::.. CARNAVAL 2010 - G.R.E.S. TOM MAIOR................................
FICHA TÉCNICA
Data:  13/02/2010
Ordem de entrada:  2
Enredo:  Brasilia, Do Sonho à Realidade... Uma Homenagem de São Paulo aos 50 Anos da Capital Coração do Brasil
Carnavalesco:  Roberto Zsaniecki
Grupo:  Especial
Classificação:  12º
Pontuação Total:  259,50
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Marko Antonio da Silva
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Carlão
Intérprete:  Renê Sobral
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Jairo Pereira
Porta-bandeira:  Simone Gomes
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Samba Enredo
COMPOSITORES: MARADONA/ AMÓS TK/ CLAUDINEI/ RICARDO/ LUIS TINGA/ DARLAN/ VINICIUS/ BRUNO TOMAGESKI/ VINICIUS CRUZ

 

EU VI BRILHAR

UM LINDO SONHO SE TRANSFORMAR

DAS MÃOS DOS ARTISTAS EU GANHEI

A IMAGEM DA MODERNIDADE

UM ELDORADO EU SOU

COM UM FUTURO DE PROSPERIDADE

VIERAM PARA TRABALHAR

CANDANGOS A MISCIGENAR

MEU SOLO “CERRADO”

E FEZ PULSAR A VIDA COM ARES DE MUDANÇA

EU SOU A CAPITAL DA ESPERANÇA

 

GIRA BAIANA...

O MEU TEMPERO TE CONVIDA A VIAJAR

VEM SE ENCANTAR... AMOR

AQUI É O SEU LUGAR!

 

É MEU ORGULHO

VER BROTAR A MUSICALIDADE

A ARTE COM TALENTO DE VERDADE

MOSTRANDO AO MUNDO MEU BRASIL

NA FÉ, EU SOU ROTEIRO PARA A DEVOÇÃO

NA ROMARIA DA RELIGIÃO

TENHO A ENERGIA DOS CRISTAIS

MISTÉRIOS ESPACIAIS

MEU SONHO REAL, EU QUERO EXTRAVASAR

SÃO 50 ANOS DE BRASILIDADE

DISTRITO FEDERAL, EU SOU FELIZ CIDADE

 

A LUZ DA MINHA ALMA

REFLETE AS CORES DO MEU PAVILHÃO

AMOR QUE JÁ NÃO TEM EXPLICAÇÃO

É TOM MAIOR NO CORAÇÃO DO MEU PAÍS

SOU BRASÍLIA MUITO MAIS FELIZ.

 

SINOPSE DO ENREDO
Carnavalescos
Autor: Roberto Szaniecki
Carnavalesco: Roberto Szaniecki

INTRODUÇÃO:

São Paulo como a maior capital do Brasil, no Carnaval de 2010, através da Tom Maior, não poderia deixar de lado a comemoração dos 50 anos da criação da nova Capital Federal “Brasília”, que foi erguida por sonhos e anseios de visionários que buscaram um lugar no coração do país para enfim dar um coração à pátria.

Affonso Romano de Sant’Anna ensaia várias vezes a cidade, ao citar as palavras bíblicas, (em “A Gênese) o verde dos primórdios, que” No princípio era...,Pleno, total, absoluto “, a imperar sobre” uma amplidão de esperas“.”A Cruz lá em cima” (o Cruzeiro) incrustou-se no altiplano desértico, e aconteceu o milagre! Mas os eventos não brotaram gratuitos e pacíficos, houve “dúvidas no esquadro”, os “giros do espaço eram agonia”, “a lâmina afiada sobre o mapa” desceu patética, estonteante, sobre talhos e atalhos. E assim foi. E assim os acontecimentos se desenrolaram até que os braços domaram o agreste, as plantas-lâmpadas nos extintos caminhos das serpentes, sob o eco em surdina dos maracás dos índios diluídos pelas noites. Vem depois, na série referida, a “Planta da Cidade”, com a “Praça dos Três Poderes” e o peso da História sobre sua cúpula e seu obelisco, e aquela que livre se denominou – sob a febre dos pioneiros – a servir-se, assim, de um adjetivo pretensioso e impróprio, porque “Nenhum homem, nenhuma língua, nenhuma cidade é livre”.

O escritor Plínio Salgado, estuda pormenorizadamente os três motivos em favor de Brasília: ocupação do território a oeste, defesa nacional e recomposição no equilíbrio econômico. Este comenta: “A fundação de Brasília e a mudança imediata da Capital do País para aquela cidade são imperativos do momento nacional e internacional em que vivemos”. Além de persistirem os motivos tão eloquentemente expostos por Veloso de Oliveira, em 1810, por José Bonifácio, em 1823, por Thomaz Delfino, em 1891, “todos baseados na necessidade de afastar o Governo Central do bulício e das paixões das massas populares que se acumulam nas cidades de elevado índice populacional, outros surgiram, como razões do nosso tempo”. Mas adiante o ilustre homem público escreve: “A mudança da Capital para Brasília vai influir no sentido de corrigir esse desequilíbrio, incrementando a economia de grandes zonas do nosso vasto território. O brado de alarme dado por Euclides da Cunha em” Os Sertões “, mostrando o contraste entre a civilização do litoral e o completo abandono do homem sertanejo brasileiro além da faixa privilegiada amplia-se hoje com uma ressonância jamais atingida”.

É a queda da produção motivada pela falta de dinheiro e de crédito, pela insuficiência de transportes, pela ausência de assistência técnica, de aparelhagem agrícola moderna, pelo abandono do homem rural. O encarecimento do custo de vida nas metrópoles hipertrofiadas liga-se diretamente a esse desequilíbrio orgânico da nacionalidade. Assim, a mudança da Capital será o começo de uma descentralização dos recursos indispensáveis ao nosso interior, o primeiro passo para atingirmos um equilíbrio econômico, sem o qual o Brasil não poderá sobreviver.

Estes são os três motivos pelos quais Brasília se impõe ao entusiasmo de todos os nossos patrícios. O governo do Sr. Juscelino Kubitschek, quando nada tivesse realizado, bastaria Brasília para consagrá-lo na História Política e Administrativa do País. E se tivermos em vista a audaciosa rapidez com que está criando a nova Capital e a firmeza com que tem enfrentado os argumentos dos que raciocinam sem visionar largos panoramas nacionais e internacionais, do presente e do futuro, mas adstringindo-se à paisagem reduzida de problemas de segunda ordem, então poderemos considerar Brasília como uma autêntica revolução da mentalidade nacional.

Brasília já nasce mística e miscigenada, acompanhada por lendas e mistérios que por fim podem ou não passar de casualidades. Em 30 de agosto de 1883, Dom Bosco (santo italiano, nascido em 1815 e fundador da Ordem dos Salesianos) teve um de seus famosos sonhos. Alguns trechos do que ele relatou: Entre os paralelos de 15º e 20º havia uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto onde se formava um lago. Então, repetidamente, uma voz assim falou: "quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. Será uma riqueza inconcebível..." . Em 31/12/56, antes mesmo do início da construção do Plano Piloto, ficou pronta a Ermida Dom Bosco, às margens do Lago Paranoá, exatamente na passagem do paralelo de 15º.

Neste lugar situa-se o Planalto Central em meio de um vasto cerrado que se constitui de: Solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio. Abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneos, pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas. Esses são os Cerrados e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. O cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Ao todo se estima que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos e outros vivam ali.

Em 1955, uma comissão criada para escolher o local exato da nova capital indica o Sítio Castanho, uma área de mil quilômetros quadrados com bons recursos hídricos, topografia adequada e clima agradável. No ano seguinte, Juscelino Kubitschek assume a presidência. Ele propõe que a cidade se chame Brasília.
Ainda em 1956, começa uma das primeiras obras, o "Catetinho", uma residência presidencial provisória.

Primeiro Setor: A construção da esperança e a miscigenação.

As primeiras obras da cidade começaram em 1956, mas a idéia de estabelecer a capital do Brasil no interior do país nasceu ainda no século 18. Os inconfidentes mineiros, que lutavam por nossa independência de Portugal. A idéia não foi adiante nem mesmo após a independência ter sido conquistada, em 1822, Brasília começou a existir na primeira Constituinte no Império Brasileiro, em 1823, numa proposta colocada por José Bonifácio de Andrada e Silva, argumentando quanto à necessidade da mudança da Capital para um ponto mais central do interior do país e sugerindo ainda para a cidade o próprio nome que a tornou famosa em todo o mundo. Mas planos para levar o centro administrativo do país para o interior continuavam existindo. Por volta de 1839, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagem reiniciou a luta pela transferência, propondo que uma nova capital fosse construída na região onde hoje fica a cidade de Planaltina (GO), bem perto de onde Brasília acabaria sendo construída mais de um século depois. Varnhagem era um intelectual importante na época e sua campanha deu resultado.

Na primeira Constituição da República, promulgada em 1891, foi incluído um artigo que dizia: "Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14 400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal". Obstáculos políticos, econômicos e logísticos retardaram o projeto por décadas, até que, em meados dos anos 50, quando iniciou sua campanha à presidência, Juscelino Kubitschek incluiu a construção da nova capital como prioridade no seu plano de governo. Com Juscelino eleito presidente, a cidade finalmente deixaria de ser apenas um artigo da Constituição para se tornar uma realidade. Ele propõe um concurso para a escolha do Plano Piloto, o projeto básico do desenho da capital. São apresentados 41 projetos para o desenho da capital. Em março de 1957 o governo anuncia que o Plano Piloto de Lúcio Costa, um conceituado arquiteto e urbanista, fora o escolhido.

No projeto de Lúcio Costa, o eixo norte-sul tem a função de tronco de circulação, com pistas de alta velocidade cruzadas por pistas laterais que distribuem o tráfego para os setores residenciais. Já no Eixo Monumental “Leste-Oeste” ficam concentrados os centros administrativos, os setores comercial, cultural e de diversões. O arquiteto escolhido para projetar todos os edifícios públicos de Brasília é Oscar Niemeyer e tudo isso é emoldurado pelo paisagismo de Roberto Burle Marx.
"Além da arquitetura, que através dos projetos arrojados dos edifícios públicos deveria projetar as imagens do futuro da nação, a própria vida em Brasília deveria contribuir para a construção de uma imagem de modernidade".

Patrimônio Cultural da Humanidade. Este é o título maior conferido à arquitetura de Brasília, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Lúcio Costa, seu projetista urbanístico, e Oscar Niemeyer, o arquiteto das mais importantes edificações de Brasília, conseguiram a harmonia plena entre volumes, espaços e formas.
A linha do horizonte foi preservada como característica do relevo natural e a cidade é apenas cortada no azul degrade do seu céu. Os extensos gramados verdes e os jardins coloridos são o tom natural conferindo às edificações, que parecem não ter peso sobre o solo. As linhas arquitetônicas adotadas para as fachadas e colunas de sustentação dos prédios são de beleza ímpar. As fachadas envidraçadas dos modernos edifícios comerciais espelham a cidade, multiplicando o reflexo das belas imagens arquitetônicas como um sonho futurista.

Para a construção de Brasília, vieram pessoas de várias regiões do país. Eram os pioneiros, em busca de melhores condições de vida, deslumbrados pela possibilidade de trabalho e atraídos pela proposta de uma remuneração melhor. Eles viveram na chamada "Cidade Livre", hoje Núcleo Bandeirante e também na Vila Planalto, assim, a cidade recebeu sotaques, cultura e costumes de indivíduos que vinham de todas as regiões do Brasil, mobilizadas rapidamente para a execução deste grandioso empreendimento histórico.

Por inspiração e iniciativa do Presidente, em 1956, foi criada a NOVACAP, Companhia de urbanização da Nova Capital, empresa pública à qual foi confiada a tarefa de responsabilidade e competência para planejar e executar a construção da nova capital, na região do cerrado goiano. Tudo surge a partir do sinal da cruz traçado por Lúcio Costa, o encarregado do urbanismo da cidade, articulado com um grupo de arquitetos encabeçado por Oscar Niemeyer projetou, em curto espaço de tempo, todos os prédios públicos e grande parte dos residenciais da nova cidade.
No dia 21 de Abril de 1960, a estrutura básica da cidade está edificada, muitos prédios ainda são apenas esqueletos, mas os candangos (nome dado aos primeiros habitantes da nova cidade), liderados por seu presidente, festejam ruidosamente a inauguração da cidade, fazendo o coração do Brasil pulsar forte para dar vida à nova civilização sonhada por Dom Bosco. Nasce Brasília a Capital da Esperança.
A população da cidade é predominantemente jovem. Talvez por suas diferenças culturais e diversidade de costumes, esses jovens não incorporaram à sua pronúncia qualquer dos sotaques regionais trazidos de tantos locais; São oriundos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Goiás e Rio Grande do Sul na sua maioria. Brasília é a Capital de todos os brasileiros, cada uma dessas pessoas traz consigo a cultura de suas regiões, o que faz a cidade rica e diversificada na sua gastronomia e na cultura. Às festas, aos costumes e o folclore, certamente devem permanecer enraizados, os regionalismos mais fortemente ensaiados aqui pelas correntes migratórias vindas de todos os pontos cardeais. O tempo e essa gente vêm definindo o que fica e o que sai de lá. Essas pessoas vão, progressivamente, marcando a identidade cultural da cidade dotando-a de uma nova identidade brasileiramente miscigenada.

Segundo Setor: Uma Cidade a ser apreciada.

A qualidade de vida da população de Brasília situa-se dentro dos mais avançados padrões de excelência. Certamente, por ser sede político e administrativa da República, Brasília está dotada de excelente infra-estrutura como: segurança, assistência à saúde, escolas e transportes, em nível de eficiência encontrado em poucos locais do país. Possui um moderno aeroporto internacional (3ª cidade do país em movimento de tráfego aéreo), metrô, uma enorme frota de ônibus urbano e transporte rodoviário para todo o país.

O trânsito permite se deslocar de grandes distâncias em poucos minutos, que fazem com que a gente da cidade adquira certos costumes pouco peculiares a outras populações de grandes centros. Em 2007 atingiu a incrível marca de um milhão de veículos emplacados. A renda per-capta atingiu R$ 14.405,00 ao ano - mais que o dobro da média nacional e acima de 1/5 da população que possui renda média mensal acima de US$ 1.350,00 (2007).
A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como os parques da cidade Sarah Kubitschek e o Parque Nacional de Brasília conhecido como “Água Mineral” (32.000 hectares), são locais de grande concentração de pessoas de todas as classes, principalmente nos finais de semana e nos feriados prolongados. Diversas atividades físicas e culturais são desenvolvidas no “Parque da Cidade”, um dos maiores do mundo. Também há opções ao redor da cidade, como é o caso do Salto do Itiquira, perto de Formosa e Pirenópolis em Goiás, cidade histórica distante duas horas de carro de Brasília.

O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos governamentais da administração direta e os representantes dos três poderes republicanos. Entre eles estão; o Eixo Monumental, Congresso Nacional, Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, palácio Itamaraty, Ponte Juscelino Kubitschek, a Praça dos Três Poderes e a Catedral de Brasília.

Como atrativos também se destacam a Torre de TV com vista panorâmica para toda a cidade, feiras de artesanatos, o autódromo internacional Nélson Piquet com grandes atividades esportivas nacionais e internacionais, a Ermida Dom Bosco, Igreja Dom Bosco, Catedral, Jardim Botânico e o Jardim Zoológico. A cidade possui excepcional infra-estrutura hoteleira, a maioria hotéis e flats de quatro e cinco estrelas; a maior concentração nacional, quantidade adequada de táxis, empresas de turismo, locadoras de veículos e passeios turísticos de helicóptero. O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas também resgata locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de 3.000 quilômetros, aberta em 1736 para ligar a cidade de Salvador a Vila Bela, antiga capital do Mato Grosso.

Os principais museus da cidade estão localizados no Eixo Monumental. O Panteão da Pátria Tancredo Neves, projetado por Oscar Niemeyer em forma de pomba e inaugurado em 1986 traz o Livro dos Heróis da Pátria com a história daqueles que teriam lutado pela união da nação. O Memorial JK apresenta diversos objetos pessoais (fotos, presentes, cartas) e o próprio túmulo do idealizador da cidade. O Memorial dos Povos Indígenas tem como objetivo mostrar um pouco da riqueza das culturas indígenas nacionais, entre outros.

Outro ponto a ser citado é a sua diversificada gastronomia. Os sabores regionais são um atrativo à parte com um leque de opções que só uma cidade tão miscigenada como Brasília pode oferecer. Sem contar com uma cozinha internacional da mais alta qualidade que satisfaz os paladares mais rígidos e com louvor.
A geografia da cidade e do seu entorno oferecem atividades ligadas diretamente ao Eco-Turismo. Por estar localizada 1.000 metros acima do nível do mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem quase todas as grandes bacias hidrográficas brasileiras ,rios, matas e acidentes geográficos que muito inspiram e nos presenteiam com paisagens deslumbrantes, principalmente no por do Sol. Os rios do Distrito Federal estão bem supridos pelos lençóis freáticos, razão pela qual não secam no período de estiagem. A fim de aumentar a quantidade de água disponível para a região, foi realizado o represamento de um dos rios da região, o Rio Paranoá, para a construção de um lago artificial, o Lago Paranoá, que tem 40 quilômetros quadrados de extensão, profundidade máxima de 48 metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. O lago possui uma grande marina e é freqüentado por praticantes de wakeboard, windsurfe e pesca profissional.

Terceiro Setor: Celeiro de Talentos.

Os ritmos regionais como o forró e a música sertaneja predominavam no final dos anos 70; nessa época despontava no grupo Secos e Molhados o cantor Ney Matogrosso. No começo dos anos 80 surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller. Nesta mesma época surgiu, paralelamente ao cenário rock, o reggae de Renato Matos, e outros movimentos culturais que criaram o Projeto Cabeças, de onde surgiram vários artistas de Brasília. Na década seguinte, despontaram o hardcore dos Raimundos e o reggae do Natiruts. Alguns músicos e cantores que moraram em Brasília durante esse período foram Renato Russo, Ney Matogrosso, Zélia Duncan e membros dos Paralamas do Sucesso.
Atualmente, Brasília conta com o Festival Porão do Rock, que tenta revelar novas bandas no cenário nacional. Este evento, lançado em 1998 na Concha Acústica a partir de um grupo de músicos que se reunia no subsolo de uma das quadras na Asa Norte, ganhou em 2000 sua primeira versão no estacionamento do Estádio Mané Garrincha onde é realizado desde então. Também é realizado na cidade anualmente o Brasília Music Festival.

Mais recentemente, o choro vem ganhando adeptos em Brasília, resultando na criação de clubes de choro.
Brasília também tem se firmado no Hip Hop. A região administrativa Ceilândia é conhecida pela sua participação na produção da música Hip Hop com grupos como: Câmbio Negro, Viela 17, Tropa de Elite, entre outros. Nessa área se destacam os rappers como GOG. Nessa região está localizada a Casa do Cantador, projetada por Oscar Niemeyer.

Na produção local de cinema, destaca-se o diretor Afonso Brazza que se tornou cult graças a seus filmes policiais de baixo orçamento. Outro cineasta radicado na capital do país e muito conhecido não só na cidade, mas em todo país é o documentarista Vladimir Carvalho, professor de cinema da Universidade de Brasília, que produziu 21 filmes documentários, parte deles sobre a própria história e realidades sócio-cultural e política do Distrito Federal e Goiás.

Além disso, acontece anualmente o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Realizado desde 1965, quando se chamava Semana do Cinema Brasileiro, firmou-se como um dos mais prestigiados do Brasil, sendo comparável ao Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, porém sempre preservando a tradição de somente inscrever e premiar filmes brasileiros, princípio que nos momentos mais críticos da história cinematográfica brasileira foi abandonado por Gramado.
Alguns filmes brasileiros ambientados em Brasília são: O sonho não acabou, Momento Trágico, Palco dos Sonhos, As Vidas de Maria, Doces Poderes, Redentor, O Casamento de Louise, Celeste e Estrela, Brasília 18%, Vestibular 70, A Concepção, Brasília segundo Feldman, Brasília: contradições de uma cidade nova, Barra 68 e Conterrâneos Velhos de Guerra.

Atores e atrizes como Patrícia Pillar, Maria Paula, Murilo Rosa, Rosanne Mulholland, Mateus Solano, Rafaela Mandelli e Rafael Almeida são nascidos na cidade.
O Distrito Federal é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente: o Brasiliense Futebol Clube (de Taguatinga), e a Sociedade Esportiva do Gama (ou simplesmente Gama), que foram os únicos a já terem participado da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, sem contar que o Brasiliense chegou a ser vice-campeão da Copa do Brasil na edição de 2002.

Os principais estádios de futebol são o Estádio Mané Garrincha, o Serejão e o recém reformado Bezerrão. Brasília é uma das 12 cidades sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014, da qual o Brasil será o anfitrião. O estádio a ser utilizado é o Mané Garrincha, que passará por uma grande reforma. Ao lado do estádio se encontra o Ginásio Nilson Nelson, que já recebeu partidas da Seleção Brasileira de Vôlei e do Campeonato Mundial de Futsal de 2008. Brasília foi candidata à sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, mas teve sua candidatura retirada.

Por ser uma cidade localizada em altitude superior a 1000 metros do nível do mar, Brasília tem revelado atletas de alto nível, corredores de fundo e meio fundo como: Joaquim Cruz e Hudson de Souza (800 e 1500 m rasos); Carmem de Oliveira e Lucélia Peres (5000, 10.000 e maratona); Valdenor Pereira dos Santos (5000 e 10.000 m); Marilson Gomes dos Santos (5000, 10.000, meia-maratona e maratona).

Quarto Setor: A Mística e o misticismo da cidade.

O turismo religioso é um ramo que tem atraído um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo. Nele as pessoas viajam em torno da fé, à procura de lugares sagrados, do autoconhecimento etc. Contudo, hoje em dia não são mais as romarias, aniversários de santos ou procissões que atraem esse tipo de viajante. O envolvimento e as atividades das “novas consciências religiosas” em seitas, filosofias e terapias alternativas, holísticas, entre outras, que nem se denominam como tais, também atraem fiéis.

Há muito tempo, profecias e visões envolvem a cidade de Brasília desde a "visão de Dom Bosco". Inúmeras são as seitas e religiões que proliferam e são praticadas na cidade.

No ano de 1892, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luiz Cruls. Integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano.

Envolvida em um clima de presságios e intuições, a construção de Brasília, para os estudiosos, foi orientada por mentores espirituais com o intuito transformá-la na Capital do Terceiro Milênio. Verdade ou mentira, o que não se nega é o fato das formas e estruturas de seus monumentos guardarem mistérios intrigantes e coincidências inexplicáveis pela razão humana. Os cartões postais da cidade remontam as paisagens do Egito antigo. Aliás, segundo a egiptóloga, Iara Kern, tudo em Brasília está relacionado aos números e letras da Cabala Hebraíca e do Tarot Egípcio.

Todos esses enigmas contribuíram para atrair dezenas de místicos, sensitivos e crentes nas mais diversas religiões para este centro eclético que é Brasília. A quantidade de templos dos mais distintos credos, suas atrações turísticas fascinam turistas e conterrâneos reforçam ainda mais a idéia da capital ter sido predestinada por forças desconhecidas. Serão esses pontos da cidade, e suas características místicas tidos como referência nesta discussão em torno de uma pergunta sem resposta: seria Brasília, a capital do Terceiro Milênio, uma cidade egípcia?

A Capital Federal oferece a seguidores de todas as crenças um vasto itinerário voltado à espiritualidade. Considerada um Patrimônio Cultural e Arquitetônico da Humanidade, Brasília foi planejada para ter grandes espaços, com vastas áreas verdes, proporcionando equilíbrio entre a natureza e as construções e o homem.
Nascida de um traço em forma de cruz segundo o projeto do urbanista Lúcio Costa e edificada no local, onde, o padre italiano Dom Bosco profetizou o surgimento de uma civilização cuja missão era reger o terceiro milênio, Brasília é vista por muitas pessoas sob o prisma místico-religioso. Com esse viés, a cidade que abriga o poder não poderia deixar de oferecer também aos visitantes, peregrinos ou não, alternativas para o turismo de mitos, crenças e espiritualidade. A diversidade dos roteiros da fé proporciona àqueles que vão à Capital Federal cuja padroeira é Nossa Senhora Aparecida um irresistível tour arquitetônico, repleto de templos. Cada um construído de acordo o conceito visual de sua doutrina e história. São igrejas, mesquitas, santuários, centros espíritas e casas de oração onde regularmente são ministrados; ritos, cerimônias, e cultos para todas asas divindades.

A Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, tem o formato de mãos postas para o céu. A igrejinha de Fátima, na Asa Sul, do chapéu de abas largas das freiras vicentinas. Já o Templo Budista da Super Quadra Sul 116, reproduz as formas tradicionais do Japão e oficia cultos diários, além de oferecer aulas sobre a cultura oriental.
Na Asa Norte, está o Centro Islâmico do Brasil, com desenhos e minaretes idênticos às das mesquitas árabes tradicionais. Diariamente os seguidores de Alá podem fazer suas orações voltadas para a cidade de Meca.

Na Legião da Boa Vontade, a vez do ecumenismo. Um cristal de 25quilos, colocado no cume da nave do templo em forma de cápsula lunar, tem a função de transformar a luz do Planalto Central em energia cósmica. No salão principal, mantras embalam os visitantes que percorrem de pés no chão o enorme espiral de mármore. Um dos ambientes mais visitados é a Sala Egípcia, um lugar silencioso apropriado para o relaxamento e a reflexão, bem perto da réplica do trono do faraó Aknaton.
O Mosteiro de São Bento, que fica ao lado da Ermida do Dom Bosco, aceita reservas individuais ou de grupos para o fim de semana, com direito a acompanhar as orações beneditinas a cada três horas, ministradas pelos monges que lá residem.

A vista é inesquecível: em primeiro plano o espelho do Lago Paranoá, ao fundo a silhueta do Plano Piloto, com os prédios iluminados. Tudo isso colabora para fazer de Brasília o cenário de muitas descobertas espirituais. Como se possuísse um calendário próprio, em torno da Fé.

Quem conhece o trabalho desenvolvido na comunidade do Vale do Amanhecer se encanta. Sente-se atraída pela importância religiosa que é atribuída a Brasília. Hoje, os espiritualizados acreditam que a capital “é o centro de transformação do planeta”.

Brasília, de acordo com videntes, está exposta a fortes energias cósmicas. É um perfeito campo de pouso para visitantes extraterrestres, segundo os ufólogos, que organizam vigílias noturnas periódicas para contatos de qualquer grau com outras formas de vida do Cosmo.

Coincidências cabalísticas, estruturais e históricas desta cidade com um paralelo a outras civilizações, levam teóricos a estudar e formular conceitos que dão poderes a Brasília, atribuindo-lhe o título de capital da civilização do terceiro milênio, ou capital da civilização Aquariana. Seja como for, o fato é que esta cidade é abençoada pela natureza e expõe, em certos finais de tarde, um céu tão maravilhosamente pincelado por tons de cores fortes que, de repente, se tem à impressão de que, a qualquer momento desta imensa harmonia cromática, de luzes e formas, sentirá algo mais forte, como a presença de Deus.

Esta é a Brasília conhecida por poucos, mas, pronta para desabrochar para nós e para o mundo. Feliz por ser tão diferente e a mais fiel tradução de quem somos, igual na mistura sem perder o tempero, que é somado neste grande caldeirão de idéias, realizações e fé que só o brasileiro tem. Ela é filha deste solo que é mãe gentil, da pátria amada é a Capital, Brasil.

São Paulo e a Tom Maior tem o orgulho de apresentar como Tema no Carnaval de 2010.

Parabéns Brasília pelos seus 50 anos.

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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