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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
S.R.C.S.E.B.F.S. BARROCA ZONA SUL - CARNAVAL 2026
Enredo: Oro mi Maió Oxum

O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

INTRODUÇÃO
 
Sois feita do vento, que sopra do infinito, trazendo mudança e movimento, senhora dos raios, rajadas e tempestades, mulher guerreira que enfrenta as adversidades.
 
Ó mãe do entardecer, és bela como o céu rosado e poente, Odô Oyá divindade negra, protetora da nossa gente.
 
Livre, caminha por onde ninguém se atreve a pisar, teu vermelho renova a esperança, teus feitos se propagam no ar.
 
Símbolo de religiosidade, és cultuada no candomblé e na umbanda, és a Santa Bárbara sincretizada, a quem dedico a minha fé.
 
Eparrei Iansã, peço licença para falar de ti, contar suas histórias, reverenciá-la no Anhembi.
 
Pois, a minha escola é a Barroca que nesses versos, hoje te evoca. representante de uma comunidade valente e destemida, que faz do samba sua religião e do carnaval, estilo de vida.
 
DESENVOLVIMENTO
 
Dona de uma forte personalidade, amava e guerreava com a mesma intensidade. Perambulou por matas e bambuzais, tornou-se lenda, por ti, bato tambor, acendo velas, faço oferenda. Tens o vigor de um búfalo enfurecido e a sutileza de uma borboleta de asas cor-de-rosa e corpo colorido. Ó senhora dos dois mundos, tens o poder da transição, demonstra sua força com a espada e eruexim na mão.
 
O convívio com outros orixás, lhe trouxe empoderamento, grandes paixões e muito conhecimento. Com o guerreiro Ogum, casou-se e foi amada, aprendeu com ele a forja e o manuseio da espada. Intensa, com Oxaguian foi se envolver, dele, recebeu o direito de usar o escudo para se defender. Pelas estradas, se deparou com Exú, o orixá mensageiro de grande sabedoria, com ele se relacionou e aprendeu sobre os mistérios do fogo e magia.
 
No Reino de Oxossi, o rei da caça não resistiu a sua beleza natural, lhe ensinou a caçar um búfalo e tirar a pele do animal, que para fugir do perigo, a usava como disfarce e proteção, graças aos poderes mágicos e sua força de transformação.
 
Essa é Oyá! Livre, em constante movimento e sedutora, arrebatou o coração de Logun Edé, que a fez uma eximia pescadora. Dentre todas as paixões, uma jamais será esquecida, o poderoso Rei Xangô, foi o grande amor da sua vida.
 
Guerreiros, o casal se completava, Xangô usava a justiça e Iansã no vento a espalhava. É festa no palácio de Xangô, é noite de Xirê!
 
Todos os orixás foram convidados, exceto Obaluaê que acompanhava do lado de fora, devido a sua aparência, inconformado com a situação, Ogum tomou uma providência. Deu-lhe uma veste de palha, que cobria dos pés à cabeça, impedindo que as feridas em seu corpo apareçam.
 
Observando tudo e compadecida com aquela situação, Iansã, num gesto de generosidade, entrou em ação, chegou perto do envergonhado Obaluaê e dançou ao seu lado, provocou uma grande ventania com o girar do seu vestido rodado, levantando a palha que o cobria, nesse momento fez-se a magia, as feridas pularam do seu corpo, encantadoramente, virando uma chuva de pipocas, aos olhos de quem estava ali presente.
 
Mostrando que aquele que sofria com o desprezo e a dor, na verdade era um jovem poderoso e encantador. Obaluaê deu a Iansã o poder de domínio de seu reino, como gratidão, era chegado a hora, da mãe dos dois mundos, assumir essa missão.
 
Iansã cuida da harmonia entre o mundo material e espiritual, controla a dosagem de equilíbrio que permeia entre o bem e o mal.
 
São nove Oruns, são nove céus sagrados! Locais onde habitam Oxalá, os orixás e outros encantados. Iansã sempre chega ao primeiro Orum com a força do vento, é nele, onde o Deus Maior faz o seu julgamento. Lá, pode ser o final ou o ponto de partida, tudo depende das ações que se teve em vida. Aquele que sempre foi justo com todo tipo de gente, na luz do Orum reservado aos generosos, ficará para sempre.
 
O toque mágico do tambor de um ogã é divino e especial, arrepia e pode ser ouvido até no plano espiritual, o Orum de onde vem este som é um terreiro no infinito, te explico como é: nele também tem equedes, babalorixás e os sacerdotes da minha fé.
 
Oyá só carrega para o Orum da beleza e tranquilidade, quem viveu na régua da paz e da bondade. Para o espírito impossível de ser reparado, o Orum da escuridão é o lugar apropriado.
 
A senhora dos raios, nunca tolerou a maldade e a tirania, transporta quem quer que seja, com a costumeira valentia, seu eruexim a protege, faz do vento uma tormenta e manda os maus ao Orum do fogo vermelho encarnado, quente como pimenta.
 
O Deus Maior criou um Orum para a correção e aprendizado, quem se redimiu, Iansã traz de volta ao mundo físico para ser reencarnado.
 
Oyá Senhora, é mãe de 9 filhos e sempre se emociona nesse momento, quando vai ao Orum da inocência, reservado as crianças, puras de sentimento.
 
Eparrey! É no último Orum, de beleza infinita, que Iansã tem seu lugar reservado, pois, aqui estão os orixás divinizados. Privilegiados por habitarem na paz de Oxalá, senhor do céu e da terra, soberano da minha fé.
 
CONCLUSÃO
 
Senhora dos raios e elementos da natureza, do búfalo tens a bravura e da borboleta a sutileza.
 
São tantas histórias de coragem e valentia, que se fosse para te resumir numa frase, eu diria: ‘‘És o sopro de fé, que faz pulsar o meu coração, o vento que me dá vida, a espada que me dá proteção.’’
 
Eu me visto com as suas cores, me sensibilizo com as suas dores, me emociono com os seus amores.
 
Ó minha mãe rainha, sua força também é minha, orixá guerreira e destemida, hoje a Barroca te exalta na avenida, com a esperança de vitória, que se renova a cada novo amanhã, pedindo licença para abrir os portais sagrados dos 9 oruns de Iansã.

 


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