Desde os albores da
civilização que o homem para se manter livre esteve
envolvido com a terra, ele procurou sua alimentação
e vestuário, espaço para cozinha, lavar, repousar e
dormir. A terra também representa um papel muito
importante na construção de sua casa, pois dela ele
extraiu a lama, pedra, madeira, grama ou bambu, os
quais conseguiu reunir com as mãos. O espaço fechado
que ele conseguiu erigir servir para suas
finalidades, isto é, um lugar para o acasalamento,
um depósito, para suas poucas possessões e uma
proteção contra o tempo. Tinha acesso ao campo e ao
sol, proximidade do trabalho e da família e espaço
relativamente amplo, no qual podia movimentar-se.
A medida que, hoje em
dia, as massas movimentam-se para as cidade, elas
encontram a terra subdividida em lotes por demais
pequenos pra serem comprados ou alugados. O processo
de urbanização acelerada, isto é, aumento
incontrolável e as taxas altas das populações
urbanas que vêm ocorrendo em grande número de
países, tem merecido atuação dos governos no sentido
de fixação de uma política que não neutralize os
malefícios decorrentes de tal processo, mas ainda
possa transformá-lo em um fator de desenvolvimento,
não só local, mas para todo país.
Casa popular, um
direito do trabalhador, a miragem da justiça social!
Senão vencemos pela
justiça, então, venceremos pelo cansaço de muitas
insistências até que cedam pelo sofrimento dos
injustiçados. Os chamados grupos de pressão, como
organizações que defendem interesses parciais, são
instrumentos típicos de conflitos, das lutas que se
desenvolvem no seio da sociedade entre os membros
que levantam suas bandeiras de luta.
A questão habitacional
no Brasil, como os outros problemas sociais é
gravíssima. Temos um déficit de cerca de 12 milhões
de moradia no Brasil, enquanto mais de 3milhões de
pessoas, só em São Paulo, vivem em condições
precárias, em barracos de favela e cortiços. O pior
de tudo é que o país continua sem uma política
nacional de habitação, capaz de atender
principalmente às populações de baixa renda, no
campo e nas cidades. A miragem da justiça social,
diante deste quadro da utopia da casa própria, é um
direito do cidadão, das desigualdades sociais
estampadas no multicolorido da sociedade brasileira.
A habitação coletiva é o problema habitacional mais
antigo da cidade de São Paulo. As manifestações
características do processo de urbanização
desenfreada, pelo que apresenta de aspecto dolorosos
para a população, a do aparecimento de núcleos de
habitações sub-humanas, com todo cortejo de mazelas
sociais e morais conseqüentes, sem o atendimento
satisfatório das mais elementares necessidades de
segurança, proteção, higiene e bem-estar, mas também
a realidade de uma situação em que se defrontem os
esforços para uma promoção social e familiar
legítima, em permanente necessidade de superar a
marginalização social, conseqüente de estágio e
desemprego ou subemprego e falta de assistência
social, a par de manifestação de grupos
anti-sociais, que ai se encontra um "habitat"
favorável à continuação de suas atividades fora da
sociedade.
Quem se organiza,
vence!
Movimento pela moradia
digna.
Os Sem Terra existem
porque nenhuma nação ainda conseguiu produzir casas
adequadas e suficiente que atendam a demanda da
população carente que paga aluguel ou mora em
habitação coletiva dos cortiços, sem falarmos dos
moradores sem paradeiros dos becos, pontes, vagas
dos prédios, ou fachadas e coberturas que se
amontoam pelas calçadas. A questão agrária hoje, a
reivindicações dos trabalhadores rurais, é a Terra,
A tão sonhada Terra-Esperança de milhões de
camponeses, para a solução do trabalho na
agricultura brasileira. Os trabalhadores rurais
querem um pedaço de chão que ele obtenha com isso os
frutos do seu trabalho. Das chamadas Terras
improdutivas proposta pelo Incra.
A moradia continua
sendo a Cinderela da Revolução Industrial da
Construção Civil e o cortiço a humilde cobertura
para a qual ela foi indefinidamente relegada.
A ausência de um
sistema capaz, nas superlotadas comunidades urbanas
que surgiram furiosamente nos anos mais recentes,
tal poluição é encarada como parte da vida de todos
dias. A falta de vida privada, exposição ao contágio
e a desintegração social são apenas alguns dos
produtos colaterais de uma vida na qual quase não há
espaço para respirar, sofrer ou mesmo morrer.
O pior de tudo é a
destruição da dignidade moral e humana do cidadão,
quanto o lar e a comunidade na qual a família viveu
e se perdeu com os altos índices de preços abusivos
dos aluguéis, que só vivem para pagar aluguel, tem o
mínimo para sobrevivência e vestuário, que o salário
mal dá para pagar.
Terra-Esperança
compromisso com o social com a melhoria da qualidade
de vida da comunidade, teto e chão, acreditar na
luta de quem quer vencer.
A maior pobreza que um
homem, pode vir a ter é a vida miserável que ele vem
aprender a conviver com ela para sobreviver!