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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. X-9 PAULISTANA - CARNAVAL 2009
Enredo: Amazônia...conseguimos conquistar com o braço forte...do esplendor da Havea Brasiliensis à busca pela terra sem males

Carnavalescos
Autor: Paulo Fuhro e Rodrigo Cadete
Carnavalesco: Paulo Fuhro

 

"Amazônia... Conseguimos conquistar com o braço forte...
Do Esplendor da Havea Brasiliensis à Busca pela Terra Sem Males”.

“As pragas e as ervas daninhas”,
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval”
Paulo Cezar Pinheiro

Canta o Pajé na Mata...
Seu canto é forte, vibrante...
Sua voz ecoa no Anhembi em forma de explosão!
Brilhante!
Sua energia desperta em nós
O Xamã encantado que
Nesta noite de esplendor
Revela ao Brasil a grandeza de seu amor.

É carnaval,
Tempo de sair de si, de se libertar...
Trago no peito as cores da minha emoção
O verde é minha esperança
O vermelho é meu sangue guerreiro
Nesta festa me entrego por inteiro
Sou X9, sou o caboclo brasileiro.
Sou sambista e seringueiro

Danço evocando as energias da alegria
E abro os portais sagrados da encantaria
Dom Sebastião, em seu navio encantado.
Me conduz pelos mares dourados da imaginação
E com as energias da floresta
Chego ao porto da fascinação

A borracha é o ouro que escorre das árvores...
E a seiva da vida nas selvas do Brasil
Vejo o luxo e o esplendor...
Palácios, teatros grandes monumentos.
Que pela imensa beleza,
Desafiam o tempo.
Coronéis, madames e mitos nacionais.
Cantam e dançam sob os lustres de cristais.

Mas nem tudo é só beleza...
Eis que vejo o Corvo azul da vileza
Ele rouba as sementes de nossa riqueza
E transfere pra Ásia a nossa nobreza.

E a floresta volta a adormecer...

Mas o Corvo perverso não se satisfaz
Sedento de riquezas ele bate suas asas.
Ele quer sempre mais...
Quer a Amazônia e todos os mananciais

Danço ao som dos maracás
E evoco todo povo brasileiro
Venham caruanas meus irmãos...
Acordai infantes guerreiros...
O futuro da Amazônia esta em nossas mãos.

Eis que de uma estrela incandescente
Surge ele Chico Mendes,
Ele vem montado em seu alazão de fogo
Trazendo consigo uma legião de encantados
Vem Yara, vêm curupiras, vem antonios, conselheiros
Chacrinhas e todos os guerreiros...
Vem liderado por Anhangá,
A onça selvagem com asas de borboleta...

Os guerreiros expulsam o Corvo da cobiça
E todos os seus seguidores...
E neste momento que Chico Mendes,
O guerreiro dos seringais
Indica o caminho rumo a Terra sem Males...
E depois na reunião dos grandes Xamãs
Entrega a Marina Silva o Cocar da cabocla Jurema...
A Rainha protetora dos mananciais...

É tempo de desperta...
Meu Brasil, jamais te dobres jamais te cales...
Somos todos encantados
Nesta busca pela Terra sem Males

Divisão dos setores

O desfile será divido em cinco setores

Setor I - O canto do pajé

É a abertura do desfile onde serão feitas as invocações das energias encantadas. A X9 é o pajé que canta a proteção à Amazônia. O Anhembi transforma-se em solo sagrado depois que os pórticos das encantarias se abrem e a barca de Dom Sebastião nos conduz ao mundo da imaginação.

Setor II - Esplendor e Riqueza nos Seringais

Neste setor são visualizadas as riquezas oriundas do ciclo econômico da borracha. É o luxo e o esplendor dos palácios franceses construídos nas selvas brasileiras...

Setor III - O Corvo da ganância e os seres das trevas

Este setor marca o meio de nossa estória, quando o Corvo da ganância invade as selvas do Brasil e depois de roubar as sementes de borracha ainda querem se apossar das terras brasileiras... São os corvos que pregam a internacionalização da amazônia, mesmo depois de terem destruído todas as nações indígenas do mundo.

Setor IV - Chico Mendes, o Guerreiro de Anhangá.

Este setor marca o embate entre as forças das trevas e as forças do bem... Chico Mendes, o guerreiro dos seringais convoca todos os encantados da história do Brasil e estes vencem as forças das trevas...

Setor V - Amazônia do Brasil: A terra sem males.

É o encerramento da estória uma grande festa e um ponto de partida...
Marina Silva recebe o cocar de Jurema e se torna a Guardiã das encantarias dos povos da floresta.
É o momento de dizer ao mundo: a Amazônia é do Brasil...

Glossário

ANHANGÁ OU ANHANGA – Dentro da encantaria da Ilha de Marajó, Anhangá é a força da natureza que se levanta contra o homem quando este a agride. É simbolizado por uma onça selvagem com asas de borboleta. Não é uma força demoníaca, mas uma força de proteção contra os destruidores da mata.

CARUANAS – São energias encantadas que regem as forças das matas amazônicas. Podem assumir forma humana ou animal são os guardiões dos mananciais.

CHICO MENDES - Criado na Floresta Amazônica, sem jamais freqüentar uma escola e tendo de trabalhar desde os 9 anos como seringueiro, Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, foi responsável pela mais eficaz militância ecológica já ocorrida no país, tornando-se símbolo mundial da luta pela preservação da Amazônia. Para evitar a devastação da floresta e conservar o modo de vida dos habitantes locais, quer fossem índios, seringueiros, ribeirinhos ou pescadores, pregava a sua organização, a negociação pacífica com os pecuaristas e a criação das reservas extrativistas: áreas protegidas para usufruto da população que vive da exploração de recursos materiais renováveis e que deve, por lei, combinar preservação ambiental e desenvolvimento econômico e tecnológico. Provocou, no entanto, a ira de fazendeiros da região, sendo assassinado, em 1988, por Darli Alves da Silva e seu filho, Darci Alves Pereira. Sua trajetória política iniciou-se quando participou do II Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), defendendo a tese Em Defesa da Floresta. Ao final do Congresso, foi eleito suplente da diretoria nacional do órgão. No final dos anos de 1970, ajudou a fundar os primeiros sindicatos do Acre, com o apoio da Confederação dos Trabalhadores Agrícolas (Contag) e da Igreja Católica. Em 1985, organizou o I Encontro Nacional de Seringueiro, destacando-se como principal liderança da região. Nos anos seguintes, mantendo incansável luta pela preservação da floresta, recebeu o reconhecimento internacional. Foi visitado por membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e recebeu o Prêmio Global 500, conferido a pessoas que se destacam na defesa do meio ambiente. Em 1988, meses antes de sua morte, o governo federal, por meio do Ministério da Reforma Agrária, instalou a primeira reserva extrativista na Amazônia, cuja responsabilidade de organização ficou a cargo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Atualmente, existem aproximadamente 21 reservas, ocupando mais de 3 milhões de hectares da floresta. Depois de um século de trabalho semi-escravo devido à exploração da borracha, os seringueiros passaram a ser reconhecidos como uma categoria especial de trabalhadores rurais, que tanto vivem dos produtos da floresta como lutam por sua preservação.

DOM SEBASTIÃO - Rei de Portugal de 1568 a 1578, foi o penúltimo rei antes do domínio espanhol (1580-1640). O seu prematuro desaparecimento numa manhã de nevoeiro na batalha de Alcácer Quibir deu origem ao mito sebastianista, um sentimento muito português, que nasceu de uma lenda e que tem povoado o imaginário coletivo do nosso povo, ao longo dos séculos.

ENCANTADOS – Os encantados não são espíritos desencarnados; são pessoas, ou até animais, que viveram mas não chegaram a morrer, sofreram antes a experiência do encantamento e foram morar no invisível. De vez em quando saem de lá, pegam carona na asa do vento e vêm à terra, no corpo dos iniciados, para dançar, dar conselhos, curar doenças, jogar conversa fora e matar as saudades do povo que continua por aqui.

HAVEA BRASILIENSIS – Nome científico da seringueira.

MARACÁ - É um chocalho indígena, utilizado em festas, cerimônias religiosas e guerreiras, que consiste em uma cabaça seca, desprovida de miolo, na qual se metem pedras ou caroços. Também chamado de bapo, maracaxá e xuatê. Está presente em diversas manifestações culturais brasileiras, como as encantarias e em cerimônias de religiões brasileiras que receberam influências indígenas como a pajelança cabocla.

MARINA SILVA - Do seringal, de onde saiu aos 16 anos, até o Ministério do Meio Ambiente, cargo que ocupou até o mês de maio de 2008, Marina Silva percorreu um longo caminho. Viveu na floresta amazônica, onde nasceu em 1958, num seringal no interior do Acre, até os 16 anos, quando foi morar na capital do estado, Rio Branco. Alfabetizou-se aos 17 anos. Foi empregada doméstica e costureira. Aos 26, conquistou o diploma de Bacharel em História pela Universidade Federal do Acre. Antes mesmo de formada, iniciou a militância. Em 1984, participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre e foi a primeira vice-coordenadora da entidade, ao lado de Chico Mendes. Um ano depois, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores. Participou das Comunidades Eclesiais de Base, de movimentos de bairro e do movimento dos seringueiros. Apenas três anos depois, elegeu-se a vereadora mais votada da Câmara Municipal de Rio Branco. Outros dois anos bastaram para tornar-se a deputada estadual mais votada do Acre.Marina Silva foi a mais jovem parlamentar a ocupar uma vaga no Senado Federal na República. Com 36 anos, foi eleita a primeira vez, em 1994. Foi reeleita em 2002. Como senadora, foi vice-presidente da Comissão Especial do Congresso de Combate à Pobreza, criada a partir de uma proposta sua, vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais e membro titular da Comissão de Educação. Em 1999, foi líder da bancada do PT e do Bloco de Oposição. Durante sua legislatura, apresentou diversos projetos, como o que disciplina o acesso aos recursos da biodiversidade brasileira e ao conhecimento das populações tradicionais. Propôs ainda a criação da reserva de 2% do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal para os estados que tenham, em seus territórios, unidades de conservação federais e terras indígenas demarcadas. Defendeu, também por meio de um projeto, uma nova estrutura para o orçamento para garantir que verbas destinadas a gastos sociais sejam efetivamente aplicadas nesses setores. Considerada uma dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, teve sua biografia publicada no Brasil e no exterior. Em 2003, afastou-se do Senado para assumir o cargo de ministra de estado do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Deixava a defesa do meio ambiente no Poder Legislativo para defender as questões ambientais no Poder Executivo. Sua atuação, entre 2003 e 2006, inaugurou um novo modelo de gestão ambiental, que conta com a participação de diferentes setores do governo federal e da sociedade. Foi a partir desse modelo que surgiu o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento, em 2004. Resultado do trabalho de 13 ministérios coordenados pela Casa Civil, o plano foi definidor na redução estimada de mais de 50% na taxa de desmatamento da Amazônia entre 2004-2005 e 2005-2006. Recebeu diversos prêmios no Brasil e no exterior.

PAJÉ – Líder espiritual das tribos brasileiras. Ele é o responsável por manter o equilíbrio entre as forças da natureza e a comunidade. Ele conhece as essências das matas e os segredos das encantarias.

XAMÃ – É mago, o sacerdote, o doutor . O elo de ligação entre as energias da natureza e os homens da floresta.

 


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