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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. FOLHA AZUL DOS MARUJOS - CARNAVAL 2002
Enredo: Penha, O Sonho Virou Realidade

O Grêmio Recreativo
Autor: Toninho Crescenti Filho

 

PROPOSTA

Indígenas, devoção, moda e progresso. Os fatos que marcaram o bairro da Penha por toda a sua existência marcou um período de luta por várias gerações. Hoje a Penha deixou de ser um sonho para se destacar no cenário urbano de nossa capital. A Folha Azul da Vila Eutália conta e canta a realidade do bairro-orgulho da Zona Leste: penha

DESENVOLVIMENTO

O aldeamento dos índios Ururas da tribo Ururaí, termo que significa passarinho mensageiro, ocupava o espaço entre as áreas do Tatuapé e São Miguel às margens do Rio Grande (Tietê). Foram os primeiros habitantes do que seria hoje o Bairro da penha, no séc. XVI.

As aldeias normalmente ficavam distantes mais ou menos um quilômetro das margens do rio, para que as mulheres e crianças ficassem protegidas em caso de ataque, quase sempre fluvial. O cacique desses bravos descendentes da família Tupi, era Piquerobi, o mais respeitado da região.

O fundador do vilarejo foi o Padre Mateus Nunes de Siqueira em 1663, mas a capela de Nossa Senhora da Penha foi erguida alguns anos antes. Diz a lenda popular que um viajante carregava a imagem de N. Sra da Penha, pernoitando naquela região, ao prosseguir a viagem observou que mais adiante a imagem sumia. Ao voltar ao vilarejo a encontrava, como o fato sucedeu-se, achou que a virgem escolhera aquele lugar para seu trono e ali mesmo construiu uma capela para a santa.

O local progredia rapidamente, era caminho de tropeiros e pouso obrigatório dos viajantes que vinham do Rio de Janeiro, da Corte ou do Vale do Paraíba para São Paulo ou vice-versa.

Das passagens famosas podemos destacar a presença de D. Pedro em 24 de agosto de 1822, antes da proclamação da independência. Naquele distrito, recebeu as personalidades da época, que o procuravam para o beija-mão, uma reverência da época.

Com a chegada dos negros e o trabalho escravo, também era comum a prática da capoeira nos arredores da vila. São Paulo cresceu e prosperou em todas as direções. Novos bairros foram incorporados, como é o caso da Penha. Em 1901 era inaugurada a linha de bonde elétricos: 6 - Penha, com tarifa de duzentos réis, foi um marco na estória, não só da Penha, mas também no crescimento de outros bairros como Brás, Belém e Tatuapé. Melindrosas e almofadinhas, esteios da moda francesa também influíram no processo de adequação do nome do bairro: Penha de França. Hoje o bairro é um dos mais tradicionais da cidade, conta com o Clube Esportivo da Penha, fundado em 1929 com destacada atuação esportiva na vida do bairro.

O Colégio Santos Dumont, primeiro estabelecimento oficial de ensino e freqüentado por moradores ilustres, ainda mantém seus bons padrões na área da educação. O comércio hoje é famoso. O Shopping e sua localização centralizada, divide espaço com lojas e ambulantes conhecidos por toda a cidade paulista.

Em tempos de festa e de amar, a Penha hoje é mais que um sonho de aventureiros e colonizadores, é a terra da realidade, a realidade do progresso.

 


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