::.. CARNAVAL 2017 - G.R.C.B.E.S. EM CIMA DA HORA PAULISTANA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  27/02/2017
Ordem de entrada:  1
Enredo:  A Coruja do samba reverencia sua raiz... Mocidade Alegre... 50 anos. Emoção de toda uma vida
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  3
Classificação:  7º
Pontuação Total:  178,3
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Jair Santos
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

COMPOSITORES: PAULO MANSULLI/ JAIR SANTOS

 

 

 

A CORUJA DO SAMBA

REVERENCIA SUA RAIZ...

MOCIDADE ALEGRE

ORGULHO DO SAMBA DE NOSSO PAÍS.

OS MARIPOSAS RECUPERADAS...

FOI O INICIAL PONTAPÉ

NÃO DESFILAVA A MULHERERADA

SÓ HOMENS VESTIDOS DE MULHER

 

BATAM PALMAS MINHA GENTE

PARA MUITOS É MODELO

POIS É A PIONEIRA

E NÓS A TEMOS COMO ESPELHO

 

GRANDES BALUARTES

PESSOAS INESQUECIVEIS

É A MORADA

24 HORAS DE SAMBA IMPERDIVEIS

VENHA VER QUEM É...

A MOCIDADE PRA VOCÊ

E QUEM QUISER...

 

LA VEM ELA...

50 ANOS DE PASSARELA...

EM CIMA DA HORA VAI COM ELA...

COM GRANDE GARRA E EMOÇÃO...

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

Justificativa: Porque escolhemos este tema enredo?

A Escola de Samba EM CIMA DA HORA tem a honra de apresentar este tema enredo, o qual irá simplesmente reverenciar nossa própria raiz. Nossa agremiação está prestes a completar 20 anos de fundação (em 20/01/2018) a qual se deu justamente em função da resumida história que vamos relatar abaixo.

Nos idos nos 70 (1970), Jair Santos, fundador e atual Presidente da Escola de Samba EM CIMA DA HORA entrou para o mundo do samba ainda um garoto com apenas 9 anos, no Carnaval de 1973, pelas mãos de um dos maiores compositores de samba enredo que o Carnaval de São Paulo já conheceu, Odair Fala Macio (in memoriam), o qual o levou para GRÊMIO RECREATIVO E CULTURAL ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE ALEGRE, onde Odair era integrante da ala de compositores desta agremiação.

Na Mocidade Jair Santos permaneceu durante 24 anos de sua vida, nos quais colaborou como merendeiro (empurrador de alegoria), Diretor de harmonia, componente da comissão de frente por 7 anos e chefe de ala (atualmente chamado Presidente de ala), apresentador de temas enredo, etc....

Jair Santos saiu da Mocidade em 1997, convidado que foi por um grupo da sociedade amigos de bairro do local onde foi morar após seu casamento, bairro hoje em dia onde está sediada a Escola de Samba EM CIMA DA HORA, na região do Grajau, extremo da zona sul da Cidade de São Paulo.

Os amigos da Associação de bairro identificaram nele experiência para fundar e presidir um, até então, despretensioso Bloco de “sujos”, para brincar o carnaval no bairro.

Este Bloco de “sujos”, acabou se transformando meses mais tarde na Escola de Samba EM CIMA DA HORA, com data de fundação em 20/01/1998, as vésperas de completar 20 anos de história, sendo a 1ª Escola de Samba em regime oficial das regiões Capela do Socorro/Grajaú e Parelheiros na Capital Paulista.

O aprendizado obtido durante anos na Mocidade Alegre, hoje estão sendo de virtual importância no comando de nossa EM CIMA DA HORA, afirma nosso fundador, Jair Santos.

Então, neste ano de 2017, quando a Mocidade Alegre completa 50 anos de fundação, não seria justo esquecermos de homenagear aquela que foi para nós a nossa raiz, nosso espelho no carnaval paulistano, afinal, partimos do pretencioso pressuposto que nossa fundação tenha sido gerada pelo aprendizado adquirido por nosso Presidente em seu tempo militando pelo pavilhão da Mocidade Alegre.

RESUMO DA HISTÓRIA DA MOCIDADE ALEGRE

Embora a funda ção oficial da Mocidade Alegre tenha sido em 24 de setembro de 1967, sua história começa quase 20 anos antes.

No Natal de 1948, chegava a São Paulo – procedente de Campos (RJ) , Juarez da Cruz, que em pouco tempo teria participação fundamental no desenvolvimento do Carnaval de São Paulo.

Em 1950 Juarez, seu irmão Salvador da Cruz e mais dois amigos resolveram sair no Carnaval vestidos de mulher. Saíram no sábado e só voltaram na Quarta-feira, para desespero de suas esposas e filhos. Nos anos seguintes o bloco foi aumentando, com a presença de outro irmão, Carlos Cruz.

Em 1958, o então prefeito Jânio Quadros iniciou um projeto de recuperação dos bondes e ônibus da capital, com forte publicidade, e os coletivos reformados, passaram a circular com os dizeres “Primeiros Bondes Recuperados pela Prefeitura”. Os integrantes do Bloco, num ato de grande irreverência carnavalesca, e aproveitando para clamar pela reabertura dos prostíbulos do Bom Retiro fechados a oito anos pelos órgãos públicos, onde trabalhavam as “mariposas”, nome pelo qual eram identificadas as prostitutas, decidiram usar o nome do Bloco como uma forma engraçada de protesto.

A partir de então o bloco carnavalesco saiu no carnaval com o nome de Bloco das Primeiras Mariposas Recuperadas do Bom Retiro, bairro em que Juarez e seus amigos moravam. Esse é real motivo para a notória proibição das mulheres no bloco. Os maridos não iriam permitir as esposas a desfilarem no bloco a partir de seu nome e da razão deste nome.
Era algo inconcebível para aquela época.

Por imposição de um dos componentes do grupo, que se recusou a sair fantasiado de mulher, no ano de 1963, eles saíram de palhaços e percorreram a Avenida São João, onde a Rádio América promovia o Carnaval de rua com exclusividade. Enquanto o bloco passava em frente ao palanque o, hoje em dia celebre e saudoso locutor, Evaristo de Carvalho, disse em alto tom: - "É um bloco muito alegre, um bloco de sujos, como existem muitos no Rio de Janeiro; me lembra os melhores tempos do Bloco Carnavalesco Mocidade Louca, de Campos/RJ” 

Esta evocação de lembranças do, hoje em dia, celebre e saudoso, locutor, viria a inspirar o nome da grande agremiação que aquele Bloco carnavalesco se tornaria.

Ao sentarem para descansar um pouco do desfile, na esquina da Avenida São João com a Rua Conselheiro Crispiniano, aquela frase dita pelo locutor não saía de suas cabeças. Estavam no meio-fio, descansando, quando resolveram dar um nome ao bloco. Entre muitas sugestões o escolhido foi Mocidade Alegre, já que ao se apresentarem eles lembraram ao locutor o saudoso Bloco carnavalesco da Cidade Fluminense citado acima, e a expressão "alegre" foi o adjetivo acrescentado pelo locutor Evaristo de Carvalho, que usou esta palavra para apresentá-los ao povo.

Nascia aí a Escola de Samba MOCIDADE ALEGRE.

O INICIO DA ASCENSÃO

Juarez da Cruz trabalhava no supermercado Peg Pag desde 1955. No ano de 1964, um dos diretores da rede de supermercados e que era francês, solicitou a presença do até então bloco carnavalesco em uma festa de final de ano em sua residência, apresentação esta que muito entusiasmou o Diretor da empresa, sugerindo este a Juarez que aumentasse o número de componentes do Bloco e se preparasse para desfilar em Santos, onde a secretaria de turismo preparava um Carnaval de rua organizado, o que não ocorria aqui em São Paulo na época.

A rede de supermercados Peg Pag colaboraria, solicitando aos seus fornecedores de aves que cedessem as penas. A lavanderia da rede de supermercados cuidaria dos sacos de aniagem, antes embalagens de batatas, e que agora serviriam para a confecção das roupas.

Os funcionários do departamento de Promoção cuidariam dos desenhos das fantasias.

A OFICIALIZAÇÃO
Tendo como base o estatuto social dos Acadêmicos do Peruche, foi feito o da Mocidade, que em 24 de setembro de 1967 se transformou em Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Alegre, tendo como primeiro presidente o Sr. Juarez da Cruz. Também participaram da fundação seus irmãos Salvador e Carlos Augusto, Ademar Nunes, Ailton de Paula (Gordo), Antônio Ciullada e José Maria do Nascimento.    
A escolha das cores oficiais teve que obedecer a uma convenção de que seria uma combinação original, diferente das já existentes nas agremiações da cidade, sugerindo-se o vermelho e o verde, cores complementares que permitem uma grande gama de tons dégradés; como símbolo da escola, criou-se um desenho de tradução literal: um casal de jovens (“mocidade”) tocando e dançando (“alegres”).

A MORADA DO SAMBA
A Morada do Samba, tradicional sede e quadra de ensaios da Mocidade Alegre, foi inaugurada no dia 17 de Julho de 1970 na Avenida Casa Verde, onde estava sediada até a pouco tempo atrás. Atualmente a agremiação encontra-se em ouro local.
 O apelido “Morada do Samba” dado a quadra da agremiação, foi criado por um integrante da escola que sintetizou os principais objetivos da diretoria comandada por Juarez da Cruz: abrir as portas da Mocidade para qualquer sambista, de qualquer coirmã, qualquer pavilhão...um lugar para o sambista se sentir em casa.  

A RÁPIDA ASCENÇÃO
A Mocidade Alegre conseguiu a proeza de ser tricampeã do carnaval paulistano logo após subir para o grupo principal. Em 1970, venceu o Grupo 2 e, nos anos seguintes, já promovida ao Grupo 1 (hoje em dia chamado grupo especial ou grupo de elite do carnaval paulistano), foi tricampeã em 1971, 1972 e 1973.
O sucesso desse tricampeonato gerou forte impacto na estrutura do carnaval paulistano, obrigando as demais agremiações a “correrem atrás”, se profissionalizarem e se organizarem melhor, para poder competir em igualdade de condições com a Mocidade Alegre
E todo este processo influenciou diretamente na história do carnaval de sampa, pois com a profissionalização e melhor organização, a grande mídia, órgãos públicos, etc., passaram a centralizar sua visibilidade e atenção no desfile das escolas de samba.

24 HORAS DE SAMBA
O saudoso presidente da Mocidade Alegre, Juarez da Cruz, criou, em 1972, o evento 24 Horas de Samba para comemorar os cinco anos de fundação da Mocidade Alegre. O evento perpetua-se até os dias atuais, realizado todo mês de setembro para comemorar a data de fundação da Mocidade Alegre. Durante 24 horas, o samba, a confraternização com as coirmãs do samba, o reconhecimento a pessoas que fazem a história da Mocidade Alegre, etc., são o foco desta festa.  Notadamente, é hoje em dia um dos mais famosos aniversários de escola de samba do país, tendo como principal característica a confraternização entre escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro.

PIONERISMO
A Mocidade foi a primeira escola de samba paulistana a introduzir destaques sobre os carros alegóricos, adereços de mão e alas coreografadas.
A Morada do Samba também teve a honra de ser a primeira escola de samba a ser convidada pelo Ministério da Cultura a representar o samba paulistano na Europa, viajando para a Ilha da Madeira.

RENASCENDO PARA UM NOVO DIA
Em 1992, o presidente Juarez da Cruz passou o cargo para seu irmão, Carlos Augusto Cruz Bichara.
O presidente Carlos Augusto Cruz Bichara faleceu em 1998, sendo substituído pela sua filha Elaine Cristina.
O processo de retomada do crescimento da escola continuava.
A Presidente Elaine comandou uma verdadeira revolução no que diz respeito a administração, organização e processo de produção dos projetos para o desfile carnavalesco da agremiação, com mudanças significativas na produção artística visual. Ela criou ainda o Departamento de Eventos, e o Departamento Jovem.
A bateria, agora já conhecida pelo apelido de “Ritmo Puro”, junto com estes novos departamentos na agremiação, passaram a ter forte atuação e mobilizaram um grande número de jovens da comunidade.
Uma onda de otimismo e resgate da autoestima dominava os diversos segmentos da escola logo após o vice-campeonato de 2003. A Presidente Elaine, logo após este vice-campeonato afastou-se do cargo para cuidar de problemas de saúde.  Infelizmente Elaine veio a falecer.

A VITÓRIA VEM DA LUTA... A LUTA VEM DA FORÇA... E A FORÇA, DA UNIÃO!
Enfrentando dificuldades financeiras, assumiu a Presidência da agremiação, Solange Cruz, que iniciou sua gestão canalizando sua forte personalidade e a empolgação dos diversos segmentos em prol da qualidade máxima em todos os quesitos a serem julgados no desfile oficial.
O trabalho incansável e persistente da nova diretoria resultou em um antológico campeonato já no primeiro carnaval (2004) tendo Solange Cruz como Presidente da Mocidade Alegre.
Desde então a agremiação, vem num belo momento de crescimento sustentado por muito trabalho e competência de sua atual Presidente Solange Cruz, a qual lidera seus pares com um profissionalismo ímpar, necessário e exemplar para muitas tradicionais agremiações sambistico carnavalescas.
E vários títulos vieram. Até o Carnaval 2017 a Mocidade Alegre, como uma das maiores ganhadoras de títulos da história do carnaval paulistano, ostenta 10 títulos do Grupo Especial.
E com toda esta competência e personalidade a atual presidente Solange Cruz, imortalizou uma frase usada para “inflamar” sua comunidade e “apronta-la” para, com garra, defender o pavilhão da morada do samba.
A frase é: A Vitória vem da luta, a luta vem da força e a força...da UNIÃO.

Quem do samba de São Paulo, que nunca ouviu esta frase, associando-a a Mocidade Alegre?

PESSOAS MARCANTES NA HISTÓRIA DA MOCIDADE ALEGRE

Ninguém neste mundo, seja qual for sua área de atuação, faz algo sozinho. Ainda mais quando este feito se trata de gerir uma Escola de Samba pois todos sabemos das enormes dificuldades que anualmente estas agremiações, em todos os grupos, passam para defender seus pavilhões, temas enredos, mantendo acesa a chama da resistência cultural sambistico/carnavalesca.

Na Mocidade isto não se deu de forma diferente. Claro que a importância de seus fundadores na história da agremiação e até mesmo na história do carnaval de São Paulo é de extrema importância, mas eles tiveram sim pessoas que de alguma forma menos ou mais, colaboraram para o engrandecimento do nome MOCIDADE ALEGRE.
Estas pessoas relacionamos abaixo:


O francês:

No ano de 1964, um dos diretores da rede de supermercados e que era francês, solicitou a presença do então, bloco carnavalesco, em uma festa de final de ano em sua residência, apresentação esta que muito entusiasmou o Diretor da empresa, o qual sugeriu a Juarez que aumentasse o número de
Componentes do Bloco e se preparasse para desfilar em Santos, onde a secretaria de turismo preparava um Carnaval de rua organizado - o que não ocorria aqui em São Paulo na época.
A rede de supermercados Peg Pag colaboraria, solicitando aos seus fornecedores de aves que cedessem as penas. A lavanderia da rede de supermercados cuidaria dos sacos de aniagem, antes embalagens de batatas, e que agora serviriam para a confecção das roupas. Os funcionários do departamento de Promoção cuidariam dos desenhos das fantasias.
Podemos então afirmar que este francês foi o primeiro mecenas, fomentador para que a Mocidade Alegre se transformasse na potência sambistica que é nos dias atuais.

Seo Beto:

Entrou na morada do samba para ajudar na construção da quadra como voluntario e ali permaneceu por toda sua vida. Seo Beto foi o que podemos chamar de pai, padrinho e mentor intelectual em muitas situações na Mocidade, por anos. Comandou como presidente, a ala de compositores.

Elaine:

Filha de um dos fundadores da Mocidade Alegre, Seo Carlos Cruz, Elaine Cruz assumiu a Presidência da agremiação e comandou o renascimento da Mocidade Alegre, sendo vice-campeã logo em seu primeiro ano de gestão. É dela o credito de ter preparando a Mocidade Alegre para uma grande guinada que tem até hoje em dia seus efeitos.
Faleceu logo após se licenciar da presidência por problemas de saúde.

Uma curiosidade marcante...
A Mocidade Alegre é detentora de um grande feito nos desfiles carnavalescos do eixo São Paulo/Rio de Janeiro, nesta época em que o dinheiro fala mais alto que o amor a uma agremiação. O pavilhão oficial da agremiação foi defendido até o momento por apenas sete porta-bandeiras em 50 anos de tradição. São elas: Vera (1967 a 1969), Olga (1970 a 1977), Enedir (1978 a 1981), Sônia (1982 a 2002), Adriana (2003 a 2012) e Karina (desde 2013 té os dias atuais) – todas elas bailarinas incomparáveis, que construíram a tradição da Morada do Samba de trazer sempre grandes porta-bandeiras.
FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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