Tradicionalmente a
festa do Senhor do Bonfim é um grande acontecimento
religioso e folclórico da Bahia, antigamente era
proibido qualquer prática religiosa que não fosse
católica.
Os negros trouxeram da
África sua religião, o candomblé, e celebravam suas
festas e cultos nas datas das festas católicas, e a
festa de Oxalá no dia do Senhor do Bonfim, orixá com
características iguais, daí surge o afro-brasileiro,
uma mistura de catolicismo e candomblé, e na ocasião
da festa do Senhor do Bonfim, as Mães e Filhas de
santo levavam, flores e água de cheiro para lavar a
escadaria da Igreja do Senhor do Bonfim, celebração
que pela sua riqueza religiosa e folclórica,
tornou-se um grande acontecimento místico da cultura
Baiana, que tem sua principal raiz na África.
Com o passar dos
tempos esta celebração ganhou notoriedade, e
transformou-se num misto de fé e alegria, envolvendo
também a rica cozinha dos orixás. E neste grande
festejo, o centro das atenções é a Igreja do Senhor
do Bonfim, com os Ogans e seus atabaques, as Mães de
Santo lavam as escadas com águas de cheiro, e
adornam com flores, com seus cantos, saudações e
pedidos aos orixás, seguido de grande manifestação
popular, com seus batuques, danças das Filhas de
Santo, afilhadas e afilhados, não faltando adiante a
capoeira com seu balé de muita ginga e suas mirongas.
E as baianas quituteiras com sua saborosa culinária
a alimentar o povo com: canjica, cuscuz, acarajé,
peixes, caruru, lelê, pipoca, feijoada, e não
faltando a cachaça e aluá.