::.. CARNAVAL 2006 - G.R.C.S.B.T.C.D. PAVILHÃO 9................................
FICHA TÉCNICA
Data:  28/02/2006
Ordem de entrada:  9
Enredo:  Vicente Mateus, O Senhor Corinthians
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  BLOCOS - Especial
Classificação:  4º
Pontuação Total:  118,00
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

COMPOSITORES
COMPOSITORES: EDUARDO/ EDMILSON/ ANDRÉ

 

Vicente Matheus, sua historia vamos retratar

desde menino foi guerreiro, grandioso estrangeiro

Que o futebol veio revolucionar

Naturalizado brasileiro

Consagrou-se empresário cumprindo seu papel

Sua paixão pelo clube mosqueteiro

Fez dele o presidente mais fiel

 

O difícil não É fácil, pode acreditar

alegre era o seu jeito de falar

Comigo ou sem migo És o campeão

Explode na avenida Pavilhão

 

Marlene a esposa dedicada

Extensão dessa obra de amor

Celebrando o jubileu de prata

Conquista quE a bravura resgatou

Com nação extasiada

O grito da torcida ecoou

Chutou a bola é gol, é emoção

Matheus é exemplo de forca e dedicação

Vibrante torcedor, um homem de valor

Corinthiano DE alma e coração

 

Vem chegou a hora

Quem ta SAI NA chuva é pra se queimar

Vai sacudir o Anhembi, já EStÁ ficando legal

Sou Pavilhão Nove abrilhantando o carnaval.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Vicente

 

A INFÂNCIA DIFÍCIL DE UM GAROTO ESPANHOL

A figura do homem que revolucionou o futebol brasileiro sempre fará falta na cartolagem e no Parque São Jorge, que vivia uma situação de abandono. Vicente Matheus foi uma das pessoas mais importantes que o Corinthians já teve.

Nasceu em Zamora, Espanha, em 22 de maio de 1908. Era filho de Luiz Matheus e Manglóriam Bathe Matheus. Chegou da Espanha em 1914, juntamente com seus pais e irmãos. A família Matheus radicou-se em Guaianases, onde adquiriu uma pedreira. Aos 6 anos, Vicente Matheus iniciou o curso primário; aos 9, já ajudava o pai na pedreira. Aos 12 anos, trabalhava duplamente: auxiliava no pequeno armazém que fornecia suprimento aos empregados e também na firma do pai.

Embora o trabalho na pedreira fosse pesado para a sua pouca idade,Vicente Matheus gostava, pois lhe proporcionava o convívio com outros garotos e a prática do esporte pelo qual tinha paixão.

O EMPRESÁRIO DE SUCESSO

Foi essa paixão que o levou, ao longo do tempo, a filiar-se ao Sport Club Corinthians Paulista.

Em 1945, Vicente naturalizou-se brasileiro. Já casado, deixou Guaianases e radicou-se na Rua São Jorge, nas proximidades do clube.

Trabalhando arduamente, executou alguns serviços para a Prefeitura do Município de São Paulo, os quais foram se intensificando no decorrer de sucessivas administrações. Graças à sua tenacidade, foi formando e consolidando o seu nome como empresário, chegando a ter uma pavimentadora, a Vicente Matheus, um complexo industrial que abrangia a fabricação de tubos de concreto armado para galerias, extração de todo e qualquer tipo de pedra britada, usinagem de concreto asfáltico, além de depósitos e oficina, na Rua São Jorge.

O PRESIDENTE DO TIMÃO E SUAS HABILIDADES

Paralelamente ao sucesso empresarial, ascendeu também no futebol, tendo galgado posições como conselheiro direto e presidente por vários mandatos consecutivos. Foi um administrador habilidoso porque soube se adaptar a mudança dos jogadores e técnicos que se profissionalizavam nas negociações de contrato e nas transferências de passe para outros times. Assim como as torcidas que se organizavam e acumulavam poder de representação cada vês maior.

Nesta trajetória fez aliados e inimigos, que às vezes eram as mesmas pessoas e que o surpreendiam pela capacidade de alternar opiniões políticas e dar maleabilidade em preceitos como a ética.

O atacante Almir, pernambucano, foi contratado por oito milhões, pagos por Vicente Matheus de seu próprio bolso numa atitude desesperada para melhorar a equipe. Entretanto, os fracassos continuavam.

Vicente Matheus voltou à presidência do clube em 1972, mesmo ano em que Rivelino pediu para sair, pois não agüentava testemunhar São Paulo e Palmeiras disputando uma final e o Corinthians há tanto tempo sem um título.

A situação não mudou muito no ano seguinte e o clube recebeu até uma visita de um poderoso pai-de-santo para melhorar a crise. O Corinthians foi para a final do paulista contra o Palmeiras e perdeu por 1 a 0. A torcida reclamou muito, alegando falta de raça, culpando Rivelino pela derrota. O jogador acabou sendo transferido para o Fluminense em 1975.

As transações se tornaram cada vez mais difíceis, mas ele era rápido, como no episódio da contratação de Sócrates: O São Paulo tinha interesse pelo meio campista do Botafogo de Ribeirão Preto, mas precisava do dinheiro da venda do médio volante Chicão, que estava se transferindo para o Corinthians. Preocupado em defender os interesses do clube, o dirigente mandou seu irmão e diretor de futebol, Isidoro Matheus, atrasar a negociação do jogador são paulino, enquanto voltava de Ribeirão trazendo na bagagem aquele que seria mais tarde, um dos ídolos da Fiel.

Imigrante, bem humorado, empreendedor e o mais corinthiano das arquibancadas - no caso dele, fora dela também. Vicente Maheus virou, sem a pretensão de dizer, um emblema. Dos dirigentes do alvinegro foi o único que teve notoriedade além do Parque São Jorge. E era aquele que "levava o clube" para dentro de sua casa.

Nenhum jogador contratado por ele para defender o timão ficava sem conhecer também, a família Matheus. Durante os anos que esteve à frente da diretoria, realizou obras importantes de construção e modernização do clube. Como prêmio por sua dedicação recebeu o título de sócio grande benemérito do clube. Ele presidiu o clube por oito mandatos: 1959, 72, 73, 75, 77, 79, 87 e 89.

Durante esses mandatos, o Corinthians conquistou os títulos mais importantes de sua história. O Paulista de 1977, acabando com o jejum de 23 anos sem título e o Brasileiro de 90, único título nacional que o Corinthians conquistou. Também era diretor de futebol quando o Corinthians conquistou o título do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Ele era casado com Marlene Matheus, que também foi presidente do clube em 91-93. Vicente Matheus deixou a diretoria em 1993.

Morreu aos 88 anos, de câncer, após ficar 14 dias internado no Instituto do Coração.

SUAS FRASES ABSURDAS, MAS INESQUECÍVEIS

Foi um líder, folclórico, carismático, dono de frases curiosas e engraçadas, utilizadas como marketing pessoal. Caso de uma delas, dita durante a campanha à presidência, em 1987: "minha gestação foi a melhor que o Corinthians já teve". Ou durante uma entrevista coletiva quando respondeu ao repórter: "haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão". Veja outras frases:

"Espero que os corinthianos compareçam para naufragar nas urnas o meu nome".

"O Sócrates é invendável e imprestável".

"Comigo ou sem migo o Corinthians será campeão".

"Quem sai na chuva é para se queimar".

"Tive uma infantilidade muito difícil".

"Gostaria de agradecer a Antarctica pelas Brahmas que nos mandaram".

"O pato é um animal aquático e gramático".

"O difícil não é fácil".

MARLENE MATHEUS, ETERNA E DEDICADA ESPOSA

Marlene foi sua extensão no amor pelo clube e ainda mantém a história de Vicente atual, dividindo suas atividades entre ações políticas e sociais que defendem o Spor Club Corinthians Paulista. Recentemente participou da coordenação do evento "Jubileu de Prata do Campeonato de 1977", uma homenagem aos atletas que conquistaram o título de Campeão Paulista daquele ano. Importante para os torcedores pelo resgate histórico, a celebração ainda arrecadou 10 toneladas de alimentos, distribuída entre cinco instituições que cuidam de crianças e moradores de rua.

Sua nova empreitada é a criação do Espaço Vicente Matheus. Será aberta, em sua casa uma área para exposições, mostras e lançamentos de livros, dentro de uma programação renovada mensalmente, além de encontros intimistas com intérpretes da música e noites especiais com jogadores e ex-jogadores de futebol. Nele haverá escolinha de futebol, loja de badulaques com a marca Corinthians e fotos de colecionadas pela família ao longo desses anos, tudo coordenado pelo corintiano fanático Washington Olivetto.

Marlene promete um grande alarido na inauguração. Para que as pessoas conheçam o universo do dirigente, parte do local será adaptada, para visitações abertas ao público. Marlene também foi responsável pela narrativa que serviu de base para o livro Matheus, O Senhor Corinthians, livro este que fala da vida do maior dirigente corinthiano da história.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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