Sou dessa terra
Filho da garoa fina
Onde a dura poesia, me fez arlequim
Retalho de um delírio insano
Sagrado e profano, por tantos brasis
Trilhando caminhos de crença e paz
Dourado é teu chão… oh Minas Gerais!
Eu vi no traço genial
A arte barroca, um dom divinal
Jangadeiro ê… no banzeiro
No balanço navego teu rio-mar
Pra conhecer o teu sabor Marajó
Tem batuque na gira do Carimbó
Baque virado, marimba na congada
Noite enluarada, no Maracatu da Casa Real
Fechei o corpo no catimbó
No frevo, saudade só
Me embriaguei de carnaval
Oh Brasiléia Desvairada
Onde a poesia fez morada
De cada lembrança, escrevo a história
Batizada no samba de Pirapora
O tambor me chamou, pra firmar no terreiro
Em cada verso, sentimento verdadeiro
Bordei um país de felicidade
Na voz da minha Mocidade.
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