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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.S. ACADÊMICOS DO TATUAPÉ - CARNAVAL 1998
Enredo: A Arte Negra na Bahia

O Grêmio Recreativo
Autor: Edson Machado

 

Mãe África:

Em seu habitat natural, existiam muitas tribos, onde os negros eram liderados por uma autoridade suprema. Em Oyó, na Nigéria, um Alafim ou Rei, era considerado como um chefe cuja posição na Terra era comparável a do ser supremo no paraíso. O Alafim governava com a ajuda de um poderoso grupo de conselheiros; os Oyó Mesi.

A liberdade era muito intensa, viviam felizes, plantando, caçando, dançando, pintando, esculpindo, etc... Proporcionavam a sua nação o que de bom poderia existir.

A civilização Yorubana estava no apogeu nos séculos, XVI à XVIII; neste época houve um famoso mestre em fundição de bronze, que durante o reinado de Obá Oguola, veio para a cidade de Benin trabalhar sua arte para a corte; chamava-se Egueghae. Os artistas, apesar de terem regalias eram vigiados, pois sua arte trabalhada em bronze era guardada em segredo.

Mas nem tudo eram rosas, muitas comunidades eram invadidas por brancos ou outras tribos mais ferozes, que os aprisionavam e eram vendidos ou trocados por espelhos, colares, bebidas, fazendas, etc...

Dentre os muitos negros, haviam reis, príncipes, sacerdotes e outros nobres.

Atravessando o Atlântico, os porões dos negreiros eram infectos, cheios de insetos, ratos, etc... suicídios e muitos castigos, a chibata cortava a pele das peças mais alteradas, era a dor do negro antes de aportar no Brasil.

Nascia a saudade da Mãe África e com isto i lamento e o banzo.

Na Bahia chegaram o maior número de escravos de nações diversas.

A comunidade africana não teve meios de renascer de imediato no Brasil, entretanto o próprio negro era a expressão autêntica  do seu meio social. Com eles vieram todo um manancial de cultura e magia, as divindades conhecidas como orixás. O candomblé era a influência religiosa na Bahia, a música, a culinária, a indumentária, a dança, a literatura, a poesia, a ciência, a filosofia, nas artes cênicas, pinturas, esculturas e etc..., que aos poucos foram se incorporando à nossa formação.

A medida que o tempo foi passando, o negro foi ganhando amor à sua nova terra. E foi participando, dando tudo de si adquirindo conquistas e alegrias. Criaram irmandades e associações; organizaram folguedos, exteriorizaram a arte negra.

Sua contribuição se fez sentir com mais ênfase em todos os setores da vida nacional. E foi decisiva para a formação de nossa raça, que oferece ao mundo o maior espetáculo popular da Terra que é o Carnaval, e com ele as Escolas de Samba com seus passistas e cabrochas, portadores de milagrosa coreografia, proporcionam um dos mais belos espetáculos de dança popular em todo o mundo.

 


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