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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.E.E.E.S. IMPÉRIO LAPEANO - CARNAVAL 2014
Enredo: A magia das águas... A Senhora do mar

O Grêmio Recreativo
Autor: Eduardo Caetano

“A Magia das Águas, a Mãe do Mar”

 

“Sou a lembrança que surge do mar, o mar do crepúsculo.
Trago as marés que fluem e refluem e tornam a fluir.
As silenciosas marés íntimas que governam os homens.
Elas são o meu segredo e pertencem a mim.”

 

Prefácio

Águas.
Águas cristalinas.
Doces e salgadas.
Águas que agitam as marés enamoradas.
A água é essencial para a sobrevivência da terra através da história, do tempo que nos faz prosperar. Cabe a nós a preservação desta preciosidade, despertando em nosso inconsciente a necessidade de valorizar e preservar.
Águas que camuflam vidas, guardam mistérios e escondem tesouros.
Águas que salvam e destroem.
Águas que me faz chorar, e para os olhos dela me faz voltar.
Águas de muitas culturas e civilizações, e na religião se fez batizar.
Águas de lá e águas de cá.
Águas remando eu vou, a Império Chegou.

 

Parte 1

Somos sempre um receptáculo para o caminho da água, o nosso mais precioso e sagrado presente. Desde a antiguidade o mar simbolizou a vida, magia e mistérios, sendo o berço da própria vida, pois a água existe desde o começo dos tempos.
Deus disse a Noé, “construa uma arca de repustre e betume, e dentro coloque um casal de cada espécie de cada animal que habite acima da terra, pois mandarei uma copiosa chuva durante 40 dias e 40 noites, para que tudo se transforme em um grande mar.”
Em muitas culturas a primeira imagem do mundo era de um oceano ilimitado, indefinido e eterno, pleno de energias que podem criar as variadas formas de vida.
Os povos antigos respeitavam o mar como uma força criadora e nutridor, mas também temiam o seu poder destruidor.
Ao longo dos séculos os seres humanos debatem com os desafios do mar.
Civilizações como brancos, negros, índios e outros estão à mercê das suas forças, detém o mar segredos e mistérios, tiram seu alimento e por ele se aventuram.
Sua fauna e flora é de uma beleza e vastidão infinita.

 

Parte 2

Lendas e tesouros são as reminiscências das antigas histórias do fundo do mar. Suas profundezas ocultavam seres sobrenaturais. Mistérios de cidades e civilizações submarinas, divindades que moravam em palácios repletos de riquezas e tesouros.
Dentro de seus mistérios, às vezes nas águas salgada ou doce, temos a Mãe do Mar.
Protetora e sempre vigilante, a senhora dos peixes, detentora das gostas dos destinos, se apresenta de várias formas. Às vezes ela é escura e profunda como o vazio primordial onde a vida apareceu primeiramente. Outras vezes ela brinca e ri com as ondas na areia, brilha com a luz do sol ou da lua, se enfurece com o rodopio da tempestade, ou como uma grande serpente que habita as profundezas das águas.
Sua presença foi louvada e honrada em canções, mitos, histórias e lendas em vários lugares do mundo.
Precisamos honrar a Mãe do mar e lhe pedir compaixão e generosidade para o nosso renascimento.
Devemos evitar a destruição dos recifes e corais, a extinção das espécies marinhas, a poluição pelos resíduos industriais e domésticos.
A Império Lapeano tem a consciência de que nosso espírito nos leva de volta para a água, pois ela flui no pulsar de nossa bateria assim como a lembrança de uma lágrima, ou no líquido amniótico nos fluídos corporais, e assim retorna para o mar onde a vida começou.

 


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