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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.B.T.C.D. PAVILHÃO 9 - CARNAVAL 1997
Enredo: Terra Esperança

O Grêmio Recreativo
Autor: Paulo Rogério de Almeida

 

Desde os albores da civilização que o homem para se manter livre esteve envolvido com a terra, ele procurou sua alimentação e vestuário, espaço para cozinha, lavar, repousar e dormir. A terra também representa um papel muito importante na construção de sua casa, pois dela ele extraiu a lama, pedra, madeira, grama ou bambu, os quais conseguiu reunir com as mãos. O espaço fechado que ele conseguiu erigir servir para suas finalidades, isto é, um lugar para o acasalamento, um depósito, para suas poucas possessões e uma proteção contra o tempo. Tinha acesso ao campo e ao sol, proximidade do trabalho e da família e espaço relativamente amplo, no qual podia movimentar-se.

A medida que, hoje em dia, as massas movimentam-se para as cidade, elas encontram a terra subdividida em lotes por demais pequenos pra serem comprados ou alugados. O processo de urbanização acelerada, isto é, aumento incontrolável e as taxas altas das populações urbanas que vêm ocorrendo em grande número de países, tem merecido atuação dos governos no sentido de fixação de uma política que não neutralize os malefícios decorrentes de tal processo, mas ainda possa transformá-lo em um fator de desenvolvimento, não só local, mas para todo país.

Casa popular, um direito do trabalhador, a miragem da justiça social!

Senão vencemos pela justiça, então, venceremos pelo cansaço de muitas insistências até que cedam pelo sofrimento dos injustiçados. Os chamados grupos de pressão, como organizações que defendem interesses parciais, são instrumentos típicos de conflitos, das lutas que se desenvolvem no seio da sociedade entre os membros que levantam suas bandeiras de luta.

A questão habitacional no Brasil, como os outros problemas sociais é gravíssima. Temos um déficit de cerca de 12 milhões de moradia no Brasil, enquanto mais de 3milhões de pessoas, só em São Paulo, vivem em condições precárias, em barracos de favela e cortiços. O pior de tudo é que o país continua sem uma política nacional de habitação, capaz de atender principalmente às populações de baixa renda, no campo e nas cidades. A miragem da justiça social, diante deste quadro da utopia da casa própria, é um direito do cidadão, das desigualdades sociais estampadas no multicolorido da sociedade brasileira. A habitação coletiva é o problema habitacional mais antigo da cidade de São Paulo. As manifestações características do processo de urbanização desenfreada, pelo que apresenta de aspecto dolorosos para a população, a do aparecimento de núcleos de habitações sub-humanas, com todo cortejo de mazelas sociais e morais conseqüentes, sem o atendimento satisfatório das mais elementares necessidades de segurança, proteção, higiene e bem-estar, mas também a realidade de uma situação em que se defrontem os esforços para uma promoção social e familiar legítima, em permanente necessidade de superar a marginalização social, conseqüente de estágio e desemprego ou subemprego e falta de assistência social, a par de manifestação de grupos anti-sociais, que ai se encontra um "habitat" favorável à continuação de suas atividades fora da sociedade.

Quem se organiza, vence!

Movimento pela moradia digna.

Os Sem Terra existem porque nenhuma nação ainda conseguiu produzir casas adequadas e suficiente que atendam a demanda da população carente que paga aluguel ou mora em habitação coletiva dos cortiços, sem falarmos dos moradores sem paradeiros dos becos, pontes, vagas dos prédios, ou fachadas e coberturas que se amontoam pelas calçadas. A questão agrária hoje, a reivindicações dos trabalhadores rurais, é a Terra, A tão sonhada Terra-Esperança de milhões de camponeses, para a solução do trabalho na agricultura brasileira. Os trabalhadores rurais querem um pedaço de chão que ele obtenha com isso os frutos do seu trabalho. Das chamadas Terras improdutivas proposta pelo Incra.

A moradia continua sendo a Cinderela da Revolução Industrial da Construção Civil e o cortiço a humilde cobertura para a qual ela foi indefinidamente relegada.

A ausência de um sistema capaz, nas superlotadas comunidades urbanas que surgiram furiosamente nos anos mais recentes, tal poluição é encarada como parte da vida de todos dias. A falta de vida privada, exposição ao contágio e a desintegração social são apenas alguns dos produtos colaterais de uma vida na qual quase não há espaço para respirar, sofrer ou mesmo morrer.

O pior de tudo é a destruição da dignidade moral e humana do cidadão, quanto o lar e a comunidade na qual a família viveu e se perdeu com os altos índices de preços abusivos dos aluguéis, que só vivem para pagar aluguel, tem o mínimo para sobrevivência e vestuário, que o salário mal dá para pagar.

Terra-Esperança compromisso com o social com a melhoria da qualidade de vida da comunidade, teto e chão, acreditar na luta de quem quer vencer.

A maior pobreza que um homem, pode vir a ter é a vida miserável que ele vem aprender a conviver com ela para sobreviver!

 


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