::.. CARNAVAL 2000 - G.R.C.S.E.S. UNIDOS DE SÃO LUCAS................................
FICHA TÉCNICA
Data:  05/03/2000
Ordem de entrada:  2
Enredo:  São Caetano, Brasil 500 Anos, Viva a Vida
Carnavalesco:  Paulo Trindade
Grupo:  1
Classificação:  2º
Pontuação Total:  198,0
Nº de Componentes:  1200
Nº de Alegorias :  não consta
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Marcos César Politi
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Pelé
Intérprete:  Vânia Cordeiro
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Marquinhos
Porta-bandeira:  Carla
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITORES: JÚNIOR/ EDSON JR./ RODRIGO/ FÁBIO

 

BUSQUEI NOS ANAIS DA NOSSA HISTÓRIA

ESSA CIDADE QUE OUTRORA

FOI NOBRE BERÇO DE TUPIS

TIJUCUÇÚ ERA O SEU NOME

QUANDO OS ESPANHÓIS CHEGARAM AQUI

MESTIÇOS, ESCRAVOS E TROPEIROS MODIFICARAM O LUGAR

 

DUARTE E FERNÃO DIAS DERAM LOTES A MISSÃO

NASCIA SÃO CAETANO ENTÃO

 

CHEGARAM OS IMIGRANTES

COM O FIM DA ESCRAVIDÃO

VIROU UM NÚCLEO PARA COLONIZAÇÃO

 

E A FERROVIA A CHEGAR

O NORDESTINO A MIGRAR

INDÚSTRIAS SE INSTALANDO NO LUGAR

O CRESCIMENTO INEVITÁVEL A COMEÇAR

E HOJE UM MUNICÍPIO DE TAMANHA EVOLUÇÃO

MODELO PARA O RESTO DA NAÇÃO

 

EIS QUE SURGE ELA NA AVENIDA

DAS ESCOLAS A MAIS LINDA

VEM PARA BRILHAR NO CARNAVAL

CANTANDO E MOSTRANDO SÃO CAETANO DO SUL

SÍMBOLO DE ORDEM E PROGRESSO SEM IGUAL

 

VAI COMEÇAR O SHOW

HOJE EU VOU QUE VOU, VOU TE SEDUZIR

É MARAVILHOSO A ALEGRIA DE UM POVO

MINHA SÃO LUCAS SACUDINDO O ANHEMBI.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

No começo havia um campo com flora exuberante e fauna magnífica, habitado por índios Tupis, seu nome era Tijucuçú, ou seja lamaçal, porque nas cheias dos rios Tamanduateí e Meninos, formavam-se grandes poças de lama.

Quando do descobrimento do Brasil, os padres Jesuítas subiram a serra do mar para fundar a vila de São Paulo do Piratininga, foram criados dois caminhos, ambos passavam pelos campos do Tijucuçú, dando passagem aos colonizadores, que eram conhecidos por Bandeirantes, que iam em busca de metais nobres e pedras preciosas.

Por volta de 1595, instalou-se nesses campos uma família de espanhóis, Diogo Sanches e sua esposa Isabel Felix, ao longo desses caminhos foram formando-se fazendas ambos espanhóis fixaram residência nestes campos, e ao longo destes caminhos foram formando-se fazendas principalmente para a criação de gado. O Tijucuçú começou a ficar diferente, já não existia apenas índios e mato, mas sim, a construção de casas, criação de animais e cultivo de lavouras, utilizando o índio como escravo. Começava a chegar na região muitos mestiços livres e escravos fugidos de seus senhores, tropeiros e carreiros que transportavam mercadorias entre o porto e o planalto.

Em 1631, o capitão Duarte Machado, doou um sítio que possuía no Tijucuçú aos padres beneditinos. Anos mais tarde em 1671, Fernão Dias Paes Leme, "O Caçador de Esmeraldas", arrematou em leilão, um sítio vizinho ao dos padres, e doou-o aos mesmos. Nascia aí a Fazenda de São Caetano, onde além de pequenas plantações, mantinham uma olaria para fazer os tijolos, lajotas e telhas de que necessitavam para a construção do Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo. Havia também a extração de madeira utilizada nas construções de casas e carros de boi, transporte mais comum na época.

Em 1877, a Fazenda São Caetano foi desapropriada pelo governo imperial, para juntamente com outras quatro, formar o núcleo colonial para receber os colonos italianos vindos de Veneto, que dariam uma nova fase à imigração européia no Brasil. Começava novos tempos no antigo Tijucuçú. O núcleo colonial era tido como a solução para resolver o problema da falta de mão de obra para a produção de alimentos, uma vez que com a abolição, os negros estavam transferindo-se para o plantio do café em São Paulo, que estava desenvolvida e enriquecida.


O progresso começava a chegar com a construção da ferrovia São Paulo Railway em 1867, os imigrantes começaram a demarcar seus lotes, e iniciaram suas plantações, mas a terra não era boa, mesmo assim começaram a vender seus produtos em São Paulo, que experimentava o progresso graças à riqueza do café.

Para sobreviver eles buscavam outras alternativas, venda de madeira extraídas de suas terras, outros, transformavam a madeira em carvão, mas uma grande parte deles começou a plantar uva, que trouxeram na bagagem e produziram um vinho muito bom, mas uma praga dizimou suas parreiras. Ocorreram muitas doenças, que hoje não são tão graves, como a diarréia. Daí foi fundado uma espécie de clube, "Societá de Mutuo Socorso Principi di Napoli", que consistia na ajuda mútua entre os colonos.

Foi por volta de 1890, que eles descobriram a vocação do lugar e começaram a construir olarias e produzir tijolos. As olarias eram administradas pelas próprias famílias, e contavam com alguns empregados.

Os tijolos de São Caetano logo ganharam mercado e projeção em São Paulo e Santos, prédios importantes e grandes casas foram construídos com eles, como o Museu do Ipiranga e o Monumento à Independência.

Em 1883, tinha sido inaugurada a estação de trem de São Caetano, ajudando na distribuição dos produtos na cidade de São Paulo. A vocação industrial da cidade começava a despontar, ao lado das olarias ergueram-se fábricas. A primeira foi a Pamplona em seguida a de Formicida, e após várias outras, dentre elas a do então industrial "Conde Francisco Matarazzo", tendo destaque a fábrica de fios Ryon. Depois apareceram as grandes cerâmicas, dentre elas a Cerâmica Privilegiada, hoje Cerâmica São Caetano. Em 1905, São Caetano era elevado à distrito fiscal, em 1916 à distrito de paz, em 1924, o arcebispo D. Duarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo sua primeira paróquia e seu primeiro vigário foi o padre José Todin.

Com tantas fábricas erguendo-se em São Caetano, até então distrito de Santo André, foi presenteada com a instalação da General Motors e seu pátio de montagem, a vila começou a receber os migrantes dos estados do Nordeste, e transformava-se em cidade, e com isso as primeiras manifestações políticas de autonomia para o distrito. Em 1947 sob a liderança do jornal de São Caetano a Assembléia Legislativa do Estado, e o Governador Adhemar de Barros, ratificou a decisão e criou o Município de São Caetano do Sul, o Sul foi acrescido para distingui-lo de seu homônimo Pernambucano.

O primeiro bondinho da cidade apareceu nos anos 20, seu trajeto era da estação até a casa do curandeiro, que era procurado pelos fiéis para recuperar a saúde perdida, o bonde era apelidado de "bondinho das professoras", o primeiro cinema foi o Cine Central em 1922, os filmes eram mudos e em preto e branco, e os passeios à baixada Santista eram os divertimentos de seus moradores, com a era do rádio seus moradores reuniam-se para ouvir suas novelas faladas, programas humorísticos e musicais, as compras eram feitas nos armazéns "Secos e Molhados", e proliferavam os vendedores ambulantes, que eram mascates Sírios que ofereciam seus armarinhos em cestas, os doceiros, os sorveteiros, etc.

São Caetano chegará ao terceiro milênio em condições infinitamente favoráveis, hoje citada como modelo, desponta pioneira em vários projetos educacionais, sendo uma cidade que privilegia os esportes, levando um trabalho que engloba todas as faixas etárias, com resultados positivos em competições em todas as modalidades, este incentivo do programa esportivo comunitário estimula jovens e adolescentes, retirando-os dos caminhos nefastos da vida. São Caetano foi eleita pela UNICEF como a cidade brasileira com as melhores condições de vida oferecida a crianças até seis anos de idade.

O terceiro milênio aproxima-se, porém a nova era já se antecipou na cidade, com projetos urbanísticos ousados e criativos, com tecnologia avançada põe a cidade à frente da contemplação dos aspectos sociais e econômicos, centrando-se na melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.

Há 51 anos conquistava sua autonomia e soberania como município capaz de idealizar e realizar seu próprio destino, com projetos gerados a partir das necessidades inadiáveis, dos sonhos mais construtivos, das mais legítimas ambições de sua pequena população, que tem o ideal de situar-se como agente positivo neste dinâmico processo de integração sem precedentes na história e que na certeza de um mundo melhor, definirá magistralmente os novos rumos da humanidade, brindando com tudo os 500 anos deste gigante chamado Brasil. E honrados de podermos levar nosso samba, qualificando a cidade em função do extraordinário momento histórico, a família Unidos de São Lucas pede passagem e apresenta, São Caetano "Brasil 500 anos" - Viva a Vida.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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