Os arautos vêm anunciar, trazido pelos seus anjos em contos e histórias... Dos meus sonhos dourados. Vindo de lá descendo o cortejo Azul, vermelho e branco a ondular pela Avenida ao som da mais vibrante sinfonia percussiva. Marcação que evoca a ancestralidade de uma dinastia formada por nobres de alta linhagem. Um reino construído em muitas formas de arte. Entre elas, o ouro e a sabedoria. “O Ouro símbolo da riqueza e ambição e a Sabedoria dos deuses aos caminhos a seguir.”
Viajando através dessas civilizações, uma das mais antigas, o Egito é repleto de mistérios e histórias fascinantes. Na busca de riquezas e de sabedorias, a cultura egípcia tem seis mil anos de história registrada. O Antigo Egito esteve entre as primeiras civilizações complexas a surgirem no planeta e por milênios manteve uma cultura impressionante intrincada e estável que influenciou as culturas posteriores. Nascido à margem do rio Nilo, sendo uma região formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. Suas águas também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
Para os antigos egípcios, o desenvolvimento estava ligado diretamente a espiritualidade destinada ao Olho de Hórus (símbolo de poder e proteção). Hórus é a divindade egípcia que Tudo Vê, representa a Sabedoria Divina, que deve orientar e guiar os passos. São os Olhos do Espírito desperto da ilusão do mundo, liberto dos pensamentos mundanos e desejos.
Acreditamos que o Egito eleva todos os ensinamentos desta civilização que ao longo dos tempos nos ensinaram e ainda ensinam e que nos traz sabedoria, mas também ainda para decifrarmos os enigmas deixados. Desta maneira, os egípcios cultivavam as artes musicais e entendiam bem o efeito da harmonia musical e da sua influência sobre o espírito humano. A música era usada no departamento de cura nos templos para curar distúrbios nervosos. Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. Era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração (pesado=pessoas ruins, leves=pessoas boas).
Ainda viajando por esta civilização descobrimos o surgimento da escrita, pois permitiu a divulgação de ideias e comunicação. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.
Berço da humanidade e uma das mais imponentes civilizações do mundo, o Egito tem também o papel fundamental na história do vinho. Não foram cultivadas lá as primeiras uvas, mas é nesta localidade ao norte da África onde estão os registros mais antigos da produção e do consumo da bebida. Em intrigantes pinturas estilizadas, chamadas de pictogramas - feitas com um estilete sobre argila molhada nas tumbas de faraós, nobres e artesãos, estão as primeiras representações dessa bebida milenar.
Diversos estudos arqueológicos realizados na região do Nilo Azul comprovaram que, cerca de 7000 a.C., os povos locais produziam uma bebida a partir de sorgo que seria semelhante à nossa cerveja. No Egito, a cerveja era parte da dieta cotidiana dos faraós egípcios há mais de 5.000 anos. Ela era apreciada por adultos e crianças. O uso da cerveja na sociedade egípcia não tinha apenas a finalidade usual. Muitas vezes, era prescrita para tratar várias doenças. A cerveja era considerada o presente mais adequado para se dar aos faraós e uma excelente oferenda aos deuses.
Assim com toda sabedoria, foram os egípcios os primeiros a adotar o ano de 365 dias, semelhante ao ano solar. Eles fizeram isso para saber quando o Rio Nilo iria inundar. O primeiro calendário foi feito aproximadamente em 3000 a.C.
E porque não em nossa viagem não citarmos a mais poderosa e a mais famosa de todas as rainhas, “CLEOPATRA”. Poucas mulheres alcançaram o status de governantes do Antigo Egito. Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país. Subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com joias de ouro e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas, safiras e rubis), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares.
Esse Egito, de suas belezas incógnitas e de suas arquiteturas valiosas das quais foi responsável pela construção de alguns dos monumentos mais famosos da humanidade, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge, tendo sido também uma das mais poderosas de seu tempo e uma das primeiras seis civilizações a surgir de forma independente no mundo. Suas ruínas antigas são um foco importante de estudo arqueológico e interesse popular de todo o mundo.
Essas construções estupendas e belas... Essas pirâmides e esses templos gigantescos têm uma vastidão e uma beleza que ainda impressionam após o lapso de muitos milhares de anos. Estão ainda assombrados com o caráter admirável do acabamento da obra; as pedras, em muitos casos, foram assentadas com uma exatidão tão surpreendente, que dificilmente uma faca poderia infiltrar-se entre as juntas.
Quanto mais aprendemos dos egípcios, mais maravilhoso eles parecem ser! De quem teria o Egito aprendido as suas artes assombrosas, cujos segredos morreram com ele?
Desafiando a mão do Tempo, a vã pesquisa da ciência profana desvendarão os seus enigmas a apenas alguns dos legatários daqueles aos quais foi confiado o MISTÉRIO, e que daquelas esfinges intrépidas mantêm os seus segredos bem guardados. Quem os deslacrará? Qual dos nossos anões materialistas modernos e dos nossos incrédulos ousará erguer o VÉU DE ÍSIS?
Dos Mistérios pelos Palcos da Vida... Viemos buscar o Ouro e a Sabedoria para desvendar o SAMBA! Esse danado que mexe o corpo da gente, raiz do carnaval que desde 1973 viu nascer um novo capítulo com a criação de uma majestosa FLOR DE VILA DALILA, o botão da flor que desabrochou muito mais que o próprio jardim da qual já era rainha, ora em seus 45 anos de vida, num ritual de consagração no grande terreiro da avenida, onde a cada desfile são renovados os laços de fé e devoção dos seus súditos, que exalta sua própria essência de amores e sonhos trançados nas teias do tempo, percorrendo as trilhas do que se chama destino, na busca de nosso ideal, “A VITÓRIA”.
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