::.. CARNAVAL 2001 - G.R.C.E.S. MANCHA VERDE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  25/02/2001
Ordem de entrada:  4
Enredo:  A Busca da Paz no Axé dos Orixás
Carnavalesco:  Vigílio Ramos
Grupo:  2
Classificação:  1º
Pontuação Total:  199,5
Nº de Componentes:  1000
Nº de Alegorias :  2
Nº de Alas :  15
Presidente:  Paulo Serdan de Aquino
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Sombra
Intérprete:  Agnaldo Amaral e Jaú
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Fubá
Porta-bandeira:  Joice
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

MANCHA VERDE
Compositores: Ademir SINTONIA/ Levi Sintonia/ Marcos Shamilian/ Ricardo Vitor/ Tio Helinho/ Thiago do Cavaco

 

Olorum, Oh Deus supremo

Nos livre da miséria

E da guerra nuclear

Pedimos às falanges africanas

Proteção À nova era milenar

Exu, Ogum e Oxóssi

A mensagem, o trabalho e alimentação

Iansã comanda os ventos

Divina é a beleza de Euá

Na cura do nosso viver

Ossaim! Atotô, Obaluaê

 

A justiça tem Xangô

Lá na pedreira

Obá e Oxum eu vou louvar

Na cachoeira

 

No mar vou levar

Flores, perfumes para Iemanjá

Nanã, Oxumaré

Novas sementes e riquezas

A cultura yorubá

No atabaque do ogã

Com Logum vou festejar

Nesta linda festa popular

 

Buscando a paz

no Axé dos orixás

A Mancha Verde

Vem saudando Oxalá.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

INTRODUÇÃO

É o ano de 2001. O início de um novo século, de um novo milênio, de uma nova era e de um novo tempo. Tempo em que nossa mãe Terra passa por momentos conturbados, ameaçada até de sua própria extinção, pela cobiça, ganância e tirania do ser humano.

De que vale o extraordinário avanço do progresso? Se questões cruciais como poluição, fome ou guerra nuclear tomam a forma de problemas que acabam por ultrapassar o controle do homem. O que fazer?

Acreditamos que só voltando à origem da sua civilização, o homem descobrirá onde errou, procurando comunhar novamente com a mãe Terra, voltando-se para o fim da violência, e à reintegração com a natureza.

Muitos cientistas e arqueólogos acreditam que nossa civilização nasceu na África. Baseado nessa crença mergulhamos na cultura Yorubá que tanto influenciou na formação do povo brasileiro.

Os navios negreiros que chegaram entre os séculos XVI E XIX traziam mais do que africanos para trabalhar como escravos no Brasil Colonial. Em seus porões viajava também uma crença estranha aos portugueses colonizadores que a consideravam feitiçaria. Ela se transformou, pouco mais de um século depois da abolição da escravatura, numa das crenças mais populares do país - O Candomblé. E é através do Candomblé e dos Deuses Africanos (Orixás) que depositamos nossas esperanças.

É essa a proposta do nosso enredo, uma cerimônia que mostraremos na avenida pedindo aos Orixás para que o mundo não caminhe inapelavelmente para o extermínio e para que as fronteiras entre os países não destruam a consciência da totalidade que deva estar voltada a uma unidade essencial à própria sobrevivência do homem sobre o planeta no novo tempo. Rogamos um mundo novo sem fronteiras, nem guerras e votado à reintegração do homem à natureza, e que Olorum nos traga muito axé.

SINOPSE

Invocar os Orixás é sempre um festa. Por isso para levá-los ao mundo dos Orixás e do Candomblé, a Mancha Verde começa por convidá-los para uma festa junto aos mesmos, ou seja, uma oração aos deuses africanos, pedindo-lhes garantia na manutenção da ordem, e equilíbrio da Mãe Terra e do Universo na Nova Era.

Começamos por Exu, onde oferecemos o padê (comida). É o orixá que tem como função ser o mensageiro dos Orixás, é ele quem faz a comunicação entre o mundo material (ayé) e o mundo espiritual (orum) fazendo com que as oferendas (ebós) e orações cheguem aos outros Orixás.

E seguimos na ordem do Xiré (toadas) com Ogum considerado responsável pelas ferramentas e pela metalurgia. É ao Orixá do ferro que pedimos progresso no trabalho para benefício do homem.

Agora vem Oxóssi, Orixá responsável pela caça, percorre as matas à caça dos animais para sustento das tribos. A ele pedimos mesa farta para toda a humanidade e que não haja mais fome.

Seguimos com Obaluaê, Orixá muito misterioso, possui o controle das doenças e da saúde. A ele pedimos a cura dos males do séculos como o câncer e a AIDS, para que sejam coisas do passado.

Invocamos também Nanã ou Nanã Buroku responsável pela volta das almas ao mundo sobrenatural (Orum). É a Deusa da lama e do fundo dos rios. A ela pedimos que resgate da lama o novo homem, a nova semente.

Rogamos também a Ossaim, Orixá também identificado com a floresta, mas no sentido de cultivar as plantas e as ervas necessárias para cura e para os rituais. É a liturgia do culto. E é a Ossaim que pedimos pela ciência, que as plantas nos tragam a cura dos males do corpo e da alma.

Saudamos agora a Xangô - Caô Cabeci (saudação) - Ó meu pai Xangô, Orixá da justiça e retidão, possuidor das decisões sábias e ponderadas. A ele pedimos uma divisão de bens mais justa entre os homens e muita justiça social na nova era. Pedimos a ele também com toda humildade, justiça e proteção à nossa Entidade Mancha Verde e a toda nossa comunidade que tanto sofreu e que tanto foi atacada nos últimos anos. Não deixamos de reconhecer nossos erros do passado, motivamos mais pela nossa imaturidade e passionalismo. Da mesma forma que todos devem reconhecer que já pagamos "muito caro" por aqueles erros. Ninguém mais do que nós lutou e continua lutando pelo seu direito de existir. E é por este direito de existir e para provar o nosso valor social que continuaremos lutando e trilhando este nosso novo caminho.

E é a Oxumaré, Deus da chuva e do arco-íris, o que transporta a água entre o céu e a terra que invocamos agora. Dono da riqueza e da fortuna, para que toda a humanidade prospere na riqueza e na fartura.

Saudamos agora Oraieeô Oxum, Orixá feminino, sua figura associada à fertilidade, à maternidade e ao amor é a divindade sempre lembrada pela sua beleza e sensualidade. Zela tanto pelas mulheres grávidas quanto pela fecundidade da terra, e é a Oxum que pedimos uma terra cada vez mais fértil e rica.

Epa-arré, Oyá! Saudamos a Insã. Senhora dos ventos e das tempestades, Orixá altiva, Guerreira e Poderosa. Tem a força que aplaca os rios e os trovões. Que ela sopre os ventos levando para longe a maldade humana. E que no novo tempo prevaleça a bondade.

Invocamos agora Euá a Dona do Céu cor de rosa, a Orixá da Beleza e da Vidência. Representa o equilíbrio material e espiritual. Governa o casamento e todo tipo de sociedade. Pedimos a ela sociedades mais justas, voltadas para o bem comum.

Agora rogamos a Logum Edé, esse Orixá bastante singular que vive seis meses na mata e seis meses embaixo d'água. O Orixá da alegria e das grandes festividades. A ele pedimos alegria de viver para o novo homem e que todos vivam em harmonia.

Saudamos também a Obá, uma Orixá Guerreira, brava, forte e leal. Simboliza o ímpeto da luta, sendo a protetora das mulheres guerreiras. E é para elas mulheres líderes como Joana D'arc e outras, que pedimos inspirações para que trabalhem por um mundo sem preconceitos.

Saudamos agora Iroko, o Orixá do Tempo. Divindade representada por árvores sagradas como a Gameleira e a Cajazeira. A ele pedimos o tempo com equilíbrio atmosférico e que não haja inundações nem secas na Nova Era.

Oramos também à Iemanjá, mãe de todos Orixás com exceção de Obaluaê e Oxumaré. É ela responsável pela modelação das individualidades, tendo seu culto associado ao mar. A ela pedimos a proteção aos mares, oceanos, fauna e flora marinha.

E finalmente é a Oxalá, a quem pedimos proteção, pai de todos os Orixás. Está associado à paternidade, teve a missão concebida por Olorum (Deus Supremo) de criar o homem. Representa o nascente e o poente, o vigor e o descanso. Carinhoso, respeitoso e tranquilo, o Senhor da Paz. E é a paz que pedimos a Oxalá para toda a humanidade. -Livrai-nos das guerras devastadoras em nome de Olorum.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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