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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. ESTAÇÃO INVERNADA - CARNAVAL 2015
Enredo: No mar de cores e aroma irei mergulhar, a feira 100 anos vai comemorar

O Grêmio Recreativo
Autor: Daniel Marques

 

1º Setor - Enfim a Chegada de Perfumes, Cores e Expressões

Em 25 de agosto de 1914, surge um ato do então prefeito de São Paulo Washington Luis, em criar uma feira livre para que ali fosse comercializado produtos alimentícios, tendo nela como maioria dos comerciantes os portugueses pelo fato de serem os primeiros desbravadores no Brasil.

No centro de São Paulo em uma conhecida praça chamada Largo do Arouche onde tem grandes monumentos históricos, foi escolhido então para ali ser feita a primeira feira livre em São Paulo.

Então a feira livre caiu no gosto da população paulista se expandindo em 26 feiras em apenas dois anos. Sendo assim a feira que se iniciou no Largo do Arouche foi extinta em 1963, e desde então a feira mais antiga na cidade se tornou a feira no Bairro do Brás acontecendo todas as terças-feiras, denominada como moraes Barros.

Hoje no município de São Paulo, tem 960 feiras semanais.

"As feiras livres têm uma grande importância devido à diversidade de produtos ofertados a preços mais baixos, que atende as principais necessidades da população, promovendo, por sua vez, a valorização do pequeno produtor e do comércio local. Além disso, outras vantagens de se comprar nas feiras livres são: a oferta de produtos frescos, a variedade e a qualidade dos produtos".

2º Setor - Então Se Espalha e Todos São Agraciados Pela Feira

Em São Paulo os produtos hortifrutigranjeiros vendidos em atacado são vendidos na CEAGESP (maior entreposto desse tipo de produto da América Latina) 60% dos compradores são feirantes, as grandes redes de supermercados não compram os produtos da CEAGESP, e sim diretamente com os produtores (vantagem dos agricultores e tendo como desvantagem preços aviltantes que dão ao produtor uma margem de lucro baixíssima).

Existem feiras em todas as subprefeituras (que são 31 em todo município) tanto em bairros pobres quanto nos jardins.

Alguns feirantes que vendem alface, banana, tomate e outros doam suas mercadorias para creches, asilos, orfanatos, sem contar que no término a pessoa de "baixa renda", que fazem a feira com o que caiu da banca, ou até o que é descartado pelo feirante.

Atualmente são 15.000 feirantes que trabalham nessas feiras, 06 vezes por semana (não há feiras às segundas feiras em São Paulo). Possuem uma permissão de uso que deve ser renovada anualmente.

Características de um feirante:

-Carisma

-Respoonsabilidade

-Capacidade de Observação

-Capacidade de Organização

-Boa Dicção

-Facilidade de lidar com pessoas

-Capacidade de conquistar cliente

3º Setor - A Relação do Sindicato e os Feirantes

Os feirantes são subordinados à Secretaria Geral de Abastecimento (ABAST, antiga SEMAB). Estão também subordinados às subprefeituras onde tem suas feiras.

As feiras onde os feirantes trabalham, não são uma escolha aleatória: Há todo um trâmite legal para obter o espaço. Há uma espera dependendo da localização da feira.

O regulamento geral das feiras, acha-se no Decreto nº 48.182 que foi assinado pelo Prefeito Gilberto Kassab, tendo a publicação no Diário Oficial da Cidade em 07 de março de 2007. Hoje o feirante espera um novo Decreto com a criação de novos Grupos e a junção da portaria 63/07, isto constituirá em uma nova fonte de renda para as pessoas que estão desempregadas.

Hoje trabalham nas feiras livres da Capital cerca de 100.000 pessoas sendo elas: titulares, familiares, empregados, vendedores de saquinhos plásticos, de gelo e carregadores.

As feiras trabalham com três preços para o mesmo produto: Das 08 às 10 horas, um preço um pouco mais alto, já que a mercadoria está sem manuseio, das 10h até o encerramento preço de custo ou menor ainda, para não levar a mercadoria de volta. Já que o feirante tem como prioridade a venda de mercadorias frescas para a população. O feirante não tem o hábito de misturar as mercadorias velhas com as novas como outros comércios assim o fazem.

O Sindicato trabalha muito com a relação a não retirada de algumas feiras livres de determinados locais onde há outros interesses comerciais.

O feirante sempre trabalha em feiras livres que podem ser realizadas na rua ou em locais específicos como em centros hortifrutigranjeiros, praças, vilas, etc...

A maior atração da feira é o frescor da mercadoria, ser tratado pelo nome ou apelido tanto o dono da barraca como o freguês, o tratar direto (pechinchar/levar uma fruta, legume ou outro derivado a mais como brinde) com o dono da barraca sem contar com a proximidade com as residências dos compradores.

4º Setor - Entre Restos e Bagaços, a Coletagem

O que mais prejudica o feirante hoje é a concorrência desleal dos chamados "marreteiros", que atrapalham em muito a feira, deixando seu lixo sem recolher, onde a culpa cai em cima do feirante, que é obrigado a ensacar seu lixo, para a Limpurb recolher e fazer a limpeza da rua.

Assim que as feiras livres do Município tem suas atividades encerradas, dezenas de garis dão início à varrição dos locais, equipados com vassouras, pá de lixo, carro de mão e rasteio, os garis retiram frutas, legumes e verduras estragadas e toda a sujeira que encontram e para finalizar os carros pipas fazem a higienização do local.

"O mercado de trabalho para o feirante é imprevisível, por se tratar de uma profissão do mercado informal, em que a maioria dos profissionais é autônomo".


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