INTRODUÇÃO
Manaus, teve sua época de um esplendor
artístico, que não era proporcional com a paisagem tropical que rodeava
a uma postiça Capital do Amazonas. Manaus tivera um ar de Paris Tropical
com seus enormes boulevards muito antes das outras capitais do sul.
Pelo porto da cidade postiça escoava-se a
borracha com destino à Europa e aos Estados Unidos, e também, por ela
entrava toda espécie de aventureiros, cocottes parisienses,
comerciantes, caçadores de fortunas e os imigrantes nordestinos em busca
do Eldorado.
SINOPSE
O processo de vulcanização, descoberto por
um americano, permitiu a utilização da borracha em escala industrial e
deflagrou no Brasil, a vertiginosa valorização da região amazônica, com
suas florestas repletas de seringueiras.
Na última década do século XIX, o Brasil
tinha o monopólio da produção da borracha no mundo.
O principal comprador era a Inglaterra que
controlava a distribuição do produto.
A situação privilegiada que o Brasil
desfrutava no mercado internacional da borracha criou grandes fortunas,
gerando toda uma elite amazonense. Era como se o Eldorado tivesse sido
finalmente descoberto.
Pelos portos de Manaus e Belém escoava-se
a borracha com destino à Europa e aos Estados Unidos.
Assim como o café enriquecera São Paulo, a
nova matéria-prima iria criar, em pleno coração da floresta, um país de
lendas, digno de Mil e Uma Noites. Somente os fabulosos tesouros de
remotos marajás do Velho Oriente seriam comparáveis à fortuna desses
filhos diletos do Eldorado. Manaus e Belém, duas cidadezinhas acanhadas,
transformaram-se, do dia para a noite, em centros de vida cultural e de
festas galantes.
DAS SELVAGENS FLORESTAS AOS BRINQUEDOS
Basta olhar em torno de nós para descobrir
os inúmeros empregos para os quais a borracha é indispensável:
brinquedos, aparelhos medicinais, pneumáticos para bicicletas,
automóveis e aviões, correias transportadoras, etc.
A inteligência humana descobriu, ainda,
inúmeras maneiras para tirar vantagens desse prodigioso produto da
natureza.
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