PROPOSTA
Indígenas, devoção, moda e progresso. Os
fatos que marcaram o bairro da Penha por toda a sua existência marcou um
período de luta por várias gerações. Hoje a Penha deixou de ser um sonho
para se destacar no cenário urbano de nossa capital. A Folha Azul da
Vila Eutália conta e canta a realidade do bairro-orgulho da Zona Leste:
penha
DESENVOLVIMENTO
O aldeamento dos índios Ururas da tribo
Ururaí, termo que significa passarinho mensageiro, ocupava o espaço
entre as áreas do Tatuapé e São Miguel às margens do Rio Grande (Tietê).
Foram os primeiros habitantes do que seria hoje o Bairro da penha, no
séc. XVI.
As aldeias
normalmente ficavam distantes mais ou menos um quilômetro das margens do
rio, para que as mulheres e crianças ficassem protegidas em caso de
ataque, quase sempre fluvial. O cacique desses bravos descendentes da
família Tupi, era Piquerobi, o mais respeitado da região.
O fundador do vilarejo foi o Padre Mateus
Nunes de Siqueira em 1663, mas a capela de Nossa Senhora da Penha foi
erguida alguns anos antes. Diz a lenda popular que um viajante carregava
a imagem de N. Sra da Penha, pernoitando naquela região, ao prosseguir a
viagem observou que mais adiante a imagem sumia. Ao voltar ao vilarejo a
encontrava, como o fato sucedeu-se, achou que a virgem escolhera aquele
lugar para seu trono e ali mesmo construiu uma capela para a santa.
O local progredia rapidamente, era caminho
de tropeiros e pouso obrigatório dos viajantes que vinham do Rio de
Janeiro, da Corte ou do Vale do Paraíba para São Paulo ou vice-versa.
Das passagens famosas podemos destacar a
presença de D. Pedro em 24 de agosto de 1822, antes da proclamação da
independência. Naquele distrito, recebeu as personalidades da época, que
o procuravam para o beija-mão, uma reverência da época.
Com a chegada dos negros e o trabalho
escravo, também era comum a prática da capoeira nos arredores da vila.
São Paulo cresceu e prosperou em todas as direções. Novos bairros foram
incorporados, como é o caso da Penha. Em 1901 era inaugurada a linha de
bonde elétricos: 6 - Penha, com tarifa de duzentos réis, foi um marco na
estória, não só da Penha, mas também no crescimento de outros bairros
como Brás, Belém e Tatuapé. Melindrosas e almofadinhas, esteios da moda
francesa também influíram no processo de adequação do nome do bairro:
Penha de França. Hoje o bairro é um dos mais tradicionais da cidade,
conta com o Clube Esportivo da Penha, fundado em 1929 com destacada
atuação esportiva na vida do bairro.
O Colégio Santos Dumont, primeiro
estabelecimento oficial de ensino e freqüentado por moradores ilustres,
ainda mantém seus bons padrões na área da educação. O comércio hoje é
famoso. O Shopping e sua localização centralizada, divide espaço com
lojas e ambulantes conhecidos por toda a cidade paulista.
Em tempos de festa e de amar, a Penha hoje
é mais que um sonho de aventureiros e colonizadores, é a terra da
realidade, a realidade do progresso.
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