1º
Setor - Enfim a Chegada de Perfumes, Cores e Expressões
Em
25 de agosto de 1914, surge um ato do então prefeito de São Paulo
Washington Luis, em criar uma feira livre para que ali fosse
comercializado produtos alimentícios, tendo nela como maioria dos
comerciantes os portugueses pelo fato de serem os primeiros
desbravadores no Brasil.
No
centro de São Paulo em uma conhecida praça chamada Largo do Arouche
onde tem grandes monumentos históricos, foi escolhido então para ali
ser feita a primeira feira livre em São Paulo.
Então
a feira livre caiu no gosto da população paulista se expandindo em 26
feiras em apenas dois anos. Sendo assim a feira que se iniciou no Largo
do Arouche foi extinta em 1963, e desde então a feira mais antiga na
cidade se tornou a feira no Bairro do Brás acontecendo todas as
terças-feiras, denominada como moraes Barros.
Hoje
no município de São Paulo, tem 960 feiras semanais.
"As
feiras livres têm uma grande importância devido à diversidade de
produtos ofertados a preços mais baixos, que atende as principais
necessidades da população, promovendo, por sua vez, a valorização do
pequeno produtor e do comércio local. Além disso, outras vantagens de
se comprar nas feiras livres são: a oferta de produtos frescos, a
variedade e a qualidade dos produtos".
2º
Setor - Então Se Espalha e Todos São Agraciados Pela Feira
Em
São Paulo os produtos hortifrutigranjeiros vendidos em atacado são
vendidos na CEAGESP (maior entreposto desse tipo de produto da América
Latina) 60% dos compradores são feirantes, as grandes redes de
supermercados não compram os produtos da CEAGESP, e sim diretamente com
os produtores (vantagem dos agricultores e tendo como desvantagem
preços aviltantes que dão ao produtor uma margem de lucro
baixíssima).
Existem
feiras em todas as subprefeituras (que são 31 em todo município) tanto
em bairros pobres quanto nos jardins.
Alguns
feirantes que vendem alface, banana, tomate e outros doam suas
mercadorias para creches, asilos, orfanatos, sem contar que no término
a pessoa de "baixa renda", que fazem a feira com o que caiu da
banca, ou até o que é descartado pelo feirante.
Atualmente
são 15.000 feirantes que trabalham nessas feiras, 06 vezes por semana
(não há feiras às segundas feiras em São Paulo). Possuem uma
permissão de uso que deve ser renovada anualmente.
Características
de um feirante:
-Carisma
-Respoonsabilidade
-Capacidade
de Observação
-Capacidade
de Organização
-Boa
Dicção
-Facilidade
de lidar com pessoas
-Capacidade
de conquistar cliente
3º
Setor - A Relação do Sindicato e os Feirantes
Os
feirantes são subordinados à Secretaria Geral de Abastecimento (ABAST,
antiga SEMAB). Estão também subordinados às subprefeituras onde tem
suas feiras.
As
feiras onde os feirantes trabalham, não são uma escolha aleatória:
Há todo um trâmite legal para obter o espaço. Há uma espera
dependendo da localização da feira.
O
regulamento geral das feiras, acha-se no Decreto nº 48.182 que foi
assinado pelo Prefeito Gilberto Kassab, tendo a publicação no Diário
Oficial da Cidade em 07 de março de 2007. Hoje o feirante espera um
novo Decreto com a criação de novos Grupos e a junção da portaria
63/07, isto constituirá em uma nova fonte de renda para as pessoas que
estão desempregadas.
Hoje
trabalham nas feiras livres da Capital cerca de 100.000 pessoas sendo
elas: titulares, familiares, empregados, vendedores de saquinhos
plásticos, de gelo e carregadores.
As
feiras trabalham com três preços para o mesmo produto: Das 08 às 10
horas, um preço um pouco mais alto, já que a mercadoria está sem
manuseio, das 10h até o encerramento preço de custo ou menor ainda,
para não levar a mercadoria de volta. Já que o feirante tem como
prioridade a venda de mercadorias frescas para a população. O feirante
não tem o hábito de misturar as mercadorias velhas com as novas como
outros comércios assim o fazem.
O
Sindicato trabalha muito com a relação a não retirada de algumas
feiras livres de determinados locais onde há outros interesses
comerciais.
O
feirante sempre trabalha em feiras livres que podem ser realizadas na
rua ou em locais específicos como em centros hortifrutigranjeiros,
praças, vilas, etc...
A
maior atração da feira é o frescor da mercadoria, ser tratado pelo
nome ou apelido tanto o dono da barraca como o freguês, o tratar direto
(pechinchar/levar uma fruta, legume ou outro derivado a mais como
brinde) com o dono da barraca sem contar com a proximidade com as
residências dos compradores.
4º
Setor - Entre Restos e Bagaços, a Coletagem
O
que mais prejudica o feirante hoje é a concorrência desleal dos
chamados "marreteiros", que atrapalham em muito a feira,
deixando seu lixo sem recolher, onde a culpa cai em cima do feirante,
que é obrigado a ensacar seu lixo, para a Limpurb recolher e fazer a
limpeza da rua.
Assim
que as feiras livres do Município tem suas atividades encerradas,
dezenas de garis dão início à varrição dos locais, equipados com
vassouras, pá de lixo, carro de mão e rasteio, os garis retiram
frutas, legumes e verduras estragadas e toda a sujeira que encontram e
para finalizar os carros pipas fazem a higienização do local.
"O
mercado de trabalho para o feirante é imprevisível, por se tratar de
uma profissão do mercado informal, em que a maioria dos profissionais
é autônomo".
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