::.. CARNAVAL 1998 - G.R.E.S. ACADÊMICOS DO TATUAPÉ................................
FICHA TÉCNICA
Data:  23/02/1998
Ordem de entrada:  7
Enredo:  A Arte Negra na Bahia
Carnavalesco:  Edson Machado
Grupo:  1A
Classificação:  7º
Pontuação Total:  193,5
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Roberto Munhoz
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Jorge
Intérprete:  Lira Brasa, Júnior e Toninho
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

ACADÊMICOS DO TATUAPÉ
COMPOSITOR: SILVIO PAULO ASSUNÇÃO

 

BAHIA, TERRA ABENÇOADA

PELOS DEUSES CONSAGRADA... ÉS DIVINAL

ONDE A ARTE NEGRA FEZ MORADA

NESTA NOITE ENGALANADA

TATUAPÉ VEM EXALTAR NO CARNAVAL

NO SEIO DA MÃE ÁFRICA DISTANTE

EXUBERANTE, O NEGRO VIVIA FELIZ

CAPTURADO COMO ANIMAL MERCANTE

COVARDEMENTE ARRANCADO DE SUA RAIZ

ATRAVESSOU O MAR

SEU DESTINO, SUA SORTE

SOFRIMENTO, DOR E MORTE

EM NAVIOS NEGREIROS

ASSIM CHEGA A SEMENTE DE UMA RAÇA

QUE SE CONGRAÇA COM O POVO BRASILEIRO

 

IEMANJÁ, O SEU MAR TROUXE AXÉ

ATÉ HOJE A BAHIA É MAGIA, É CANDOMBLÉ

 

Ô, Ô, Ô... O NEGRO É FORTE, É RAÇA, É BRAVURA

Ô, Ô, Ô... TEM SEU DESTAQUE NA ARTE

NO ESPORTE E NA CULTURA

E O MUNDO CONQUISTOU

COM SEU SORRISO, BELEZA E ALEGRIA

O CARNAVAL TEM SEU ENCANTO

É COM SEU CANTO QUE A GENTE SE ARREPIA

 

E VEM NA DANÇA DO NEGRO

VEM SAMBAR

E A GENTE BALANÇA

PRA LÁ E PRA CÁ.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Edson Machado

 

Mãe África:

Em seu habitat natural, existiam muitas tribos, onde os negros eram liderados por uma autoridade suprema. Em Oyó, na Nigéria, um Alafim ou Rei, era considerado como um chefe cuja posição na Terra era comparável a do ser supremo no paraíso. O Alafim governava com a ajuda de um poderoso grupo de conselheiros; os Oyó Mesi.

A liberdade era muito intensa, viviam felizes, plantando, caçando, dançando, pintando, esculpindo, etc... Proporcionavam a sua nação o que de bom poderia existir.

A civilização Yorubana estava no apogeu nos séculos, XVI à XVIII; neste época houve um famoso mestre em fundição de bronze, que durante o reinado de Obá Oguola, veio para a cidade de Benin trabalhar sua arte para a corte; chamava-se Egueghae. Os artistas, apesar de terem regalias eram vigiados, pois sua arte trabalhada em bronze era guardada em segredo.

Mas nem tudo eram rosas, muitas comunidades eram invadidas por brancos ou outras tribos mais ferozes, que os aprisionavam e eram vendidos ou trocados por espelhos, colares, bebidas, fazendas, etc...

Dentre os muitos negros, haviam reis, príncipes, sacerdotes e outros nobres.

Atravessando o Atlântico, os porões dos negreiros eram infectos, cheios de insetos, ratos, etc... suicídios e muitos castigos, a chibata cortava a pele das peças mais alteradas, era a dor do negro antes de aportar no Brasil.

Nascia a saudade da Mãe África e com isto i lamento e o banzo.

Na Bahia chegaram o maior número de escravos de nações diversas.

A comunidade africana não teve meios de renascer de imediato no Brasil, entretanto o próprio negro era a expressão autêntica  do seu meio social. Com eles vieram todo um manancial de cultura e magia, as divindades conhecidas como orixás. O candomblé era a influência religiosa na Bahia, a música, a culinária, a indumentária, a dança, a literatura, a poesia, a ciência, a filosofia, nas artes cênicas, pinturas, esculturas e etc..., que aos poucos foram se incorporando à nossa formação.

A medida que o tempo foi passando, o negro foi ganhando amor à sua nova terra. E foi participando, dando tudo de si adquirindo conquistas e alegrias. Criaram irmandades e associações; organizaram folguedos, exteriorizaram a arte negra.

Sua contribuição se fez sentir com mais ênfase em todos os setores da vida nacional. E foi decisiva para a formação de nossa raça, que oferece ao mundo o maior espetáculo popular da Terra que é o Carnaval, e com ele as Escolas de Samba com seus passistas e cabrochas, portadores de milagrosa coreografia, proporcionam um dos mais belos espetáculos de dança popular em todo o mundo.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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