INTRODUÇÃO
A
população que vive abandonada pelas ruas do nosso país é muito grande,
são meninos e meninas que tem como brinquedo o vício, a fome e o
desamor. Precisamos exigir mudanças radicais em vários setores se
quisermos sobreviver, não como simples país tido como do terceiro mundo,
mas sim como uma nação gloriosa.
ENREDO
Era
uma vez... um menino pobre, e que abandonado pelos pais, acostumado a
dormir pelas ruas, sobrevivendo com crueldade que atormenta a vida
dessas crianças, sofrendo com a fome, o vício e o desamor, vivendo
acuado como um animal, dócil mas ao mesmo tempo assustado e agressivo,
"um tigre dourado", porém um "tigre de papel" pela fragilidade, tendo
que se defender dos outros meninos abandonados nessa selva de pedra como
ele, nem se quer tendo o direito de estudar, comer e vestir. Sofria mais
quando via outras crianças brincando com brinquedos bonitos e ficava a
imaginar o dia em que ganharia um brinquedo qualquer que não fosse
preciso roubar, e com essa situação o menino sofria muito, pois não
tinha se quer uma bola para brincar.
Numa noite... dormindo embaixo de uma
marquise, o menino sonhou, "Morfeu" (deus do sono e dos sonhos), o
deixou sonhar, como toda a criança sonha com seus heróis ou com a mais
belas histórias; afinal não é proibido sonhar. Morfeu o levou a viajar
num trenzinho de brinquedo rumo a "um reino encantado", e nesse devaneio
ele passou pela Lua, acenou para as estrelas, sorrindo e sonhando ficou
maravilhado quando chegou ao portal do reino onde enormes palhaços se
agitavam como se estivesses dando-lhes boas vindas, logo a frente foi
saudado pelo mago da corte que a um toque mágico deu vida a todas as
coisas ali existentes, movimentando assim todos os brinquedos, e deu
ordem aos bonecos que levassem o menino a todos os recantos do reino, e
assim ele percorreu toda aquela terra encantada. A estrada por onde
passou era ladeada de casinhas de bonecas, no parque do reino brincou
com todos os brinquedos que sempre desejou, ficou maravilhado com a
beleza do jardim do castelo cujas plantas e as flores falavam e eram de
cristal de todas as cores, onde o rei o aguardava e lhe ofereceu uma
grande festa. Ali uma banda de música formada por soldados do castelo
tocava em sua homenagem, nunca tinha visto tantos brinquedos.
Mas... como tudo dura pouco, tudo foi
se apagando e de repente um grande clarão surgiu em meio ao devaneio,
era o sol da manhã fazendo-o despertar para a dura realidade da vida, e
de tudo isso restou a ele a lembrança, a alegria ou a tristeza de um
pobre menino com direito a sonhar; mas e os direitos da criança e do
adolescente que prioriza educação, alimentação e vestuário; é nosso
dever como sociedade constituída (escola de samba) tentar realizar parte
do sonho de uma criança, contribuir com ensinamento de cultura e arte
através de trabalhos em nossos barracões de alegorias, a arte de fazer
carnaval, pois a criança de hoje, poderá ser o artesão do amanhã,
podendo assim realizar sonhos, transmitir cultura, alegrar platéias e
até vir ser um carnavalesco (construtor de arte), tal como "Raul Diniz",
"Vaníria", "Augusto", "Marco Aurélio", "Zolesi" e outros tantos
talentosos que fazem de deu sonho realidade.
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