APRESENTAÇÃO
A
Escola de Samba Unidos do
Peruche entra na avenida com a
força de sua tradição que enseja
e privilegia a cultura e o bom
gosto quando abre pano para
capitular uma página imortal de
nossa história, apontando para a
época do descobrimento, com toda
sua veracidade e fantasias,
tendo sido, como sabemos, uma
fábrica de heróis amalgamados
por mãos hábeis de historiadores
ideologicamente inseridos no
contexto factual de nosso país.
Cronologicamente seguimos uma
seleção razoável de temas
(momentos históricos) mais
importantes que serviram de
suporte para o nosso trabalho.
Chegamos a atualidade paulista,
e porque não dizer brasileira,
certos de que cumprimos com o
nosso objetivo de mostrar essa
impressionante gama étnica que,
ao longo dos anos vem compondo
esse cenário multicolorido e
eclético.
ENREDO
Desde as descobertas marítimas
pelos portugueses e espanhóis,
as ricas costas americanas
vinham sendo disputadas pelas
duas coroas européias. Cobiçavam
as riquezas do novo Continente e
aqui implantaram colônias. Uma
delas se chamou Brasil.
No
Brasil, por volta de 1.554, é
fundada São Paulo de
Piratininga, que viria ser mais
tarde o centro do comércio e o
início do movimento das
bandeiras. As cores nativas eram
admiradas, os bugres (Tapuias e
Carajás - habitantes da região)
foram os primeiros trabalhadores
para a prosperidade da terra
paulistana.
Por sua vez, os Bandeirantes
adentram o sertão em busca de
novas riquezas e de lá trouxeram
o ouro e outras novidades,
prata, couros de animais
silvestres, pássaros exóticos,
etc... Nessa época (por volta de
1.600) o Brasil estava sob o
domínio da Espanha (a corte dos
Filipes), pois Portugal havia
ficado sem herdeiro para ocupar
seu trono. Os espanhóis passaram
a se interessar pela nova terra
até que o Duque de Bragança (D.
João IV) reúne a coroa
portuguesa e o Brasil volta a
ser Colônia Portuguesa.
Daí em diante (século XVIII),
será o apogeu de São Paulo,
artes locais fizeram com que São
Paulo se tornasse uma cidade
muito rica no comércio de tudo o
que se possa imaginar.
Muitos eram os mercadores. O
ouro, o diamante e as
esmeraldas, eram abundantes,
assim como a prata, os couros,
as roupas e etc...
A
arquitetura colonial paulistana
passa a ter indícios de riqueza
e originalidades e assim já
começa a despontar como o lugar
dos donos da fortuna. Duques e
Condes passam a ganhar títulos
de nobreza e vários europeus
nobres para cá mudam-se de vez
em busca de riqueza fácil.
Com o fim da mão-de-obra
escrava, São Paulo recebe os
imigrantes europeus, dispostos a
ganhar algum dinheiro com
lavoura, etc... já estamos no
final do século XIX e início do
século XX.
São Paulo começa a sofrer uma
grande transformação, a era
industrial.
Acontece a Semana da Arte
Moderna, marco cultural que
projeta São Paulo não somente no
Brasil, mas em todo o mundo.
Dela participaram literatos e
artistas diversos: Villa-Lobos,
Anita Mafaldi, Di Cavalcanti,
Oswald de Andrade, Mario de
Andrade, entre outros.
Está lançado o futurismo. Surgem
os migrantes nordestinos que
foram os que começaram a
trabalhar para construir a
Cidade Sideral (a construção
civil); com eles vieram: o
forró, a religiosidade, os
cangaceiros e trajes típicos de
várias regiões. Surgem, também
novos tipos de boêmios. Surgem
novas atividades culturais
naquela que é hoje a cidade
sideral. Por quê?
São Paulo é a Nova York
Brasileira, mistura de todos os
povos e culturas; é uma
metrópole valorizada por todo o
empresário e termômetro
monetário do país. Além de ser
também uma cidade chegada ao
futebol e ao carnaval.
Estamos assim abrangendo
homenagem à maior cidade da
América Latina e uma das maiores
do mundo. Quando falamos
Sideral, colocamos São Paulo
como a cidade fora do comum, ou
seja, pós modernidade, em
relação aos países da América
Latina, o orgulho maior do
Brasil, cantado e contado
diversas vezes em verso e prosa,
mas que a cada dia apresenta uma
nova história a contar.
São Paulo cidade cosmopolita,
como um todo a abrigar as mais
variadas tendências que se
multiplicam em opções diversas,
para atender a grande corrente
migratória que alia-se, instala
dia após dia, num sem-fim de
história que explode e torna a
recomeçar.