::.. CARNAVAL 1999 - G.R.E.S. TOM MAIOR................................
FICHA TÉCNICA
Data:  14/02/1999
Ordem de entrada:  6
Enredo:  Nosso Jardim de Cada Dia
Carnavalesco:  José Maria Zolezi
Grupo:  1
Classificação:  1º
Pontuação Total:  não consta
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  não consta
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Marko Antonio da Silva
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

TOM MAIOR

COMPOSITORES: IDEVAL/ PINDAIA

 

Foi Adão

Que mudou nosso destino

Foi a Eva

Que acabou com o paraíso

Deitaram e rolaram senhor

Estavam perdidos de amor

Água, terra a banhar

O rei sol bailou no ar

Que a natureza até chorou

Falando agora dos meus tempos

Relembro bons momentos de criança

 

Lá no jardim correr

O Be-a-bá pra ler

Um sorriso lindo de viver

 

Na Babilônia, a paisagem a flutuar

A fauna e flora, aprazível bem estar

A bicharada no zoológico seduz

Um colorido lindo quanta luz

Ciência com Botânica, Florais

O "Jardineiro" é Roberto Burle Marx

 

Realça, a nobreza de uma flor, tropical

Conjugar perfeito com ornamental

 

Ô Ô Ô Ô

Você é a rosa quero ser seu Beija-Flor

Ô Ô Ô Ô

Na passarela a TOM MAIOR vem dando show.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

A palavra jardim, também está ligada a um conceito suficientemente claro e preciso: o encontro entre a obra do homem e a obra da natureza. Em outros termos, da arquitetura da natureza, com o fim estético, capaz de proporcionar bem estar ao homem.

Não é por acaso que o Tom Maior está localizado no bairro dos Jardins, e mais uma vez buscando retratar nosso cotidiano, de uma forma inusitada, apresenta o tema "Nosso Jardim de Cada Dia", procurando retratar a beleza natural dos jardins e seus habitantes, percorrendo desde os primórdios tempos da criação do mundo, com Adão e Eva, passando por civilizações antigas, com realizações peculiares e com os quais convivemos e também aprendemos sob diversos prismas e formas diferentes. Não será muito difícil acompanhar a história do homem, através de seus jardins.

A imagem do bem estar, está intimamente ligada à figura do jardim desde tempos bíblicos. No Gênesis, 1º livro do Velho Testamento, o paraíso terrestre, é representado por um jardim, O Éden. Aí, Adão e Eva, gozavam da intimidade de Deus, pois viviam em estado de pureza e livres, até que mudaram nosso destino através do pecado do amor, fazendo com que o homem não mais gozasse do Jardim do Paraíso.

Dados como este de nosso antepassado vivenciamos através do "Jardim da Infância", que é o "jardim do nosso aprendizado", onde iniciamos nossa vida cultural aprendendo principalmente através do lazer e da diversão, pois é preciso "brincar" para aprender.

Historicamente tomamos conhecimento também de um dos mais imponentes jardins: os Jardins Suspensos da Babilônia, que Nabucodonosor (Rei da Babilônia - Século VI a.C.), fez construir à sua amada Semíramis. Sua fama atravessou os séculos, depois de os Gregos o terem incluído entre as Sete Maravilhas da Antiguidade.

Os Jardins Suspensos da Babilônia, foram erguidos em elevações de pedra em forma de montanhas, encimados por um terraço quadrangular. "Flutuando", plantas ornamentavam nestas construções e o terraço era utilizado pelos sacerdotes astrólogos, para observação. Sua arquitetura, simbolizava o cosmo em toda sua ordenação celeste, e os jardins marcavam a presença da natureza no mundo.

A tradição era aliar ao jardim, as delícias de um paraíso cósmico. O bem estar na Terra, ligava-se a um ideal religioso. Tal fato significa que o jardim, como criação de beleza, entrou na história humana desde épocas muito remotas e sempre foi um elemento importante.

Entre Gregos, Romanos e Egípcios, os jardins costumavam ter significado religioso, servindo ao culto de Apolo e Dionísio. Eram adornados com roseiras, fontes, ciprestes ou álamos, mas sempre com a função de propiciar conforto. Surge neste momento a arte dos "mestres jardineiros", atingindo seu auge durante o império.

Com o advento do Renascimento, imprimindo às artes, os jardins não ficaram à margem e recobram importância, atingindo novos esplendores. Adquirem formas rigorosamente arquitetônicas. São planejados tendo em vista o terreno, uso e funcionalidade. Neles se cultiva grande variedade de flores e plantas ornamentais, abrindo seus espaços em busca da paisagem circulante.

Por estar ligado à conjunção: bem estar e felicidade, simbolicamente teremos o "jardim da diversão", o Jardim Zoológico, onde passamos horas agradáveis e alegres, conhecendo a fauna presente nesta forma de jardim, que proporcionam lazer ao homem, pelo seu colorido e "emissão de luz" proveniente da pureza dos animais que ali habitam, "seduzindo" a criançada...

No ramo científico, temos a presença dos Jardins Botânicos, onde são estudados os vegetais, descrevendo seus caracteres, classificando e catalogando-os, chegando até mesmo a utilizá-los como forma de medicamentos naturais; os florais.

No Brasil, nosso primeiro jardim de expressão, é o Jardim Botânico do RJ, construído no tempo de D. João VI. Nossa paisagística teve uma grande evolução com a atuação de "Roberto Burle Marx" em 1950, incorporando e realçando novas espécies de nossa flora tropical, fazendo ele uma perfeita conjugação entre as plantas ornamentais aos elementos arquitetônicos modernos.

A própria natureza, incumbida de cuidar de suas criações, oferece meios para a sobrevivência, tanto das plantas, animais e nós seres humanos, que muitas vezes não sabemos valorizar.

Independentemente da plástica arquitetônica dos jardins, a verdadeira beleza está representada na diversidade de tipos de flores existentes na natureza, com suas formas, cores e aromas.

Qualquer distinção, classificação ou mesmo referência que possamos fazer, não conseguiremos jamais dizer qual a mais bela, mas temos a certeza de que uma linda "Rosa" sempre atrairá um belo "Beija-Flor".

O enredo traz algumas representações que encantam a todos, sendo de importância vital os elementos da natureza: a água, a terra, o sol, o ar, que complementam qualquer necessidade básica para a preservação de "nossos jardins de cada dia", assim como pássaros e insetos, para a sua fertilização, germinação, crescimento e reprodução.

Com toda esta influência e poder de sedução característico às flores, não é por acaso que a Tom Maior almeja num futuro próximo, possuir seu tão sonhado jardim, que está intimamente ligado à figura do seu bem estar.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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