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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. X-9 PAULISTANA - CARNAVAL 2000
Enredo: Quem é Você Café!

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

ABERTURA

Quem é Você Café?

O enredo foi dividido em dois setores distintos conforme solicitação da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, do Anhembi, da Comissão de Festejos para os 500 anos e da Universidade de São Paulo.

1º Setor

a) Ciclo do Café 1730 à 1770

2º Setor

a) Repercussão do produto durante 3 séculos

b) A malha ferroviária

c) Imigrantes espanhóis e italianos

d) A crise de 1929

O Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba X-9 Paulistana, sente-se honrada pela oportunidade a ela concedida em contar parte da História do Brasil, do período denominado "Ciclo do Café" que na história econômica do Brasil, participou durante três séculos desses 500 anos de comemoração.

ENREDO

O Ciclo do Café, teve seu início no período compreendido entre 1730 à 1770, sendo introduzido em nosso país em 1727 por Francisco de Mello Palheta e que estendeu-se pela história econômica de nosso país por cerca de 300 anos.

Pode-se afirmar que, o Ciclo do Café foi o ciclo da história econômica do Brasil mais importante em vista de ter acontecido justamente após quase 70 anos em que nosso país tentou à sofridos custos, sobreviver às crises econômicas decorrentes dos finais dos Ciclos da Cana de Açúcar, do Ouro e outros menos representativos como o do Couro.

Este heróico ramo, foi testemunha de fatos importantes na História do Brasil. Ele viu chegar D. João VI e a Família Real Portuguesa que transformaria o Brasil Colônia em Capital do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves. Nesta época, o Brasil já teria mandado para Portugal, 45.000 Kg de café, quantidade essa, ainda inexpressiva para que o Café, fosse produto de primeira linha de exportação brasileira.

Este mesmo ramo, fez-se inserir, por orientação de nosso primeiro Imperador, Pedro I na primeira Bandeira Brasileira, de autoria do artista Jean Baptiste Debret, como importante riqueza agrícola de nosso país. Nessa época, o café já despontava como principal produto de exportação atingindo a casa de mais de 5.000.000 de sacas de 60 kg. Nessa época da Independência, o café viu nascer uma classe que formava a primeira nobreza de nosso país. Esse Ouro Verde, representava as novas possibilidades de acumulação de capital.

Surgiram os Senhores do Café, ou, Barões do Café, como eram conhecidos. Esses homens, diferenciavam-se dos outros grupos anteriores ou contemporâneos (Senhores do Engenho, Barões da Borracha). Tais homens, conduziam praticamente, a economia do país. Todos os passos para a produção, eram dados por eles, desde a aquisição de terras para o plantio até ao embarque e exportação. Faziam contatos oficiais nacionais e internacionais e aos poucos foram infiltrando-se na política.

As cidades explodem em produção de café, com qualidades especiais de Araxá, Campinas e Ribeirão Preto. Foi o café, o responsável pela introdução das vias férreas no Brasil, a fim de melhor escoamento do produto para os pontos do Rio de Janeiro e Santos à princípio.

Já no 2º Império, os Barões do Café tinham em suas mãos, a totalidade da economia do país e apoiavam o Imperador Pedro II. Em fins do século XIX, o café exportado já atingia à 14.000.000 de sacas de 60 kg do produto.

Os Barões do Café, foram os responsáveis pelas levas de imigrantes no Brasil, contratados para as lavouras cafeeiras em função da Lei Áurea que tornou livre a escravidão no Brasil. Foram também os Barões do Café que, sentindo-se traídos pela monarquia, em razão da abolição da escravatura, apoiaram as manifestações antimonárquicas promovidas pelos militares insatisfeitos com o Imperador que culminaria com a Proclamação da República. Nessa época o café exportado atingia à casa de 18.000.000 de sacas de 60 kg.

Com o início da República, o café sofreria abalos em, função de dívidas deixadas pelo Império. Mas sobreviveu graças a empréstimos feitos pela Inglaterra.

Com a queda da Primeira República, instaurou-se no Brasil uma política conhecida como Política Café com Leite, dirigida pelos Estados de São Paulo e Minas, principais responsáveis pelo Convênio de Taubaté que manteve a economia cafeeira até ao pânico, instaurado pela crise da Bolsa de Nova York em 1929, que jogou o preço do Café Brasileiro à valores mínimos.

Estava sacramentado, o fim deste fabuloso produto que, desde que, plantado em terras férteis do Rio de Janeiro em 1760 escreveu a história econômica mais fértil de nosso país sendo o protagonista financeiro dos fatos marcantes da História do Brasil, durante três séculos.

O que aconteceu depois?

Outros irão contar

Enquanto isso...

Que tal, um... cafezinho!!!

 


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