::.. CARNAVAL 1999 - G.R.C.S.E.S. MORRO DA CASA VERDE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  14/02/1999
Ordem de entrada:  7
Enredo:  Os Fantasmas na Ópera do Theatro Municipal
Carnavalesco:  Nilson Lourenço - "Nilsinho"
Grupo:  1
Classificação:  2º
Pontuação Total:  não consta
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Laurinete Nazaré da Silva Campos - "Dona Guga"
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

MORRO DA CASA VERDE
COMPOSITOR: NELSON DALLA ROSA

 

A LUA COM SEU MANTO PRATEADO

VEM DO CÉU ESTRELADO

PRA AVENIDA BRINCAR

E O MORRO COM CARINHO 

TRAZ PRA ESSE CARNAVAL

A SAGA DOS FANTASMAS DO MUNICIPAL

ZOEIRA... MEU SAMBA LEVANTA POEIRA

É A VERDE ROSA QUE INCENDEIA

E FAZ O MEU POVO SAMBAR

 

A PLATÉIA SILENCIA

A ÓPERA VAI COMEÇAR

NA RIBALTA A LUZ DO DIA

É SOM E ALEGRIA NO AR

 

MAESTRO ME RESPONDA POR FAVOR

SER OU NÃO SER... EIS A QUESTÃO

MADAME BUTTERFLY É SÓ AMOR

LA TRAVIATTA É PRESA DA PAIXÃO

DE UM FÍGARO FARSANTE O BOM HUMOR

DE CARMEN SEDUTORA, QUANTA DOR

AIDA... TE QUERO AINDA

AMOR IGUAL A ESSE EU NUNCA VI

OH LINDA TU ÉS BEM VINDA

AO CORAÇÃO DE UM ÍNDIO GUARANI

 

Ê BAIANA

O TEU SORRISO ME FASCINA

Ê BAIANA QUE RODA, QUE GIRA

FEITO BAILARINA.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

INTRODUÇÃO

No final do século XIX, a cidade de São Paulo passava por grandes transformações, uma nova classe social, rica, energia a partir das lavouras de café. Em 08 de dezembro de 1891 é inaugurada a Avenida Paulista, que seria "O mais formoso e higiênico passeio desta capital" conforme um cronista da época. Nela construiriam seus palacetes, os chamados "Barões do Café".

Ao mesmo tempo a cidade abrigava um grande número de imigrantes, principalmente italianos que traziam consigo a tradição de amor pelas artes, principalmente pela ópera e pelo canto lírico. Nesta época, apenas o Rio de Janeiro e Manaus possuíam um Teatro Municipal. A classe mais culta e rica da cidade quando desejava assistir grandes espetáculos, principalmente óperas, iam até Buenos Aires na Argentina, os pobres contentavam-se com os espetáculos apresentados nos acanhados teatros da Cidade, o São José, que seria destruído por um incêndio em 1898, o Politeama, que apesar de ter recursos acústicos considerados bons para a época não tinham condições de receber as companhias estrangeiras quando de suas passagens pelos palcos da América do Sul e do Rio de Janeiro. A elite paulistana da época estava habituada a assistir grandes espetáculos na Europa.

Esta elite enriquecida com o café e com a industrialização incipiente de São Paulo pressionou as autoridades da época, para que fosse construído um Teatro Municipal à altura da riqueza da cidade - finalmente, foi aprovada a construção. O local escolhido foi a atual Praça Ramos de Azevedo. O projeto e execução da obra ficou a cargo dos arquitetos Francisco de Paulo Ramos de Azevedo, Cláudio Rossi e Domiciano Rossi, que por terem formação profissional européia, principalmente francesa, basearam-se nos grandes teatros europeus, principalmente na Ópera de Paris. Os melhores artesãos, em geral italianos, moradores em São Paulo ou não, foram convocados e a obra teve início em junho de 1903, sendo concluída em 1911.

Todo teatro de ópera que se preza tem os seus fantasmas. O nosso Teatro Municipal não poderia ser diferente. Como estamos no Brasil e, nós somos sempre os maiores, não temos apenas um, mas, vários.

Cada curva, esquina, arco e labirinto guarda também lendas e estórias vividas e imaginadas por gente que freqüentou o teatro ou ali trabalhou por anos a fio.

Vamos conhecer agora, os fantasmas mais populares:

Desde a fundação do teatro, o fantasma de uma Mulher vive nos porões do Teatro. Ela aparece com as mãos postas frente ao peito segurando um pequeno ramos de flores e cantando trechos de óperas famosas, loira trajando um longo vestido branco e com um chapéu de abas largas, surge por alguns instantes e desaparece, envolta por uma tênue luz azul.

Certa noite, dois funcionários viveram um fato estranho. Uma mulher toda de branco veio pelo corredor e entrou em um dos banheiros. Tudo bem, se não passasse da meia noite e o teatro estivesse quase vazio, apenas com os seus funcionários. Os homens esperaram a retardatária sair, como a demora fosse muita, resolveram verificar, abriram a porta do banheiro e qual não foi a surpresa: O banheiro estava vazio - não havia ninguém lá dentro.

O outro fantasma surgiu já na década de 80, quando o zelador, repousava em sua cama, convalescendo de uma operação, surgiu-lhe uma mulher loira, de cabelos tingidos, aproximou-se de seu leito, pedindo-lhe um beijo. Reticente e assustado, o homem impôs como condição que só lhe daria o beijo se ela nunca mais aparecesse. A mulher se inclinou, recebeu um beijo no rosto e, desapareceu.

Há também um fantasma masculino, trata-se de um fiscal de palco que depois de morto, vinha matar as saudades. Um dia, alguém lhe perguntou se ele tinha alguma mágoa ou reclamação, a figura moveu negativamente a cabeça. Ficou rondando por algum tempo e desapareceu.

Vários funcionários, verificaram que altas horas da noite, estranhos ruídos eram ouvidos no palco, boquiabertos, viram a cortina abrir e fechar sem que ninguém a acionasse e ouviam vozes de homens e mulheres cantando, como se participassem de um ensaio.

Certa vez, ouviu-se uma voz cantar no palco, sem que ninguém tivesse entrado, dois dias após na mesma hora, uma nova voz. Tal fato se repetiu por umas quatro ou cinco vezes, numa hora em que o teatro estava vazio. Não havia ninguém no palco.

Certa vez haveria no Teatro, um Concerto de Piano a quatro mãos. Depois que os dois pianos estavam colocados em suas posições no palco, o afinador de pianos colocou-se entre os dois pianos. De repente, um grito, todos saíram correndo para verificar o ocorrido: o afinador estava caído no chão, apavorado, com uma cadeira ao lado. A queda foi de susto, ele não fora atingido, a cadeira era do foyer, localizado distante do palco, o afinador gritava: "Quiseram me matar" - a cadeira estava toda arrebentada como tivesse sido arremessada ao palco. Todo o Teatro foi examinado e nada foi encontrado.

Acredite Se Quiser.

HAMLET

Na luta pelo trono da Dinamarca, nasce a figura universalmente conhecida de Hamlet, imortalizada por Shakespeare. Fingindo-se de louco para não ser assassinado, ele tenta a justiça pela morte de seu pai. O questionamento dessa justiça aparece em forma de sonhos, levando-o a grande dúvida. "Ser ou Não Ser, Eis a Questão"

MADAME BUTTERFLY

A ópera Madame Butterfly significa amor na sua doação total, sem questionamentos e cobranças. Apaixona-se por um tenente americano que lhe jura amor eterno e abandona-a logo a seguir. Promete a ela uma volta futura que nunca acontecera. Como fruto desse amor, Butterfly tem um filho que vira ser reclamado pela esposa americana do tenente.

LA TRAVIATA

Na figura de uma grande cortesã francesa, desenrola-se um amor de perdição. Violeta, abdica do seu amor por Alfredo no sentido de deixá-lo livre para a sociedade, através de um pedido do pai dele. Com o passar do tempo a verdade vem à tona, embora tardiamente, pois a doença já lhe tirava praticamente toda a vida.

MAESTROS

A música representa o cérebro e o coração de uma Ópera e de uma Escola de Samba. Só atinge os seus plenos objetivos quando bem conduzida por grandes Maestros e Mestres de Baterias respectivamente. A sensibilidade e competência desses grandes artistas, através da música, são os responsáveis por grandiosos espetáculos.

O BARBEIRO DE SEVILHA

Na figura de fígaro, um grande alcoviteiro, uma série de situações cômicas e enganadoras são apresentadas para aproximar amada e amante e com isto afastar pretendentes não desejáveis.

CARMEM

A ópera Carmem nos relata uma paixão devastadora levando a um crime passional. A bela cigana, ao abdicar de um ex amor e se apaixonar alucinadamente por um toureador, encontra a morte trágica dentro da arena. A personalidade de Carmem, o fascínio cigano e as belíssimas canções de Bizet colocam esta ópera entre as preferidas do grande público.

FANTASMINHAS

Se verdadeiras ou não, as estórias de fantasma nos grandes teatros sempre existiu. São tão importantes sob o ponto de vista histórico quanto o próprio alicerce do edifício. As vezes aterradoras, outras vezes cômicas, induzem-nos a fantasias e imaginações. Com o intuito de torná-las suave e brandas, estão as crianças personificando os fantasminhas.

AÍDA

Na grandiosidade do Antigo Egito desenvolve-se uma história de amor inigualável. As diferenças raciais, sociais e religiosas são ignoradas por Aída e Radamés. Condenado a ser sepultado vivo por uma traição que não cometeu, Radamés e Aída acabam vivendo dentro do sepulcro uma triste, porém, grandiosa história de amor.

BAILARINAS

A dança é mais uma das artes presentes nas Óperas e nos teatros. Completar, explica e imortaliza as grandes histórias. Vai do clássico ao popular sem perder a originalidade, o fascínio e a grandiosidade.

A bailarina clássica dignifica e ajuda a explicar belíssimos trechos musicais. As baianas neste enredo refletem estas bailarinas.

O GUARANI

Cecília e Peri ignoram todos os desníveis que os separam socialmente e culturalmente, vivendo um grande amor.

O índio Peri prova aos fidalgos sua honestidade e fidelidade a Ceci denunciando complôs para Seu Antonio de Mariz.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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