O G.R.C.E.S.
Combinados de Sapopemba, vem para o Carnaval de
1.997, com um enredo irreverente que conta as lendas
folclóricas e fantasias do seu mascote oficial, o
Sapo, ou sapão, como costuma ser chamado nos meios
sambísticos. Folcloricamente o Sapo é tido como um
bicho esperto, malandro que adora cantar, dançar e
se meter em sérias confusões, e foi nestas confusões
que ele entrou em várias estórias através dos
tempos. Muitas delas ele se deu bem, mas em outras,
aquelas!!! das mandingas das... bruxarias, o Sapo
passou por maus bocados.
O Sapo é um elemento
indispensável nas bruxarias, servindo de paciente
para a transmissão da magia do feitiço. Com a rã,
ele é o tradicional guardião das fontes e nascentes
d'água lugares em que sua presença é inevitável. O
amor imoderado dos sapos e rãs pela água trouxe a
esse batráquios (família do sapo), uma reputação
universal de protetor da chuva. Nesse papel
desempenham frequentemente uma função nos encantos
destinados a fazer chover. Por todo mundo, América,
Ásia, África, o Sapo mantém esse título.
Os indígenas do
Amazonas, o chamam... Mãe da Chuva, amarra-manha,
segundo Stradelli na Austrália, provocadores da
chuva, indispensável. Ainda na Índia (Nepal), o sapo
é divinizado sob a invocação de Paremisvava Buminata.
Nas mais antigas teogonias os sapos guardam às águas
e é preciso a intervenção do herói para obrigá-los a
libertar o líquido, néctar precioso aos humanos. As
ornamentações constituídas pela estilização de
Batráquios comuns na América, incluindo os Astecas,
Maias, Incas, etc... São motivos religiosos, para a
regularidade pluvial.
Os Sapos esculpidos
nas pedras ao redor das fontes, não tem outra
significação, de que a de sempre, não faltar água
limpa para preservação da humanidade. A Deusa
Mexicana Toci ou Tocitzan, avó dos homens, alma da
Terra, coração do mundo é representada também de
forma e cores batraquial, tendo o corpo coberto de
bocas abertas, simbolizando a unidade terrestre. O
Sapo é um personagem vivo em todas as literaturas
orais e infantis em todo o mundo, em todos os
Estados e civilizações. Desde as fábulas de Esopo,
(Sapo-Príncipe) aos contos populares africanos,
oceânicos, chineses, hindus, europeus ou
australianos, é um elemento de representação
cósmica, e às vezes de astúcia solene e vitoriosa.
Os dois exemplos opostos são o sapo que viaja à
festa no céu dentro da viola do urubu e a sua aposta
de corrida com o veado. Acredita-se existir na
cabeça dos sapos uma pedra, a Craparidine, eficaz
nos sortilégios, é poderosa para verificar os
venenos.
Era tradicional um
processo de adivinhar por meios de sapos. A
bactromania, o Sapo, figura em quase todas as
coleções de versos infantis, em todo o mundo, cada
país no seu folclore, retratam o sapo em versos,
contos e cantos.
Sapo - Figura
legendária do folclore brasileiro e mundial.