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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.E.S. UNIDOS DO PERUCHE - CARNAVAL 1997
Enredo: Todo Brasileiro é um Rei com a Coroa Sideral

O Grêmio Recreativo
Autor: Sidinho Ramos

 

APRESENTAÇÃO

A Escola de Samba Unidos do Peruche entra na avenida com a força de sua tradição que enseja e privilegia a cultura e o bom gosto quando abre pano para capitular uma página imortal de nossa história, apontando para a época do descobrimento, com toda sua veracidade e fantasias, tendo sido, como sabemos, uma fábrica de heróis amalgamados por mãos hábeis de historiadores ideologicamente inseridos no contexto factual de nosso país.

Cronologicamente seguimos uma seleção razoável de temas (momentos históricos) mais importantes que serviram de suporte para o nosso trabalho.

Chegamos a atualidade paulista, e porque não dizer brasileira, certos de que cumprimos com o nosso objetivo de mostrar essa impressionante gama étnica que, ao longo dos anos vem compondo esse cenário multicolorido e eclético.

ENREDO

Desde as descobertas marítimas pelos portugueses e espanhóis, as ricas costas americanas vinham sendo disputadas pelas duas coroas européias. Cobiçavam as riquezas do novo Continente e aqui implantaram colônias. Uma delas se chamou Brasil.

No Brasil, por volta de 1.554, é fundada São Paulo de Piratininga, que viria ser mais tarde o centro do comércio e o início do movimento das bandeiras. As cores nativas eram admiradas, os bugres (Tapuias e Carajás - habitantes da região) foram os primeiros trabalhadores para a prosperidade da terra paulistana.

Por sua vez, os Bandeirantes adentram o sertão em busca de novas riquezas e de lá trouxeram o ouro e outras novidades, prata, couros de animais silvestres, pássaros exóticos, etc... Nessa época (por volta de 1.600) o Brasil estava sob o domínio da Espanha (a corte dos Filipes), pois Portugal havia ficado sem herdeiro para ocupar seu trono. Os espanhóis passaram a se interessar pela nova terra até que o Duque de Bragança (D. João IV) reúne a coroa portuguesa e o Brasil volta a ser Colônia Portuguesa.

Daí em diante (século XVIII), será o apogeu de São Paulo, artes locais fizeram com que São Paulo se tornasse uma cidade muito rica no comércio de tudo o que se possa imaginar.

Muitos eram os mercadores. O ouro, o diamante e as esmeraldas, eram abundantes, assim como a prata, os couros, as roupas e etc...

A arquitetura colonial paulistana passa a ter indícios de riqueza e originalidades e assim já começa a despontar como o lugar dos donos da fortuna. Duques e Condes passam a ganhar títulos de nobreza e vários europeus nobres para cá mudam-se de vez em busca de riqueza fácil.

Com o fim da mão-de-obra escrava, São Paulo recebe os imigrantes europeus, dispostos a ganhar algum dinheiro com lavoura, etc... já estamos no final do século XIX e início do século XX.

São Paulo começa a sofrer uma grande transformação, a era industrial.

Acontece a Semana da Arte Moderna, marco cultural que projeta São Paulo não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Dela participaram literatos e artistas diversos: Villa-Lobos, Anita Mafaldi, Di Cavalcanti, Oswald de Andrade, Mario de Andrade, entre outros.

Está lançado o futurismo. Surgem os migrantes nordestinos que foram os que começaram a trabalhar para construir a Cidade Sideral (a construção civil); com eles vieram: o forró, a religiosidade, os cangaceiros e trajes típicos de várias regiões. Surgem, também novos tipos de boêmios. Surgem novas atividades culturais naquela que é hoje a cidade sideral. Por quê?

São Paulo é a Nova York Brasileira, mistura de todos os povos e culturas; é uma metrópole valorizada por todo o empresário e termômetro monetário do país. Além de ser também uma cidade chegada ao futebol e ao carnaval.

Estamos assim abrangendo homenagem à maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. Quando falamos Sideral, colocamos São Paulo como a cidade fora do comum, ou seja, pós modernidade, em relação aos países da América Latina, o orgulho maior do Brasil, cantado e contado diversas vezes em verso e prosa, mas que a cada dia apresenta uma nova história a contar.

São Paulo cidade cosmopolita, como um todo a abrigar as mais variadas tendências que se multiplicam em opções diversas, para atender a grande corrente migratória que alia-se, instala dia após dia, num sem-fim de história que explode e torna a recomeçar.

 


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