra do sapato bicolor
Juramento de malandro é fugir do desamor
Acende o candeeiro
As almas de umbanda iluminam o congá
Nas sete linhas, a responsabilidade
A fé reflete a paz de Oxalá
Tu és o grito das favelas
Entre becos e vielas
A voz do povo sofredor
Quem me protege não dorme
Meu redentor!
Quando o couro do tambor, arrepia
Abre a gira pra saudar meu protetor
Incorpora na avenida
A Barroca é quem te chama
Salve Zé Pilintra de Aruanda
(Respeite quem veio vencer demanda!).
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