::.. CARNAVAL 2007 - G.R.E.S. TOM MAIOR................................
FICHA TÉCNICA
Data:  16/02/2007
Ordem de entrada:  3
Enredo:  Com licença, eu vou à luta !
Carnavalesco:  Marco Aurélio Ruffinn
Grupo:  Especial
Classificação:  8º
Pontuação Total:  293,50
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  23
Presidente:  Marko Antonio da Silva
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Carlão
Intérprete:  Renê Sobral
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  Adriana Bombom
Mestre-Sala:  Waguinho
Porta-bandeira:  Lídia
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

COMPOSITORES
Compositores: Maradona/ Didi/ Turko/ Diego Poesia

 

Numa era industrial

A ambição, gerou ganância e cobiça

Máquinas devoram o trabalhador

Uma escravidão... onde o capital é o que importa

Se o tempo é dinheiro a ganhar

A vida é só trabalhar

Pra sobreviver, não basta!

E surgem movimentos pelo mundo

Irmanados por um ideal

Pra nossa dignidade

1º de Maio, conquista universal

 

Quero ter o meu direito, chega de exploração

Com licença eu vou à luta

Faço greve vou pra rua

Digo não a opressão

 

Está em nossas mãos

Transformar o sonho em realidade

Acreditar num mundo com mais igualdade

Sindicatos livres no País

A força do ABC nossa raiz

Quero ter, salário justo e um melhor viver

Pro crescimento da nossa nação, educação

Acorda Brasil... A nossa gente vale ouro

O trabalho é nosso tesouro

Orgulho dessa Pátria Mãe Gentil

 

Sou Tom Maior amor... meu amor

Razão do meu viver

Alô companheiro de luta e de fé

A nossa união vem do Sumaré.

 

SINOPSE DO ENREDO
Carnavalescos
Carnavalesco: Marco Aurélio Ruffinn

Vamos adentrar em uma grande máquina, e por ela ser tragado.
Devorados, usados até o seu limite.
Absorvidos por completo, de forma paralisante, pelas engrenagens do progresso.
Uma máquina construída pela opressão de um sistema em transformação, fruto da cobiça, da ganância e da exploração humana, onde a palavra capital é o que importa.               

Um universo capitalista que reduz o homem a um componente mecânico, como um mero robô. Conseqüência direta da implantação de uma linha de montagem e de uma busca sistemática do aperfeiçoamento, visando unicamente à produção.
Um ritmo alienador, estressante e incessante.
A máquina faz do homem uma máquina!
São engrenagens que escravizam!

Em tempos modernos é a Revolução Industrial que tem, como suporte, o esforço e o sacrifício de uma enorme massa oprimida.
A origem da escravidão humana perde-se no tempo e se acha ainda oculta pela poeira dos séculos, que envolvem a própria historia do homem sobre a terra. Não se sabe qual a etnia do primeiro escravo, se branco ou negro, se asiático ou europeu; o que se sabe é que eram máquinas humanas que viviam para trabalhar e trabalhavam para se manter vivos... e que agora, passam a responderem pelo nome de trabalhadores ou proletariado!
A passagem da escravidão para o trabalho assalariado, não significou a garantia de direitos e nem a inclusão na nova sociedade.
Trabalham-se quatorze, quinze horas, a altas temperaturas, em um ambiente hostil e insalubre, onde nem ao menos é permitido beber água. Exploram-se mulheres e crianças.

O lema é não perder tempo!
...“Quando se retira da tarefa, o trabalhador volta exausto a uma miserável casa, onde encontra a família a mingua. Não pode nem trocar a roupa na qual suou todo dia, porque não a possui. lazer, instrução, felicidade, isso é algo que não tem forças para sonhar.”
Para o trabalhador, viver é não morrer. E basta!
...É o sentimento da sociedade industrial, cruel e devoradora de vidas, que gerou o “homo Industrialis”, da cidade industrial. Uma alegoria deste novo mundo governado pela máquina.
O trabalho não era sequer regulamentado, e a sensação de impotência que a maioria oprimida sentia, diante dos mecanismos impessoais do sistema capitalista-industrial, aproximou os trabalhadores e os uniu.
O sofrimento comum irmanou os trabalhadores, e as iras individuais se fundiram em revoltas coletivas.
Nasce o movimento operário, com um ideal que se espalhou por todo o mundo.
Uma luta universal, por melhores condições de trabalho e segurança; uma eterna busca pelo pão, pela dignidade, pela limitação constante das jornadas de trabalho, pela instrução, pela felicidade, pelo direito à vida, em uma marcha pacífica, porém reprimida com violência e sangue...
...Massacre impiedoso e infame de que foram vítimas os trabalhadores.
Quantas vidas sucumbiram nesta luta!
Quantos heróis perseguidos e mortos!
...E, como que por encanto, surgem outros heróis, resgatam os ideais de luta e empunham a bandeira da igualdade, como que um contínuo renascer.
O trabalhador em todos os momentos da história nunca se curvou à exploração e à opressão.
Em todos os tempos houve quem erguesse a cabeça e lutasse contra o sistema.
Mãos trabalhadoras que constroem o mundo, têm o direito e o poder de transformar em realidade o sonho de uma sociedade livre, justa, democrática e fraterna.

Iluminados por idéias socialistas, anarquistas, positivistas..., por pensamentos de libertação e de igualdade entre classes, os trabalhadores unidos saem às ruas, como um grande exército, na luta pelos direitos da humanidade, e escolhem uma data, 1° de Maio, dia que marca a luta pela redução da jornada de trabalho e homenageia, todos aqueles companheiros mortos pelo mesmo ideal.
Sindicatos livres foram criados para agregar, organizar, fazer valer a voz dos trabalhadores.
Porém, particularmente no Brasil, o jogo de interesses sufoca os trabalhadores, por leis que não são cumpridas, em imposições governamentais, em atitudes mascaradas, em golpes políticos.
...Chegaram os anos de chumbo.
Articulações à insatisfação se manifestam.

Movimentos contra a carestia, e o custo de vida, pela anistia e em defesa das liberdades democráticas, dão ao trabalhador um novo impulso.
Neste sentido a força dos trabalhadores do complexo industrial automobilístico do ABC teve grande importância, construíram espaços de luta, conquistaram legitimidade, se rebelaram e mostraram que o sindicato tem de ser independente do Estado, livre, pois é a voz do trabalhador.
        
              -    “Companheiros e companheiras ...
              -    Vamos dizer não ao analfabetismo.
              -    Não ao trabalho infantil.
              -    Não a fome.
              -    Não a precarização do trabalho.
              -    Vamos democratizar o Brasil.
              -    Nós podemos,...somos muitos, eles não!”

Os trabalhadores ocuparam um importante espaço social e renovaram a luta para democratizar as relações do trabalho, contra todo tipo de discriminação racial, igualdade no tratamento e na remuneração entre homens e mulheres.
Uma representação efetiva e participativa nas questões nacionais, e que tem na campanha contra o “entreguismo”, pelo monopólio estatal do petróleo, a maior prova que o trabalhador unido e organizado é capaz de triunfar!

Vale a pena lutar, e ela está longe de terminar...

...Companheiro, a luta continua!!!

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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