Nascido em 15 de maio de 1933 na cidade de São Paulo, na Rua Turiassú,
no bairro das Perdizes. Filho dos mineiros Otaviano Basílio da Silva e
Tereza Gomes da Silva. Com uma família de 10 irmãos, sendo nove homens e
uma mulher, com três já falecidos.
Começou sua jornada de trabalho no princípio de sua adolescência, quando
estudava das 08:00 h às 11:00 h. E às 12:00 horas entrava no trabalho em
uma farmácia, onde sua função era entregar remédios, nas horas vagas
fazia suas lições de casa, esta farmácia pertencia a D. Terezinha e
situava-se na Rua Turiassú com Ministro de Godói. Foi criado naquela
região e entrava no Palmeiras todos os dias. "Nasce aí um grande
palmeirense".
Estudou no Colégio Pedro II nas Perdizes, na Av. Água Branca, hoje
Francisco Matarazzo. Formado em direito pela Faculdade de Direito da
Fundação Bradesco, aposentado pela Prefeitura com 38 anos de trabalho.
Foi
administrador Regional de 5 Regionais de São Paulo, sendo elas: Vila
Mariana, Butantã, Capela do Socorro, Pinheiros e Casa Verde. Foi também
diretor da Embratur, Congás e Anhembi.
Dos
12 aos 15 anos desfilava como abre-alas no cordão carnavalesco "Campos
Elíseos", cujas cores eram "Roxo e Branco".
Quando o progresso chegou ao bairro das Perdizes os pobres mudaram-se
para outros bairros e a família Basílio mudou-se para a Vila Brasilândia.
Eduardo Basílio tinha então aproximadamente 15 anos, foi quando a
família Basílio começou a atuar na comunidade, em associações de
bairros, comerciais, igrejas, etc. Então surge aí o grande líder
comunitário Eduardo Basílio.
Foi
o idealizador e incentivador para a construção da Igreja Santo Antonio
da Brasilândia. Com seu espírito empreendedor, pioneiro e iluminado,
procurava trazer o progresso para Vila Brasilândia, como o 1º Colégio de
Desenvolvimento da Brasilândia, o cartório e muitas outras coisas mais.
Organizava festas juninas para arrecadar fundos, festas muito bem
organizadas, e a quadrilha que eles tinham, era tão bonita que recebia
convites para se apresentar em outros bairros.
Jovem influente e bem relacionado com todos,, que ganhou dos amigos o
carinhoso apelido de "cacau", porque gostava muito de licor de cacau.
Foi
dono de 6 padarias em São Paulo e sempre trabalhando na prefeitura, foi
dono de uma frota de taxi, sempre teve ao mesmo tempo duas ou três
atividades. Devoto de São Judas Tadeu a mais de 40 anos. Foi fundador e
primeiro Presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo.
Existia um time de futebol na Brasilândia chamdo Glorioso, durante seus
jogos sempre havia uma batucada na beira do campo, que originou a Escola
de Samba Rosas de Ouro.
Convidado pelo amigo José Luciano Tomás da Silva, para fazer parte da
diretoria da escola de samba, que foi fundada em 18/10/1971 com o nome
de Sociedade Rosas de ouro, e, segundo palavras do Sr. Eduardo Basílio:
"Para quem pensa que o nome Rosas de Ouro é por acaso, aí vai a
explicação: Rosas de Ouro é o símbolo do poder negro no Brasil, quando a
Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, ela estava para casar-se com o
Conde D'Eu.
O
Papa em homenagem a essa assinatura, mandou fundir um arranho em ouro
com três rosas para presentear a Princesa, e, essa jóia foi chamada
"Rosas de Ouro", e está em exposição no museu de Petrópolis. E foram os
negros que a entregaram à Princesa, foi o primeiro presente que o negro
deu e foi considerado o símbolo do poder negro no Brasil".
O
primeiro carnaval da Rosas de Ouro em 1971 na apresentação do Grupo III,
o enredo não poderia ser outro, "História da Brasilândia, bairro berço
da Rosas de Ouro", o tema foi sugerido pelo vice-presidente José Luciano
Tomás da Silva. A Rosas de Ouro suviu para ficar e nunca mais cair.
Nos
dois primeiros anos no Grupo I (atual Grupo Especial), ela foi
vice-campeã, logo de cara, era o aviso de que o carnaval paulistano
começava a mudar pra valer. Em 1983 veio o primeiro título, com o enredo
"Nostalgia", composto pelo imortal "Zeca da Casa Verde", o maior
compositor da Sociedade Rosas de Ouro de todos os tempos. No total ele
compôs sete sambas, A partir daí a Rosas de Ouro conquistou o campeonato
em 1984, 1990, 1991, 1992 e 1994.
Embora tendo todos estes títulos, o desfile que mais agradou o Sr.
Eduardo Basílio, foi o de 1977, tendo como tema: "O Poeta de Miraí"
(Ataulfo Alves), sendo considerado por ele o melhor samba da Rosas de
Ouro, apesar de ter ficado em quarto lugar.
A
Rosas de Ouro, sob o comando do Sr. Eduardo Basílio, sempre teve como
ponto forte a organização, evoluindo constantemente, até se tornar uma
grande empresa que hoje garante o sustento de 30 famílias durante o ano
todo.
O
Departamento de Eventos da Rosas de Ouro, já levou a entidade a vários
países do mundo, são eles: Holanda, Iraque, Japão, Costa Rica, Europa,
América, etc.
A
primeira excursão para o exterior foi em abril de 1989, quando foi
representar o Estado de São Paulo no 100º aniversário de Nagoya, no
Japão. Nesta oportunidade 48 componentes foram cantando e dançando do
aeroporto de Cumbica até Tokyo, e o mesmo ritual foi repetido de Tokyo à
Nagoya (8 horas de ônibus), o samba só foi parar no hotel 35 horas
depois do primeiro repique em Cumbica, desde então, ela é convidada
frequentemente para apresentações e shows naquele país.
Rosas de Ouro desenvolve hoje um projeto com várias atividades para
crianças, tais como: capoeira, ballet, mestre-sala e porta bandeira,
samba autêntico, bateria, dança de rua, etc. Projeto este que recebeu o
nome de: "Samba Se Aprende na Escola" e tem como slogan: "Quem Não Vai à
Escola, Não Vem na Escola".
"Homem de três amores", que são: D. Tereza, sua esposa, Angelina, sua
filha, e, Camila, sua neta. Amores estes que provavelmente o inspiraram
a construir o império Rosas de Ouro.
Figura polêmica, querida pelos inteligentes e odiado pelos
incompetentes. Criou uma escola de samba modelo, obrigando todas as
outras a seguir o seu estilo ou no mínimo, tentar acompanhar.
Bom administrador em todos os
sentidos, procura sempre administrar seus negócios com razão e não com o
coração. Viciado em trabalho, se envaidece com suas obras tão bem
sucedidas. Sempre alcança seus objetivos pois é insistente e
perseverante. É sempre o primeiro a chegar e o último a sair.
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