|  Desenvolvimento do Enredo
 Setor 1Prenúncio de Vitória: a inspiração para a Glória e o Triunfo
 Setor 2
 Prenúncio de Luta: dos Deuses Guerreiros aos Gladiadores. Lutar é preciso!  Desistir, Jamais!
 Setor 3
 Prenúncio de Força: o Poder de Transformar e se Transformar
 Setor 4
 Prenúncio de União: Um por Todos e Todos por Um! Não existe o “Eu”, mas sim o  “Nós”.
 Setor 5
 Valeu, Comunidade! A Morada do Samba Está em Festa… Um Jubileu de Ouro e de  Emoção!
 SINOPSE DO ENREDO E lá vem ela, pra deslumbrar a passarela em mais um cortejo  triunfal! Sob a luz do carnaval, a Mocidade Alegre, mergulhada na emoção,  através de seu Espírito de Sambista, volta aos primórdios da civilização e  encontra-se com a deusa Vitória, protetora dos campeões.
 Guiado pela Vitória, o Espírito vai conhecer os valores da  luta de ontem e de hoje, não desistindo jamais. Aprenderá que, para ser forte,  precisará de união. E verá que foi da união que se formou a minha, a sua, a  nossa Mocidade Alegre!
 Justamente no ano em que completa 50 anos de fundação como  escola de samba, a Morada do Samba entrega a sua alma aos fundamentos  apresentados pela deusa Vitória, que celebra esse Jubileu de Ouro com um  importante ensinamento: “A Vitória Vem da Luta. A Luta Vem da Força. E a Força…  Da União!”.
 Vem ver… Vem viver esse momento lindo… A Mocidade Alegre,  mais uma vez, está em festa!
 Setor 1 – Prenúncio de Vitória: a inspiração para a  Glória e o Triunfo “E quando pisar no  terreiro
 Procure primeiro saber quem eu sou
 Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou”
 (Trecho de “Moleque  Atrevido”, de Jorge Aragão)
 Na consagrada passarela do samba, o Espírito do Sambista é  guiado pelos faunos e ninfas do destino. Eles o conduzem ao encontro daquela  que o acompanharia nas muitas conquistas: Vitória, a pequena – mas poderosa –  deusa alada, que se manifesta aos campeões, lhes coroando com os louros da  glória e do triunfo.
 No esplendor da Antiguidade, o Sambista percebe a alegria  das grandes batalhas vencidas, onde os vitoriosos faziam seus cortejos  triunfais, que consagravam os guerreiros como heróis.
 Um prenúncio que trouxe ao Espírito a inspiração para a  fundação de uma alegre escola de samba. Nela, os louros da glória e os ramos do  triunfo seriam a coroação de uma comunidade abençoada. E os sambistas, teriam a  alegria dos heróis consagrados nas conquistas vitoriosas de cada campeonato. A  Vitória estaria fundamentada em nossa Morada, no topo de nossos troféus.
 Mas, para se vencer e merecer o beijo da Vitória é preciso  seduzi-la, conquistá-la!
 A Vitória nunca vem fácil… E de onde vem a Vitória?
 Setor 2 – Prenúncio de Luta: dos Deuses Guerreiros  aos Gladiadores. Lutar é preciso! Desistir, Jamais! “Sempre lutar  pelas coisas que se acredita
 Mas tem que ser luta bonita
 De ideais comuns”
 (Trecho de “Eterna  Paz”, de Candeia)
 A Vitória vem da Luta. Para conquistá-la é preciso lutar!
 Para sacramentar a Luta, a deusa Vitória mostra ao Sambista  a visão do mítico tempo dos deuses guerreiros. Ele vê que é diante das grandes  batalhas que se desperta, em cada um de nós, a alma e o sangue de um verdadeiro  guerreiro.
 Será lutando, vestidos e armados com as armas dos  combatentes protetores, que vivenciaremos a vida em grandes batalhas: pelos  domínios, pela justiça, pela igualdade.
 No grande Coliseu da Roma antiga, a luta será o  entretenimento e atrairá a atenção do povo nos combates de gladiadores. O  encanto pela competição fará da luta um esporte e consagrará os esforços dos  guerreiros que lutarem o bom combate.
 Na Luta pela Vitória, o Sambista também será o guerreiro  lutador de uma grande comunidade.
 Mas, pra lutar, é preciso ter algo…
 Setor 3 – Prenúncio de Força: o Poder de  Transformar e se Transformar “Além dos pés e do  chão, chega lá
 O que a mão ainda não toca
 Coração um dia alcança
 Força da imaginação, vai lá…”
 (Trecho de “Força da  imaginação”, de Dona Ivone Lara)
 É preciso ter Força. Só os fortes vencem!
 E para fortalecer o Espírito do Sambista, a deusa Vitória  chama a Força. É preciso que ela esteja presente na Luta. Mesmo nos momentos em  que nos sentimos obrigados a carregar o mundo nas costas, tamanhos são os  desafios, é a Força que nos dá a coragem para a batalha.
 Neste prenúncio, de nada valem os músculos sem a força da  determinação, do foco. Na força do pensamento, querer é poder.
 A fé também é uma força gigantesca e transformadora, mas  esta vem do coração. Só ela é capaz de nos levar às grandes superações.
 Haverá vezes em que o Sambista só conhecerá sua verdadeira  força diante do inesperado. Será a força do renascimento que o fará surgir das  cinzas, vitorioso, como um pássaro de fogo. Fogo que está presente no Sol, a  grande força que move a vida!
 Na luta vitoriosa do Sambista, as muitas forças estarão presentes!
 Mas, de onde virá essa força toda?
 Setor 4 – Prenúncio de União: Um por Todos e Todos  por Um! Não existe o “Eu”, mas sim o “Nós”. “Traga o seu  coração, sua presença de irmão
 Nós precisamos de você nesse cordão
 (…)
 Vamos levar o samba com união
 No pique de uma escola campeã”
 (Trecho de “O Homem  Falou”, de Gonzaguinha)
 É da União que se faz a Força! Só unidos somos fortes!
 Neste prenúncio, a deusa Vitória leva o Sambista a olhar  para a importância da união do grupo, do trabalho em equipe. Juntos, somos mais  fortes para superar as adversidades, construir um bem comum e chegar ao  sucesso.
 É olhando para a natureza, para o exemplo dos animais, que  surge em nós os valores da lealdade e da coletividade.
 A União despertará a consciência de igualdade, e a celebre  frase “um por todos e todos por um” fará jus aos nossos guerreiros heróis.
 O Sambista sonhará com a união de todas as raças, a tão  esperada Kizomba. O herói de Palmares, que uniu seu povo pela liberdade,  deixará sua herança. E o sonho de Zumbi terá voz no quilombo do samba e na  união de uma grande comunidade.
 Com os prenúncios revelados pela deusa Vitória, é hora do  Espírito do Sambista retornar ao seu tempo e cumprir sua missão…
 Setor 5 – Valeu, Comunidade! A Morada do Samba está  em Festa… Um Jubileu de Ouro e de Emoção! “Tú és orgulho dos  sambistas nessa jornada
 Lugar aonde o samba fez a sua morada
 Sempre hei de te amar
 Deixa quem quiser falar”
 (Trecho do Samba-Hino  da Mocidade Alegre, de Didi do Cavaco)
 E como um arauto, o Sambista cruza o portão do grande  palácio do carnaval pedindo passagem para, agora, viver e reviver sua própria  história: uma brincadeira de amigos se transforma no orgulho dos sambistas do  Limão. E hoje a Mocidade Alegre está em festa!
 Seus fundadores, um alegre grupo de foliões fantasiados de  romanos, recebeu as bênçãos da própria Vitória! E se tornaram os mitos  construtores de uma grande Morada.
 Uma Escola de Samba no sentido literal da palavra. Pois  nela, a comunidade é uma família, conduzida por sambistas que ela mesma criou e  continua criando, geração a geração. Os sambistas são a família vitoriosa,  lutadora, forte e unida que edifica o seu pavilhão.
 Hoje reluz o Jubileu de Ouro dessa comunidade abençoada.  Seus heróis imortais cumpriram seu destino. E o orgulho faz soltar do peito o  grito: PARABÉNS À MINHA, A SUA, A NOSSA MOCIDADE ALEGRE!
 Nesses cinquenta anos de história, os sambistas  fortaleceram uma Escola que aprendeu com os prenúncios da própria deusa  Vitória, o sentido de seu fundamento: “A VITÓRIA VEM DA LUTA. A LUTA VEM DA  FORÇA. E A FORÇA… DA UNIÃO!”.
 UM CINQUENTENÁRIO DE EMOÇÃO!
 PARABÉNS, COMUNIDADE!
 GLOSSÁRIO: Jubileu –  Aniversário solene comemorado a cada 25 anos. Sendo o primeiro, de prata (25  anos) e o segundo, de ouro (50 anos).
 “Morada do Samba” ou “Morada” – Apelidos que foram dados ao G.R.C.E.S. Mocidade Alegre por  sambistas.
 “Escola do Limão” – Apelido que foi dado ao G.R.C.E.S. Mocidade Alegre por profissionais da  imprensa.
 Prenúncio –  Anúncio de uma coisa que está por acontecer. É diferente de profecia. O  prenúncio é a previsão de uma consequência.
 Faunos –  Divindades da mitologia romana que moravam nos campos e cuidavam do destino. Da  cintura para baixo, eram cabritos; E da cintura para cima, eram homens.
 Ninfas –  Divindades da mitologia greco-romana que protegiam as artes.
 Vitória – Deusa  romana alada que escolhe quem será o campeão, ainda hoje representada no topo  dos troféus.
 Alada – Aquela que  possui asas.
 Triunfo – Recepção  solene que os romanos ofereciam aos generais vitoriosos, na Antiguidade.  Aclamação, ovação.
 Glória – Honra,  fama, renome que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações etc.
 Coliseu – Grande  anfiteatro construído no Império Romano para o povo assistir aos espetáculos de  luta.
 Mítico – Que se  refere aos mitos.
 Zumbi – Último Rei  do Quilombo dos Palmares. Maior ícone da luta pela liberdade e igualdade racial  no Brasil. Na data de sua morte – 20 de novembro – é comemorado o Dia da  Consciência Negra.
 Kizomba –  Confraternização de raças, em kibundo (língua angolana).
 Arauto –  personagem dos antigos castelos e palácios que anunciava a chegada de visitas  importantes.
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