BANNER 468X60
::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. ESTAÇÃO INVERNADA - CARNAVAL 1999
Enredo: Luiz Gonzaga, o Rei do Baião

O Grêmio Recreativo
Autor: Rogelio Alves

 

O tema deste ano estaremos prestando uma homenagem ao saudoso Gonzagão, que atravessou fronteiras com suas músicas nordestinas, conhecidas por todos entre os forros, baiões, chotes e os rastapes.

Luiz Gonzaga do Nascimento, nasceu numa fazenda na cidade de Exu em Pernambuco, dia 13 de dezembro de 1912. Aprendeu a tocar vendo e ouvindo o pai, o sanfoneiro Januário animar bailes aos sábados e consertar foles harmônicos (pé-de-bode como chamavam o acordeom).

Cresceu ajudando o pai na roça, aos dezoito anos partiu de sua cidade natal e desembarcou em Fortaleza, onde entrou para o exército e tornou-se cabo corneteiro. Viajou muito, andou por São Paulo, fez biscates, comprou sanfona nova, até que foi para o Rio de Janeiro disposto a ganhar a vida com a música.

Seu primeiro emprego foi no mangue, zona de meretrício que na época eram casas de quinta categoria. Seu repertório então era composto de tangos, boleros, valsas, fox trots. Umas noite, depois de ouvi-lo, um estudante pernambucano de passagem disse-lhe:

- Mas porque não toca umas coisinhas lá da terrinha para matar a saudade? Pensando naquilo, compôs dois xamegos, pé-de-serra e vira e mexe. Ganhou o primeiro prêmio no rádio, no programa de calouros de Ary Barroso solando o Vira e Mexe.

Foi contratado pela Rádio Nacional.

Depois vieram o sucesso, a glória, a forma do talento derrubando preconceitos e reabrindo as portas do meio musical para o esquecido nordeste. Em 1950, o baião já era tocado e ouvido no rádio como o samba, o bolero e muitos ritmos estrangeiros da moda. Muitos chegaram a pensar que aquela "nova dança" tinha sido inventada por Gonzagão e seus parceiros (na verdade, o baião cujo o nome deriva de baiano, já era conhecido em fins de século passado).

O rádio virava coisa do passado. E a imagem que a televisão queria mostrar ao seu público era coisa mais sofisticada, jamais um sanfoneiro vestido de cangaceiro. Sua música que acabou triunfando sobre os altos e baixos das novidades do momento, continuou sendo o que sempre foi: autentica, rica, poderosa, de espírito agreste e cheiro de terra. Entre elas algumas das músicas: Asa Branca, Assum Preto, Sanfona do Povo, Pau de Arara, O Chote das Meninas, Baião, Capim Novo, Estrada de Canindé, Cintura Fina, ABC do Sertão, Vem Morena, Noite Ecológica, Mas Deixa o Povo Falar e outros.

Em todo o nordeste no mês de junho, o dia de Santo Antônio, São João e São Pedro é comemorado com muito forró, baião e xote. O sanfoneiro tem que tocar "Seu Luiz".

Luiz, aqui vai nosso louvor a você, que eternizou nosso famoso baião, e hoje a nossa história musical e dito mundial que nasceu lá no sertão

Marcou demais 1989, o Gonzagão desencarnou nos deixando muitas saudades, e vem na mente o fole do sanfoneiro que tocou para o mundo inteiro e consagrou-se o rei do baião, foi o emblema do meu povo brasileiro, fez seu nome no estrangeiro e cantou para lampião. Pra Padre Cícero (Padim Ciço) rezou uma oração e fez uma canção na missa do vaqueiro.

Ainda hoje longe muitas léguas, mas na triste solidão eu te asseguro, tô com saudades do Gonzaguinha e do Gonzagão.

Assim como nós da Invernada, muitos jamais o esquecerão.

 


HISTÓRIA ::..::DADOS ::..:: CARNAVAIS ::..:: HINO ::..:: CURIOSIDADES
 
 
 


:: SASP - SOCIEDADE DOS AMANTES DO SAMBA PAULISTA ::
WWW.CARNAVALPAULISTANO.COM.BR
SASP - UMA ENTIDADE COM DIFERENCIAL !!

Copyright ©2000-2024 | Todos os Direitos Reservados