A Escola
inspirou-se esse ano nos movimentos jovens da década de 60, que
protestavam contra os costumes e as tradição da sociedade estabelecida.
Protestavam conta os costumes e as tradições da sociedade estabelecida.
Das diversas
tribos o destaque ficou com os Hippies. Eles acreditavam e pregava a paz
universal e o amor. Opuseram-se à atuação dos EUA na guerra do Vietnã e
viviam em pequenas comunidades. Achavam desnecessário o luxo e o
dinheiro e pregavam a igualdade social.
E é
homenagear e conta a história desses jovens que a X-9 entra agora na
avenida.
INTRODUÇÃO
Os
hippies eram membros de um movimento jovem de protesto surgido na década
de 60 (sessenta) tendo se alastrado por todo mundo.
Eram fundamentalmente um grupo de protesto contra os costumes e as tradições
da sociedade estabelecida.
Eles acreditavam no AMOR e na PAZ universal. Opuseram-se
à atuação dos EUA na guerra do Vietnã(1957-1975) e não pensavam que
determinadas pessoas devessem ser mais ricos e outras pobres.
Acreditavam que a maioria dos adultos só pensavam em ganhar dinheiro.
Viviam em comunidade pequenas e compartilhavam os bens materiais.
Adoravam a natureza principalmente as flores que achavam possuir força
de pacificar o universo.
Assim, a X-9 Paulistana, tornando como tema a saudação(slogan)
e o espírito deste grupo de pessoas que muito contribuíram para a união
dos Povos e a Paz entre os mesmos, vai fazer o seu Carnaval de 1996.
ANTECEDENTES
"Ainda que eu falasse as línguas dos Homens e dos Anjos, e não
tivesse o AMOR, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine"
(Cor 13.1)
Cristo foi o maior insensato de todos os tempos. Este grande insensato
foi crucificado pelos Fariseus comercializado pela autoridade de pessoas
respeitáveis e pela medíocre cultura oficial dos Filisteus. E não o tem
crucificado a igreja com sua hipocrisia diante de Cristo, de modo mais
profundo e sutil que qualquer pagão?
Divino insensato cuja compaixão imortal e santa loucura pôs uma luz
nas mãos escuras do mundo.
Como poderemos explicar o fenômeno HIPPIE? Seria simplesmente a
rebelião tradicional da juventude contra a autoridade paterna ou tem
repercussões mais profundas na sociedade e para os que tomam parte
dela?
O movimento HIPPIE foi deveras mais significativo e diferiu de forma
substancial dos "BBEATNIKS" da década de 50 ou da geração
perdida de 20 os dois grupos com os quais são freqüentemente
comparados.
O
COMEÇO DO SONHO
Nos EUA, o inconformismo vem junto com a guerra do Vietnã: De
roupas coloridas, cabelos longos, cultivando a terra e aprofundando o
autoconhecimento, os HIPPIES recusavam qualquer padrão
institucional adulto.
Na Inglaterra despontavam os BEATLES, cavalheiros do apocalipse,
radicalizando a forma de compor, cantar, vestir e viver.
No mundo inteiro a proposta HIPPIE e BEATLES encontrou
imediata ressonância - é o tempo do "FLOWER POWER"
(Força das Flores ou Poder da Flor) ou também do "MAKE LOVE
NOT WAR" (Faça Amor Não Faça Guerra).
O
SONHO ACABOU, É A HORA DE SONHAR
A década de 70 marca mundialmente o fim do sonho, os Beatles já
existem como grupo, a rebeldia juvenil foi incapaz de destruir o poder e
as instituições, as comunidades Hippies se desfazem.
O fato é que os jovens lá de fora, descrentes da assim chamadas
civilização ocidental, moderna, avançada, repressiva, buscam no
Oriente, novos antigos valores.
E tempo de zen-budismo, alimentação natural, busca de essência
individual.
No Brasil, são os tempos do milagre econômico, oferecendo as
maravilhas da sociedade de consumo à classe média do Brasil Grande,
Transamazônica , integração nacional. Quase como um símbolo, é no
início da década que se implanta no país primeira rede nacional de
TV.
Vivemos a era da TV colorida e do automóvel.
Gil em Londres, vivia o processo de orientalização, assistia aos espetáculos
de JIMMY HENDRIX, JANIS JOPLIN, ROLLING STONES, BOB DYLAN, viveu,
assim o final dos dois sonhos ao mesmo tempo.
A década de 70 é marcada mundialmente pelo enfrentamento de novas
questões.
Nos EUA a questão do negro e do índio vem a tona na rabeira da derrota
americana no Vietnã.
NO
PAÍS DO CARNAVAL - NOVAS BOSSAS NO PAÍS DO FUTURO
Na sociedade brasileira o debate sobre os benefícios do desenvolvimento
que se implantava.
Correntes à esquerda alinhavam-se com as chamadas classes populares,
exigindo um desenvolvimento da nação para o povo. E assim que a questão
nacional e popular ganha destaque, marcando toda a população cultural
a partir de então.
Na música, era a vez da Bossa Nova, criada no seio da classe média
universitária carioca da época.
Segundo Nelson Motta, por um lado a Bossa Nova recebia influência do
melhor Jazz americano de década de 50 e por outro das vanguardas européias
(nas letras falando de amor).
O movimento se expandia em duas vertentes: uma, mais preocupada com o
aperfeiçoamento rítmico e harmônico; outra, propondo o enfoque crítico
da realidade brasileira nas letras.
Havia uma ânsia de deixar o povo falar pela boca do artista, o que
caracterizou a chamada "arte participante".
E na verdade da aproximação com o povo do protesto e da denúncia, que
aparece GILBERTO GIL.
AQUILO
QUE O POVO DIZ
Entre duas vertentes se manifestaram em praticamente todos os campos
da produção artística, ambas comprometidas com a valorização da
palavra.
Surge a Poesia Concreta, redefinindo a função da palavra imprensa.
Essa também é a fase de afirmação do Cinema Novo, movimento jovem e
dos mais importantes na história cinematográfica brasileira.
No teatro montam-se musicais recuperando a história brasileira. O
Centro Popular de Cultura da UNE vive momentos de efervescente
atividade, dentro da proposta de levar cultura para o povo.
Na arena política, da nova capital federal, Brasília, recebe o
presidente Jânio Quadros por um curto período.
Depois de sua renúncia, o país deslancha para uma instabilidade política
que já se anunciava desde a posse de JK.
Parlamentarismo; João Goulart recupera os poderes presidencialistas e
por fim, o golpe.
A 31 de março de 1964, Jango é deposto e se instala um poder militar
cujos efeitos se prolongam até hoje.
Num primeiro momento, o golpe recai principalmente sobre a área política-institucional
e sobre a área sindical e popular: extingue-se o pluripartidarismo e
impõe-se o bipluripartidarismo e impõe-se bipartidarismo.
Lideres são presos, mortos ou se encaminham para o exílio. A devassa na área cultural não diretamente ligada ao Estado só se fará
sentir quatro anos mais tarde, no final de 1.968, com o Ato
Institucional número 5.
Ao lado da população
engajada, levada adiante basicamente por jovens
outra ala juvenil ria a JOVEM GUARDA, movimento que assume a modernidade
e internacionalidade do rock, introduz a guitarra elétrica e o ritmo
vibrante, e mantém nas letras uma visão ingênua e bastante
conformista do amor, do namoro, do flerte.
Seus seguidores, embora também da classe média, não são
predominantemente universitários.
Na Europa, a destruição que está implícita na sociedade
tecnologicamente avançada, no uso da energia nuclear, impulsiona a alta
ecológica.
Voltou-se para o oriente resultou num questionamento novo e diferente
dos valores ocidentais: o importante não é o que construiremos amanhã,
mas o que realmente fazemos hoje.
É do homem de hoje que nasce o de amanhã. Entram em cena o feminismo,
o homossexualismo a moral sexual.
Aqui, a partir de 73/74 começa uma retomada da luta política de oposição
ao regime.
A oposição vence eleições legislativas, desenvolve-se a luta pela
anistia política.
Ao lado disso, despontam também as questões que são trabalhadas
mundialmente: o negro, a mulher, o homem, os valores ocidentais e
orientais.
Com a TV via satélite, os acontecimentos do mundo são vistos e ouvidos
imediatamente (apesar da censura), incorporando o Brasil as questões
internacionais.
E é na música, produtos de consumo dissemido, que aparecem mais
amplamente todas as novas e antigas questões.
Da metáfora política, marca do início à metade dos anos 70, passa-se
ao realismo fantástico, na literatura, no teatro, nas novelas de TV.
Retorna-se o passado, das mais variadas formas. A vida inteligente começa
novamente a manifestar-se no país.
Estamos como o mundo novamente em fermentação.
Virá aí um novo sonho?
DE
PAZ
DE AMOR
DE FAZER AMOR
NÃO FAZER GUERRA
POIS
AÍ ESTÁ A ESSÊNCIA DE TODA A EXISTÊNCIA HUMANA
"O AMOR" |