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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.S. UNIÃO IMPERIAL - CARNAVAL 2001
Enredo: Encantos e Magias da Vida

O Grêmio Recreativo
Autora: Maria Cristina

 

A gente lê horóscopos, foge de gato preto, não passa de baixo de escadas, faz figa, dá 3 batidinhas na madeira e às vezes procura uma quiromante para adivinhar o futuro. Mas, ao lado de todas essas superstições, o homem que se considera civilizado também acredita na ciência, ou seja, crê que ele próprio é capaz de explicar, pela razão, o mundo em que vive e as coisas que lhe acontecem.

O homem primitivo que, pelas razões mais diversas, não desenvolveu, ou não pode desenvolver, uma ciência, só encontra um meio de entender o mundo e de se defender dos perigos, reais ou imaginários, com os quais se defronta todos os dias. Esse cadeado de segurança é a magia, uma série de ritos bastante complicados, que permitem ao indivíduo compreender, a seu modo, o que se passa e entrar em acordo com as forças misteriosas que, segundo pensa, tudo governam.

O homem procura na magia um esforço em resolver seus problemas, que são tanto maiores quanto maior for seu desconhecimento do mundo.

A essência do mundo para alguns povos africanos é o mantú, existe em todas as pessoas e coisas, quando uma pessoa fica doente seu mantú está pouco e precisa aumentá-lo através da magia.

Por que estará o mantú sujeito a altas e baixas? é o conflito entre o bem e o mal, faz-se orações, rezas, danças e cerimônias, ex: para o bem imita-se uma cena de caça com bonecos para que a caça aconteça e para o mal espeta-se com agulhas o boneco que representa o inimigo para que ele morra.

Usam-se amuletos e fetiches. Um amuleto pode ser a pele ou a garra de certo animal, e fetiche em geral é uma figura esculpida em madeira para proteger toda família.

O feiticeiro é chamado de Xamã, mágico, bruxo, curandeiro ou adivinho. Entre suas qualidades, predizer o tempo é muito importante, logo o feiticeiro deve ser um bom observador da natureza.

Os instrumentos de trabalho do Xamã inclui máscaras com desenhos fantásticos, para assustar os maus espíritos de mau caráter, há feiticeiros idem, que só se dedicam em invocar aqueles. É a atividade a que se chama magia negra, a qual ele apela quando pensa estar perdendo o prestígio na comunidade.

Já na feitiçaria entre indígenas brasileiros eles não distinguem curandeiro do feiticeiro, magia branca se serve ao grupo, e negra o protege prejudicando outros.

Segundo as crenças da tribo, um espírito leva a alma do futuro Xamã, ensina-lhe a língua dos espíritos e a curar os doentes.

Antes de assumir suas funções, o Xamã passa por alguns dias de jejum, outros dias comendo sapos, cobras e pássaros vivos, depenados, para poder cantar como eles.

O índio do Chaco dá muito valor aos cantos e ao som dos chocalhos que acompanham todas as cerimônias mágicas ou fora delas quando acorda à noite após um pesadelo ou quando quer o amor de uma moça, canto e chocalho entram em ação. Isso para que o barulho do chocalho afugente os maus espíritos.

Terminando a estação das secas, as mulheres dançam e de repente se atiram no chão, como doentes, aí os homens dançam batendo os pés, e os Xamãs fingem curá-las aos gritos e com o inevitável chocalho. O objetivo desta dança é garantir a saúde à tribo.

Quando chove sem trovejar é sinal que os espíritos estão de bom humor. Então é festa, todos vestem seus melhores ornamentos e brincam uns com os outros.

Quando por um lado, há epidemia, todos vestem tangas e faixas vermelhas, combinando com penas da mesma cor, cantam, agitam os chocalhos, enquanto o Xamã aspira o pó de uma erva embriagadora para entrar em transe.

O homem moderno geralmente não acredita em superstições e bruxarias, mas não podem esquecer os deuses da antiguidade clássica, de Grécia e Roma, tinham significados muito parecidos ao espírito do trovão, como Zeus Grego ou sua versão romana, Júpiter, Yara, o espírito das águas, equivale à Afrodite grega.

Toda a idade média européia é atravessada pela presença do sobrenatural mágico, o despeito da hegemonia religiosa e política do catolicismo. Com seus feitiços e maldições, uma multidão de demônios e bruxas enviou a mente de populações inteiras durante séculos.

A caça às bruxas era pratica corrente. E essas mulheres eram submetidas à terríveis castigos, como serem queimadas em fogueiras. Para livrarem as suas almas possuídas pelo demônio, assumiam formas bárbaras e estranhas, mudavam de forma, não mudavam as causas! Ignorância e superstições.

E os alquimistas químicos da Idade Média que em busca da pedra filosofal transformariam tudo em ouro, ou atrás do elixir da longa vida, baseavam seu trabalho em superstições e crendices.

As descabeladas figuras de Madame Mim e Maga Patalógica, cruzando a noite na garupa de vassouras luminosas, que existiam na imaginação de nossos tataravós. E agora em pleno ano 2000 não faltam, curandeiros, quiromantes, macumbeiros e charlatões de todo tipo.

 


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