::.. CARNAVAL 2004 - G.R.C.E.S. LEANDRO DE ITAQUERA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  21/02/2004
Ordem de entrada:  5
Enredo:  São Paulo, 450 Anos. No Palco da Cultura que Artista Sou Eu?
Carnavalesco:  Anderson Paulino
Grupo:  Especial
Classificação:  12º
Pontuação Total:  191,5
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  não consta
Nº de Alas :  40
Presidente:  Leandro Alves Martins - "Seu Leandro"
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Adamastor
Intérprete:  Vaguinho
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  Valéria de Oliveira
Mestre-Sala:  Jorge Edson
Porta-bandeira:  Karin
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

LEANDRO DE ITAQUERA

COMPOSITORES: Kabello/ Batista/ Rafa do Cavaco/ J.C

 

Segura a Zona Leste vem aí

As cortinas vão se abrir, que felicidade

A vermelho e branco vem de novo

Homenageando o povo

Quem fez nascer, crescer esta cidade

Babel de ilusões, de mil atrações

São Paulo de lutas e conquistas

Festejar, vamos cantar

O show vai começar

 

A força, a cultura, o negro é arte (ô, ô)

O bravo imigrante, fiel sonhador, que idealizou

Gigante de pedra, que encanta e seduz, é muita emoção

Meu samba é raça e vem nas garras do leão

 

Vem ver toda influência

Que deu existência ao nosso viver

Levanta, sai do anonimato

A vida é um teatro, é cinema e TV

Pintores, escultores, escritores geniais

Na musicalidade salve Sampa é demais

Vem ser o artesão

Criar poesias, criar pra viver

Viver pra sonhar, buscando crescer

Pra alcançar o estrelato e vencer

Pois nesse palco o artista é você

 

Quem sou eu? Quem eu sou? (EU SOU, EU SOU)

Paulistano e guerreiro, sou Leandro, meu amor.

 

SINOPSE DO ENREDO
Carnavalescos
Carnavalesco: Anderson Paulino

 

O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Leandro de Itaquera, integrada com os projetos de festejos para os 450 anos da cidade de São Paulo, vem orgulhosamente apresentar o seu enredo: “São Paulo 450 – No Palco da Cultura, Que Artista Sou Eu?”. Tornando-se parceira deste evento cultural que certamente promoverá nossa cidade.

 

A partir de então, com muita inspiração e determinação, a vermelho e branco da zona leste, deve realizar uma grande homenagem aos artistas que escreveram, desenharam, esculpiram, pintaram, cantaram e transformaram a cidade de São Paulo num grande Pólo Cultural do Brasil.

 

A terra onde os povos se misturaram numa mesclagem de raças, crenças e costumes hoje é uma espécie de Babel das ilusões. Palco para a divulgação de todo artista e que oferece vasta diversidade de arte para todo o tipo de gente.

 

A São Paulo, onde os índios foram catequizados, os negros foram a grande mão de obra para sua construção, os europeus foram desbravadores, agora se transforma na cidade das artes, com o seu grande palco, prestes a abrir suas cortinas. É a festa de 450 anos da cidade, cantada por artistas. Terra de tantos imigrantes, italianos, espanhóis, japoneses, alemães, libaneses, chineses, coreanos etc. Deixam marcado em sua história o suor do trabalho, as lágrimas da felicidade e das decepções, pelas conquistas, cheias de sonhos de sucesso.

 

Fortaleceu-se no processo de colonização, como caminho de passagem entre litoral e o interior, na exploração da cana de açúcar, no lamento dos escravos, na cultura do café, na chegada da ferrovia, na industrialização, na Paulicéia Desvairada e Modernista de Mario de Andrade, nas ondas do rádio, nos festivais de música da televisão, nas revoluções políticas e no progresso agressivo da Metrópole.

 

E hoje no Palco da Cultura, que artista sou eu?

A resposta do enredo é que somos no mínimo, o artista da sobrevivência. O artista que nunca desanimou em batalhar pelos seus sonhos, em driblar as dificuldades, muitas vezes com um salário absurdo, fazendo acrobacias para sobreviver.

 

Seria esse artista então, o maior homenageado pela Leandro de Itaquera. Hora personagens da história nacional, hora personalidades da cidade, hora o próprio povo trabalhador, porém, sempre um povo que lutador. Para a construção da montagem do enredo vamos ordenar o samba da seguinte maneira:

 

São Paulo

Terra de grandes sonhos e grandes ilusões
O palco da Cultura abre agora suas cortinas Vermelha e Branca
Para cantar a arte e o artista que te construiu
Leões guerreiros e poetas
Na cidade da prosperidade
Sua cultura, suas raízes
Cidade dos índios quase exterminados
Dos índios sem identidade
Os índios que não foram escravos
Os bandeirantes paulistas
Os negros escravos africanos
Os negros reis da arte
Os negros reis do samba
Os negros que sofreram e que morreram
Os negros que amaram
Os negros que festejam sem motivo
Os negros que continuam festejando
Hoje o samba te exalta, São Paulo
Sem o lamento do mesmo negro que te canta
Cidade de pedra e garoa
Onde os imigrantes fizeram sua arte
Os italianos, os japoneses, os alemães, espanhóis, etc..
Os idealizadores e sonhadores
Os teatros, as casas de espetáculo
Os cafeicultores, os engenheiros, os arquitetos
A ferrovia, o balanço do trem
A distribuição do cinema nacional
Os poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade
Os pintores, escultores e escritores
A semana de arte moderna
O povo nordestino, o povo brasileiro
O pedreiro maior da construção desta cidade
A musicalidade
O Billi Blanco, vambora, vambora, Olha a hora,
A Isaurinha Garcia, lá do Brás
O Adoniran Barbosa e seus demônios da Saudosa Maloca
A Jovem Guarda na Rua Augusta
O Caetano Veloso em Sampa
O Paulo Vanzolini, rondando de bar em bar
O Chico Buarque na universidade
A mutante ovelha negra
Rita Lee a Rainha do Rock
A Tropicália saindo da televisão para o mundo
O Silvio de Abreu
A Dona Armênia e as filhinhas do mamãe
A Rainha da Sucata
A Próxima Vítima, não!
Hoje a próxima vítima é você,
São Paulo
Em nosso coração
O artista da rua se apresenta
Os Dj’s, a juventude, as festas que atravessam a madrugada
Cidade dos estilistas, que lançam moda
Os grafiteiros, pintores da rua, poetas urbanos
Os artesãos, improvisadores, terra da criatividade
Onde pouco dinheiro precisa ser o suficiente
São Paulo
Hoje o samba exalta a arte e o artista paulistano
Os que nasceram, os que viveram, ou os que somente passaram
Mas deixaram sua arte
A Leandro de Itaquera e o sambista paulistano
O povo que trabalha dia após dia
Na esperança de uma vida melhor
Com mais arte para todo mundo
Somos o povo que gosta do jeito paulistano artista de ser
Artista da sobrevivência, procurando ilusões, correndo para não perder um
segundo sequer deste grande espetáculo em forma de cidade.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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