PROPOSTA
A Mocidade Unida conta e canta as 3 visões
tropicais da moeda brasileira. A história começa pelo mundo antigo, as
origens, vem para o Brasil quando surge a primeira face, a face do
trabalho, seguem a face da corrupção e a do dinheiro fácil. "Só vale
quem tem, quem não tem morre de fome" disse Paul Singer, famoso
economista. E para começar o ano 2000 nada mais sugestivo (ou
preocupante) do que avaliarmos nossas projeções financeiras, não importa
em que face da moeda você está envolvido!
DESENVOLVIMENTO
Bastou o homem aparece, pensar e
desenvolver a sua inteligência para as coisas se complicarem. O
raciocínio criou desigualdades que refletiram na disputa pelo poder. Ah!
o poder. Dividiu o ser em fortes e fracos, pobres e ricos, e com isso a
sociedade se viu fragmentada, mas o símbolo maior do poder sempre foi e
ainda é, sem dúvida o dinheiro, e a moeda nascia já na Grécia Antiga,
região do Peloponeso, isto sete séculos antes de Cristo. Uma invenção
que levaria a humanidade a ser o que é hoje: capitalista.
Mas os inovadores chineses não ficaram
para trás, criaram o papel moeda no nono século da era moderna. Foram os
romanos que mais utilizaram e difundiram o dinheiro, sendo uma das
primeiras civilizações a estabelecer classes sociais e a remuneração,
não é por menos, o termo "salário" vem de sal, uma primitiva forma de
compensação à moda romana. Os árabes tinham outras vantagens: fabulosos
produtos que fascinavam os europeus, seus fregueses prediletos.
O mundo sabia que a moeda era o fator
determinante do desenvolvimento, mas também da cobiça e até da pobreza.
No Brasil não era diferente, faziam entre outros negócios obscuros o
tráfico de escravos, fascinavam-os com artefatos e bijuterias no
continente africano, traziam para cá, e pasmem... eram considerados
moedas corrente no comércio. Exemplos à parte,a forma de ganhá-lo
ultrapassou a história da moeda.
A face do trabalho se mostra através da
dignidade, o grande pool bancário movimenta contas de trabalhadores
honestos e legiões de operários indignados com a velha piada do FMI
Trabalhar, trabalhar... é vida, e a vida depende do trabalho. Mas
ganancioso, o homem tratou de ganhá-la de forma injusta, dependendo de
seus princípios e a partir de absoluta... necessidade!
A 2ª face: da corrupção, se apresenta! São
criminosos de colarinho branco, ladrões qualificados, pirataria e
contrabando. Burlam leis, prejudicam os caminhos do progresso, é a face
do abuso. O maior de todos os reflexos é a miséria, um país como o
Brasil cheio de contrastes se vê num emaranhado de "roubadas",
enriquecendo poucos e empobrecendo muitos.
Mas nem tudo é sacrifício, o jeitinho
brasileiro anuncia a 3ª face: a do dinheiro fácil. O sonho nos leva ao
esoterismo, crenças e misticismos: coçar a mão, trevo de quatro folhas,
fantásticos gnomos e seus potes de ouro. Os deuses e as fadas da fortuna
são reverenciados, mas será que com tanta fé o dinheiro vai cair do céu?
Negativo, o negócio é jogar, os jogos de azar podem dar sorte, bingo,
jogo do bicho, baralho, loterias... O sonho continua, é só tentar e a
Mocidade Unida da Mooca aproveita o embalo para começar a virada do
século com pé direito "com muito dinheiro (ou moedas) no bolso".
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