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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.B.S. UNIDOS DE SANTA BÁRBARA - CARNAVAL 2000
Enredo: A Visita do Santa Bárbara a São Tomé das Letras (É Ver Para Crer)

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

É ver para crer... depois de 4 anos de muita luta entre nossas co-irmãs agremiações, o Bloco Unidos de Santa Bárbara finalmente chegou ao grupo de mais alto potencial. E para relaxar de tamanho esforço, nossa agremiação resolveu festejar a novidade fora do território paulista. Conheceu São Tomé das Letras (Cidade Mística) localizada no Sul de Minas Gerais, e lá todos os seus componentes deliraram com tamanha belezas naturais e fascinantes lendas.

Hoje, preparados para brincar o carnaval do milênio, o bloco mais unido do que nunca, vem em clima de misticismo e magia, resgatando no Anhembi todo o universo de mistérios que ronda São Tomé das Letras.

São Tomé das Letras surgiu no século XIX, da exploração do "quartzito", que se espalha pela região em rochas metamórficas do período pré-cambriano há 600 milhões de anos. O quartzito é utilizado como matéria prima para revestimentos, pisos e, na cidade, é usado em diversos utilitários como objetos decorativos, artesanato, etc.

Seus habitantes chegam a pouco mais de 5000, mas seu turismo atrai milhares de pessoas durante todo o ano. Os mitos que rondam sobre o nome da cidade vem de duas hipóteses. Segundo uma de suas lendas, um escravo que fugiu (João Antão) da fazenda do Barão de Alfenas, escondeu-se em uma das fascinantes grutas do local e teve uma visão alusionada de São Tomé (O Santo que diz "tenho que ver para crer"). Era um homem todo de branco que dera ao escravo uma carta de alforria para entregar ao Barão. Assustado, o escravo logo correu e foi avisar o acontecido, mas quando voltou com o Barão para procurar a aparição, ela não passava de uma imagem de madeira. E o que mais teria impressionado o Barão era a tão bela carta em letras caprichadas, que na época poucas pessoas escreviam, principalmente naquela região. O escravo foi recapturado em seguida, e o Barão mandou construir ao lado da gruta uma Igreja que até hoje é a matriz da cidade. Os negros, impossibilitados de freqüentar a Igreja da Matriz, em seguida construíram uma Igreja toda de pedra, que hoje é um dos cartões postais da cidade.

Outra versão para o nome da cidade vem das inscrições rupestres em algumas grutas, que certos especialistas atribuem aos índios cataguases. Portanto, quando o povo roceiro da região foi povoando esta cidade que é uma das melhores Estâncias Climáticas do Brasil, acabou chamando-a de São Tomé das Letras

Em agosto, mês do aniversário da cidade, ou em outubro, quando se faz a tradicional festa de Hallowenn, as pousadas não dão conta da multidão de turistas que chegam para curtir os espetáculos de rock, reggae, MPB e blues, saborear a famosa pizza na pedra, a pinga com mel (gargamel) ou tomar o polêmico chá de cogumelo. Durante a noite, muitos ficam acordados e na rua acompanhando o percurso das estrelas, ou então se arriscam nas grutas em busca de chegar ao final delas na cidade de Matchu Picchu (Peru). Essa é sem dúvida uma das lendas da cidade que tem até música.

Na feirinha de artesanatos, realizada em frente à Igreja de São Tomé, as pedras demonstram mesmo ser uma das maiores riquezas da região, e a população local vende seus artefatos com muita paz e amor. Muitos procuram a cidade em busca de terapias alternativas, a base de chás exóticos, diálogos com seres de outro mundo, captação de pontos de energia, etc. De vez em quando um velho ermitão (Taquara) percorre a cidade, curando pessoas doentes com seus dotes místicos ou enfeitiçando animais. Esses são alguns aspectos folclóricos do povo da cidade. Mas o Bloco Santa Bárbara foi mesmo é sacudir São Tomé das Letras e fazer o maior Carnaval.

E acabou que nosso passeio ficou assim...

Chegamos em São Tomé, cidade onde os místicos dizem ser uma das sete cidades sagradas do mundo. Com muito samba no pé, fomos logo procurando as  misteriosas grutas e a casa da pirâmide, baseada na constelação de escorpião. No caminho nos banhamos em várias cachoeiras, como a do Véu da Noiva, da Eubiose, do Paraíso, da Lua, etc - fizemos repouso no Vale das Borboletas acompanhados pelos duendes. Quando encontramos a casa da pirâmide, montamos uma fogueira, juntamos nossos instrumentos, nossa porta estandarte e caímos no samba. Foi uma grande diversão

Para nos acompanhar, as ninfas e as bruxas dançaram em grande manifestação de alegria. Num por do sol dos mais lindos do mundo, o céu aos poucos ia se enchendo de estralas e a lua ia aparecendo linda e sedutora. O frio também era muito grande (típico da região). Quanto mais fervia nosso samba, mais aquela comunidade alternativa, de roqueiros, hippies, malucos, esotéricos e gente da maior qualidade da simplicidade mineira, iam chegando e se rendendo a nossa batucada.

Eis que lá no céu, de repente, apareceu um OVNI, cheio de luzes e de seres nunca antes vistos. Pediram licença ao modo deles e caíram no samba com a vermelho, azul, preto e branca da Zona Leste.

Daquele dia só tivemos mesmo boas recordações e hoje estamos aqui para exibir, extravasar a então "Visita do Santa Bárbara a São Tomé das Letras".

E se você não acredita em nossas histórias, conheça esta cidade, onde para se tornar realidade basta "Ver Para Crer".

 


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