::.. CARNAVAL 2007 - G.R.C.E.S. FLOR DE VILA DALILA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  18/02/2007
Ordem de entrada:  4
Enredo:  Ô Abre Alas, Que a Flor Vai Passar
Carnavalesco:  Comissão de Carnaval
Grupo:  2
Classificação:  2º
Pontuação Total:  196,75
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Ailton Veiga
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Clodoaldo
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Claudio Adão
Porta-bandeira:  Claudia Adão
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

PRIMEIRA DA ACLIMAÇÃO
COMPOSITORES: FABIANO TENOR/ MIKE/ LUIZINHO RAMOS/ ANDRÉ RICARDO

 

Abra o seu coração

Extravasa emoção, amor

Hoje visto a fantasia

E com muita alegria

Eu vou que vou

Viajando no tempo

Relembrando antigos carnavais

O teu cabelo não nega mulata

Porque é mulata na cor

Com confete e serpentina

Mamãe eu quero o teu calor

 

Linda estrela Dalva

Vem iluminar

Meu pavilhão é tradição

Devoção

 

Em um sonho viajei

Nas touradas em Madrid

Oh! Jardineira porque estás tão triste

A alegria esta no ar

A-la-la-hô

Pirata da perna de pau

Melodias magistrais

Lata d´agua na cabeça

Lá vai Maria, lá vai Maria

Dessa cachaça vou beber até cair

Me dá um dinheiro aí

De máscara negra eu quero sambar

Com a bandeira branca a paz celebrar

Nessa passarela, o meu carnaval

Vai levantar o seu astral

 

“O abre alas”

A flor vai passar... encantar

Essa folia é pura magia

Vem festejar.

 

SINOPSE DO ENREDO
Carnavalescos
Carnavalesco: Comissão de Carnaval

 

PROPOSTA

A Escola de Samba Flor de Vila Dalila entra no túnel do tempo, e evoca um passado belo e majestoso. É a magia da folia que anuncia os antigos carnavais, onde o salão era um reino em que a alegria, o canto e a dança empolgavam a multidão. As marchinhas que hoje, infelizmente, são pouco executadas comandavam os quatro dias de animação.

Desenvolvimento do Tema

Tudo começou com a irreverente Chiquinha Gonzaga. No ano de 1899 quebrou o tabu da influência da polca e música francesa no Rio de Janeiro escrevendo para o cordão Rosa de Ouro a marchinha “Ô Abre Alas”, a primeira música composta especialmente para o Carnaval. A música de cadência simples e compassada, foi a responsável por inúmeros de futuros sucessos que ficariam conhecidos no Brasil, inclusive atravessando fronteiras. Mais tarde, a partir dos anos 30, por causa da influência das big bands de jazz, apareceram melodias alegres (para fluir nos ouvidos com facilidade) e letras com boa dose de picardia (não raro valendo-se do duplo sentido), as marchinhas guardavam um espírito tipicamente brasileiro, tendo funcionado muitas vezes como uma crônica musical da situação do país.

“O teu cabelo não nega” (1932) foi primeiro sucesso dos concorridos salões, na letra, o autor Lamartine Babo chamava a atenção da simpatia dos portugueses pelas mulatas brasileiras. Cinco anos depois, Jararaca criava “Mamãe eu quero” , que nasceu de uma brincadeira sua com crianças, um sucesso na voz de Carmem Miranda.

As “Pastorinhas” (Noel Rosa e Braguinha-1938) era também apelidada de “A Estrela Dalva”, porque coincidentemente era interpretada por Dalva de Oliveira, entre outros Braguinha também compôs junto com Almirante “Touradas em Madrid”, inspiração na guerra espanhola, na qual a Catalunha tanto se destacara, misturando coisas de lá com as do Brasil, isto em 1939.

No outro ano, “A Jardineira”, cuja frase “a camélia caiu do galho” logo se tornou popular e foi aplicada com bom senso de humor no política, principalmente quando alguém era destituído de um cargo. Nos anos 40, o carnaval de salão atingia seu ápice, digno das melhores festas do mundo, não havia uma cidade brasileira que não promovesse um baile de carnaval, “A-la-la-hô” (1941) de Nássara e Haroldo Lobo, tornou-se a marcha-súplica dos foliões, pois o calor e a sede eram a tônica dos salões, e assim também as fantasias de árabes, sheiks e odaliscas começaram a fazer sucesso. A safra de boas marchinhas começava diminuir, mas a empolgação não. No embalo das marchas temáticas, o “Pirata da Perna de Pau” (1947), do já citado Braguinha, avisava que elas ainda sobreviviam. As expressões “olho de vidro” e “cara de mau” tinham um inocente apelo sensual de chamar a atenção das mulheres. Mas elas deram o troco. Em 1952, a pobreza da discutida Era Vargas era retratada com sensibilidade em “Lata d’água” (Luiz Antonio e J. Junior), onde lavar roupa se tornava um meio de subsistência. Um ano depois, a própria desilusão dos problemas brasileiros desaguou em “Cachaça” (Mirabeau, Castro e Lobato).

Em 1960, os problemas financeiros do país e as acusações de corrupção ao governo de Juscelino Kubitschek, inspiraram Homero, Ivan e Glauco a compor “Me dá um dinheiro” famosa marcha na voz de Moacyr Franco. Sete anos se passaram e com a ascensão do samba enredo as marchas entraram em um período de escassez. “Máscara Negra”surgiu para manter a tradição, a música de melodia triste, mas marcante, foi um verdadeiro presente de Zé Kéti e Pereira Matos, exaltando as figuras do palhaço, pierrô, arlequim e colombina. Em 1970, na mesma linha de “Máscara Negra” aparece “Bandeira Branca” (Max Nunes e Laércio Alves), que explodiu nas rádios na voz de Dalva de Oliveira.

Os ritmos populares sempre merecem carinhosa atenção e a nossa proposta é que eles não sejam esquecidos. A Flor de Vila Dalila resgata os salões de carnaval, e o próprio palco deste desfile A VILA ESPERANÇA. Seu carnaval foi e é tão tradicional que também virou tema, na marcha de Ari Madureira e Adoniran Barbosa (1968) “Vila Esperança, foi lá que eu passei o meu primeiro carnaval...” O bairro era sinônimo da própria festa onde o misto de fantasias sob chuva de confete e serpentina arrepiava o folião.

Eis ai nossa mensagem, e que estas músicas tão valiosas permaneçam sempre em nossa memória.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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