A história da vida e da carreira do cantor Boca Nervosa.
E a família Coruja do Samba ira iniciar a narrativa desta bela história, na Cidade de Olímpia, no interior do Estado de São Paulo, onde nasceu Edmar Marques da Silva, ou o cantor Boca Nervosa.
Já com 12 anos de idade seu rompante talento como cantor aflorava e ganhou o primeiro concurso para cantores em sua Cidade interpretando a música “BOI DA CARA PRETA” composta pelo cantor Jair Rodrigues.
Aos 14 anos, seguindo seu talento musical, formou um grupo de pagode q se chamava “PRETOS E TORRADOS” os quais tocavam em choperias, bares, circos e teatros do interior paulista.
Mas como a vida de cantor não trazia dinheiro suficiente para se manter e ajudar a família, teve q se tornar, ainda criança em ainda em Olímpia, uma pessoa empreendedora, a qual buscava desafios e negócios que diversificassem dos já costumeiros oferecidos e então criou ainda pequeno uma “empresa” no ramo de “esterco”. Isto mesmo, você não leu errado...ESTERCO, ou seja, de acordo com o dicionário da Língua Portuguesa é: “1 Estrume. 2 Adubo vegetal para os terrenos, oriundo das fezes bovinas.”.
Claro que com a pouca idade não tinha a organização de uma mega empresa em sua contabilidade e orçamento, mas batizada de "Grã Merda" a sua “empresa” neste estranho ramo, entregava esterco na cidade de Olímpia. Este seu primeiro negócio comercial, não o deixou rico, e muito menos milionário, mas deu-lhe condições de ousar mais ainda, pois já começavam a aflorar em suas cordas vocais o dom para a musica.
Aos 15 anos deixou Olímpia para trabalhar na capital paulista. Embora trabalhando muito, nunca deixou a música de lado. Sempre trabalhando em construtora em serviços de mão de obra pesada como servente de pedreiro ou lavando e polindo carros, mas sempre com a música do lado.
E como quem busca um dia alcança, o sonho da música acabou chegando. Começou numa segunda-feira, enquanto almoçava num na Cidade de São Paulo. Nesta época de sua vida, Boca Nervosa trabalhava de motorista na Indústria de Leite Flor da Nata, entregando leite com um caminhão.
Durante seu almoço, como não parava de cantar, uma pessoa que também estava no mesmo local o questionou porque vivia cantando.
Ele respondeu instintivamente a pessoa, que cantava por que era um cantor, obtendo como resposta o convite para que pegasse o violão e cantasse. Pegou o vilão sem pestanejar e cantou... e encantou a pessoa que o indagara do porque de tanta cantoria, pessoa esta q acabou por levá-lo para a Escola de Samba Camisa Verde e Branco, onde começou a sua trajetória e sua carreira profissional.
Certo dia, Boca Nervosa foi convidado a participar do tradicional CLUBE DO PAGODE que acontecia toda segunda feira NA CHAMADA RUA DO SAMBA no bairro da Barra Funda em São Paulo e reunia bambas para, numa alegre roda de samba, extravasarem seu talento. Ao chegar ao local começou a tremer porque deu de cara com, na época já famosos, Bezerra da Silva, Beth Carvalho, Martinho da Vila, Jorge Aragão, Lecy Brandão Nelson Cavaquinho, Grupo Fundo de Quintal, Roberto Ribeiro, Dnª Ivone Lara, Zeca Pagodinho os quais sonhava conhecer um dia.
E com todo este stress nesta sua “estréia” dentre bambas do samba, ficou tão nervoso que acabou por perder a voz. Disse a si mesmo...
- E agora? E os bambas ali presentes cobraram: Você não ia cantar ? Não veio aqui para mostrar pra nós seu talento ?..., então canta !!!.
Então ele Começou timidamente a cantar, e envolvido no clima de irmandade que o lugar propiciava se soltou e cantou quatro, cinco horas direto e então dentre os bambas do samba ali presentes, estava o cantor Almir Guineto que disse:
- Isso não é uma boca, isso é uma boca nervosa. Então surgiu o apelido “Boca Nervosa”.
Daí, a se tornar interprete de samba enredo na Escola de Samba Camisa Verde e Branco, foi um pulo, o que de certa forma impulsionou sua carreira artística.
No entanto, como nada é fácil no mundo artístico, mesmo fazendo sucesso nas rodas de samba, o primeiro disco gravado só aconteceu em março de 1983, com apoio de amigos que arrumaram o dinheiro para gravar o seu primeiro disco compacto de forma independente".
Já no ano seguinte, em 1984, gravou o primeiro LP (Long. Player) e bateu o recorde de vendas no ano. Foram 600 mil cópias do disco "Nego Veio". Daí para frente não parou mais e logo fez sua primeira viagem para fora do Brasil. Em seu currículo internacional constam shows no Japão, Suíça, Espanha, Portugal, Angola e Alemanha.
O mais recente disco tem no seu titulo justamente o trocadilho que nossa agremiação fez no titulo de nosso tema enredo o qual é: “Eu Sou Brasileiro Batuqueiro Swingueiro”.
Neste último disco, o sucesso tem ficado por conta da musica Relaxa e Goza, lançada no Programa do Jô, do apresentador Jô Soares. A letra desta musica faz uma divertida brincadeira com a declaração de uma proeminente ministra de estado, brasileira.
O que a Coruja do Samba vai mostrar na avenida para ilustrar este tema enredo?
Iniciaremos nosso desfile com um hipotético sobrevôo da Coruja do Samba sobre a Cidade de Olímpia, onde nasceu nosso homenageado. Daí por diante a Coruja do samba assumirá ser o próprio Boca Nervosa, e vai cantar sua vida antes do sucesso, sua luta para conquistar seu espaço no concorrido mundo artístico, a conquista do sucesso artístico e culminaremos com nosso desfile comemorando 25 anos de carreira e o atual sucesso, que é a musica relaxa e goza.
Este cantar será sempre na primeira pessoa (EU) e nossos componentes, todos Corujas do Samba, irão entoar versos como se nós mesmos fossemos o cantor BOCA NERVOSA contando passo a passo sua linda e vencedora trajetória.
A coruja do samba terminará seu vôo em seu desfile oficial no Carnaval 2009, embalados na magia do carnaval e com a força da nossa comunidade vamos mostrar, cantar, e contar um pouco da historia e da carreira deste magnífico cantor que é o Boca Nervosa . Abram alas que aqui só alegria passará. Vamos juntos para avenida por que neste carnaval A Em Cima da Hora em prosa e verso diz:
“A Coruja do Samba é Brasileira, Batuqueira e Swingueira e vem cantar os 25 anos de carreira do Rei do Samba-Rock...
BOCA NERVOSA...”