O manto da São Lucas no carnaval
Viaja pelo tempo num lamento imortal
O “Índio Guerreiro”, sofreu no cativeiro
O mesmo soluçar da senzala
É ensurdecedor e ninguém ouviu
Silenciava os tambores na chibata
Mudando as cores do Brasil
A voz de revolta lançada nos ares
Nem mesmo na guerra se perpetuou
Ôôôôô… O grito do povo marcado de dor
Eis me aqui Senhor a lamentar
Soluçando a dor que vem de lá
Diante da tentativa do Quilombo suprimir
Nasce a fortaleza de zumbi
Dandara é sua luz a guerrear
Defendendo o povo e a liberdade
Palmares ê, Palmares!
Nessa “estória” dos inconfidentes
Onde está a quebra das correntes?
São Lucas minha raça, minha cor
A voz do trabalhador
Aqui é o nosso lugar!
O meu cantar você vai ter que ouvir
É a voz da Zona Leste a exigir
Esse canto que devia ser um canto de alegria
Vem cobrar a alforria!
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