PROPOSTA
Prestes à comemoração dos 500 anos do
Brasil, a Flor foi buscar nas raízes desse gigante, um canto de amor,
amor à Nacionalidade Verde-Amarela, um canto em poesia, para louvar suas
belezas naturais, a formação de seu povo, suas culturas miscigenadas e
acima de tudo a força daqueles que souberam conquistar com "Braço
Forte", seus ideais, e que na entrada do novo milênio, as esperanças se
renovarão e poderemos cantar aos mais altos sons, que:
"Entre outras mil,
és tu, Brasil,
a nossa Pátria Amada."
APRESENTAÇÃO
O enredo segue seu desenvolvimento
dividido em setores, são eles:
1º Setor - Terra Brasilis
2º Setor - Formação Étnica
3º Setor - Aquarela Cultural
4º Admirável Mundo Novo, O País do
Terceiro Milênio
1º SETOR - TERRA BRASÍLIS
... Terra à Vista... E tudo começou.
"Iluminado ao sol do novo mundo" foi feita
a descoberta deste solo, a terra dos papagaios, um paraíso Tupiniquim. A
grandiosidade de suas matas e florestas, sua fauna e flora de rara
beleza. Mal sabia Cabral que abaixo do Equador, não existiria pecado,
mas sim um "Gigante deitado em berço esplêndido", "Ao som do mar e a luz
do céu profundo". A grandeza de suas belezas e riquezas naturais, que do
Oiapoque ao Chuí, fizeram o Velho Mundo se render aos seus encantos.
2º SETOR - FORMAÇÃO ÉTNICA
"O Brasil, tem a forma geográfica de um
coração, e todo brasileiro tem este coração."
Ao longo dos dez dias que passou no
Brasil, a armada de Cabral tomou contato com mais de 500 nativos. Eram,
se saberia depois que seriam Tupiniquins (uma das tribos Tupi-Guarani),
e descobriram que a terra já tinha dono, os índios, os primeiros
habitantes. Mais tarde seguindo o mesmo sistema de colonização dos
Açores, na Ilha da Madeira e nas Canárias, D. João III autorizou a
implantação de capitanias, propiciando assim a formação colonial.
Quando os portugueses iniciaram o cultivo
da cana de açúcar, tentaram escravizar os índios, mas estes se
revoltaram, no entanto, foi dado início ao tráfico de escravos
africanos. Deste ponto se deu início à miscigenação étnica, o Brasil das
três raças.
3º SETOR - AQUARELA CULTURAL
Da fusão das raças formou-se um panorama
cultural bem amplo e diversificado, assim nasceu uma cultura espontânea,
vindo e fundindo-se das raízes de cada nação. Dentre a contribuição do
índio, muito dos alimentos que utilizamos foram cultivados primeiro por
eles, como a mandioca, o milho, o feijão, o abacaxi e a banana, dentre
outros, o preparo e o plantio do solo, as casas pau-a-pique, as redes
tão usadas no Nordeste Brasileiro, também as jangadas (Igaras) e as
canoas (Ubás). Alguns de nossos instrumentos musicais, como os tambores
(guaráras) e as flautas de osso (Inubia). E os chocalhos (maracás). Da
religião indígena, o folclore brasileiro conserva muitas crenças e
histórias, entre elas:
- Boitatá (cobra de fogo, que castiga quem
põe fogo nas matas).
- Curupira (anão que assobia nas matas,
fazendo caçadores perderem os caminhos).
Os índios são mestres do artesanato, da
palha, do bambu e da cerâmica.
A cultura trazida pelos portugueses foi
dominante, a língua oficial é o português, a religião católica foi
oficial até 1889. Adquirimos também a tradição dos festejos populares
como a festa do divino, de reis, festas juninas e as folias
carnavalescas. Sofrendo influências de negros e índios, originou-se
nosso carnaval e o nosso samba.
Em muitos aspectos o negro influenciou a
cultura popular brasileira, como os vários pratos típicos da culinária
baiana, entre eles o vatapá e o acarajé, assim como as cocadas, os doces
e os quindins. Os instrumentos musicais que vieram da África, como os
atabaques, agogôs, berimbaus e tamborins influenciaram os gêneros
musicais totalmente brasileiros, entre eles destaca-se os lundus, música
de carnaval, marchas, maxixes e nosso samba. Da mesma forma, certos
ritmos de dança receberam influência africana, como maracatu, as
congadas e cavalhadas, e o bumba-meu-boi, miscigenado em várias regiões
do nordeste. Embora fossem obrigados a seguir a religião católica, os
negros não deixaram seus rituais. Dessa forma, suas crenças religiosas
se misturaram ao catolicismo, formando o que se chama "Sincretismo
Religioso". As divindades da natureza ou seja, os Orixás, foram
identificados com os Santos Católicos.
A cultura erudita ou de elite, surgia em
meio às dificuldades raciais, porém as manifestações culturais, baseadas
nos aspectos de nossa origem desencadearam. Da modinha dos portugueses,
dos rituais indígenas e dos batuques africanos vimos a formação da
música popular brasileira, citados em verso e prosa na Aquarela do
Brasil de Ari Barroso.
Em fevereiro de 1922, durante as noites de
13, 15 e 17 aconteceu o maior movimento artístico do Brasil, foi sem
dúvida, o maior, a cultura estava estagnada, começava a semana de Arte
Moderna em São Paulo. Os modernistas descobriram o Nordeste, a Amazônia,
o Sul, cultuaram o folclore e valorizaram o Barroca Nacional. O mundo
viu, músicos, atores, escultores, pintores, poetas e compositores,
transformando conceitos sociais e mostrando o jeitinho que só o
brasileiro tem.
Sob a influencia do jazz nasceu a Bossa
Nova, e para expressar todos os valores, sem preconceito, veio a
Tropicália, depois vieram os festivais, "E Para Não Dizer Que Não Falei
das Flores" de Geraldo Vandré, foi a música que marcou o início do
movimento.
4º SETOR - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO, O PAÍS
DO TERCEIRO MILÊNIO
Fechando com chave de ouro, depois de ter
viajado aos nossos valores culturais, surge a grande mensagem, para o
início do novo milênio, de um país "Gingante Pela Própria Natureza", "E
que o futuro espelha a sua grandeza, de um Brasil, que o amor eterno
seja símbolo" e que tenha em suas crianças a inocência e a esperança de
um país mais justo e civilizado, e que os nossos idosos possam
glorificar sua experiência na construção da Redescoberta do Brasil,
pois, "Verás que um filho teu não foge à luta" e que "O sol da
liberdade, em raios fulgidos, brilhe no céu da pátria nesse instante",
para os filhos deste solo que tu és mãe, orgulhe-se de tua bandeira e
enalteça teus valores, "Pátria Amada, Brasil".
|