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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
S.R.C.E.S. PRIMEIRA DA CIDADE LÍDER - CARNAVAL 2002
Enredo: O Despertar dos Tambores no Chão do Brasil

O Grêmio Recreativo
Autor: José Carlos Lisboa

 

PROPOSTA

A história do nosso país, foi musicada por tambores. Em suas diferentes formas de apresentação e sons, os índios, portugueses e africanos cantavam, dançavam e guerreavam, anunciando novos tempos. A Primeira da Cidade Líder conta uma história diferente, onde os povos demonstram com os sons, a visão de suas glórias e anseios.

DESENVOLVIMENTO

Ritmos, sons, lamentos, atabaques, danças, tambores, uma verdadeira ópera para a paz e a guerra. Os índios tupinambás, tocavam para o Sol e a Lua, seus tambores, para que os mesmos pudessem estar sempre brilhantes e assim a escuridão nunca existiria. As tribos em épocas remotas reuniam-se em torno do seu cacique (grande chefe), para traçar estratégias de guerra, quando novamente eram usados tambores e seu povo usava pinturas em seus corpos com uma tinta vermelha extraída do pau-brasil. Cantos de guerras eram entoados. os pajés que ditavam a dança, emitiam sons como se fossem grunhidos de animais e assim espantavam os maus espíritos que plantavam a discórdia e a derrota. Os tambores também ecoavam pela floresta, um dia, anunciando que os invasores brancos estavam chegando. Ano de 1500, eram os portugueses, donos do fogo, das grandes embarcações e das vestes esquisitas.

Os portugueses chegaram em missão de colonização, a cruz de malta em estandarte era levada por um emissário nas expedições do litoral, ao som de tambores em compasso de guerra: ratatá... ratatá... ratatá... Não haviam negociações, mas os índios em sua maioria, deixaram-se levar pelas "riquezas" daquele povo branco e estranho. A partir de 1532, chegaram a primeira leva de escravos africanos. Um povo que deixou sua realeza colorida e vibrante para confinar-se nos trabalhos forçados. Em viagens inimagináveis por sua brutalidade, pelo extermínio, pelo lamento nos porões, pelo açoite, pela dor, navios negreiros cruzavam trevas, cruzavam mares em longínquas noites de terror. Com eles vem o atabaque (termo árabe que significa: os dominadores), tambor afunilado e com couro de um lado só. O ritmo negro é contagiante e influenciou toda a música brasileira. Usavam os atabaques para se comunicar, dançar, além de serem usados em rituais religiosos, dizem assim evocar os deuses e agradá-los. Hoje o atabaque, "tambor negro" é evidenciado nas rodas de samba, e nos mais diversificados ritmos do "axé music", sendo símbolo de alegria mas transmitindo consciência e determinação da raça negra.

 


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