O Pavilhão 9 foi fundado em 09 de setembro de 1990 por 9 torcedores do
Corinthians em homenagem ao time de futebol da Casa de Detenção do
Carandiru. O símbolo adotado por unanimidade foi a pitoresca figura do
Metralha, personagem de revistas em quadrinhos. A torcida nasceu de um
trabalho social realizado na Casa de Detenção do Carandiru por um grupo de
amigos, jovens torcedores do Corinthians, que anualmente formavam um time
e promoviam um jogo de futebol beneficente contra o time de detentos,
denominado Corinthians do Pavilhão 9. Os laços de amizade estreitaram-se
ao longo do tempo, e esse mesmo grupo de amigos, através de rifas,
contribuições e promoções esportivo-culturais, passou a arrecadar
recursos para a confecção de faixas e bandeiras a fim de leva-las aos
estádios em dias de jogos do Corinthians. A idéia da criação de uma
torcida organizada foi aos poucos amadurecendo e em 9 de Setembro de 1990
oficializou-se a fundação da entidade, denominada Pavilhão 9. Os nove
fundadores são Ari, Léo, Lilo, Petinho, Gaúcho, Petão, Cabeção, Delci
e Carioca.
Com o crescente número de novos associados e incremento dos trabalhos
sociais os dirigentes de então resolveram formar uma bateria rítmica com
instrumentos de escolas de samba entre os associados, a fim de agitar
ainda mais suas idas aos estádios e seus gritos-de-guerra. A bateria, cada
vez mais afinada, tornou-se a marca registrada da entidade, animando os
jogos do Corinthians. Dai para a formação de um bloco carnavalesco foi
apenas um passo.
O Bloco Carnavalesco foi criado por
torcedores do Corinthians para a difusão do esporte e da cultura,
principalmente entre a população de menor poder aquisitivo da periferia
de São Paulo, carente de lazer e projetos culturais que incentivem a
formação da consciência e da cidadania entre os jovens.
Aproveitando as concentrações da torcida para a saída aos estádios que
ocorriam na Praça Santa Edwiges, no Bairro Vila dos Remédios, região oeste da
Capital, foi fundado oficialmente em 1992 o bloco carnavalesco.
Logo de cara, o sucesso do bloco foi estrondoso, reunindo sambistas de várias
regiões da cidade e, curiosamente, também torcedores de outros clubes.
Era a comprovação da vitória da amizade, sob o signo da alegria e da
confraternização.
O passo mais importante foi a inauguração em 2000 da sede social da
agremiação no centro da cidade, na rua Dom José Gaspar, 337. Atualmente
está em construção a quadra de ensaios sob a Ponte dos Remédios, que
contará também com a estrutura necessária para que o bloco possa dar
continuidade aos trabalhos de cunho social.
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