Oriente Pequeno,
Oriente Grande, Cambinda Nova, Estrela Brilhante,
Cambinda Velha, Porto Rico, Sol Nascente, Leão
Coroado.
Elefante: Onde estão
as Calungas e a rosa Aluanda.
É o Maracatu que
chegou. É o ciclo de festa tempo de carnaval, quando
as pessoas se transformam em personagens, usando
máscaras, fantasias, exibindo alegria, deixando a
dança tomar conta do corpo.
Maracatu. Nascidos na
devoção de Nossa Senhora do Rosário e na dignidade
de Xangô. Religiosidade e festa de rua fazem os
desfiles de rei e rainha, de dama do paço, de damas
buquê, lanceiros, porta-lanterna, baianas, dama da
corte, carregadores de pálio, de batuqueiros,
porta-estandartes que formam as cortes africanas.
Origem? A festa da
coroação do Rei Congo, de etnia banto que os
escravos trouxeram para o Brasil, aqui já
vivencialmente afro-pernambucano, nordestino,
tropical e por tudo isso de feição nacional.
"Meu Maracatu
É da Coroa Imperial"
É de Império, é de
Reino, de Rei, de Rainha, a Nzinga Moandi, Rainha de
Matamba, de Angola que reuniu todas as etnias e se
erguei contra os portugueses com todo vigor buscando
a liberdade do seu povo, e hoje tem a figura
reverenciada na personagem da Rainha do Maracatu.
Em seus desfiles em
estruturas de cortejos reais estão ainda vivo o
ideal da liberdade, e São Paulo de Luanda em Angola,
fixou-se no sonho de Aruanda - a terra prometida no
desejo de retorno à África, de chegar além-mar. Por
isto a tradição faz os desfiles prestar homenagem às
águas, como se dançassem, contassem e tocassem para
se fazer ouvir por Iemanjá e Oxum, as águas, ou os
ventos e reaios de Insã e Xangô, e por isto cantam:
"Eu vou pra Luanda
Buscar miçanga
Pra Saramurá"
Assim um fio se liga
ao passado africano, confirmando com o hoje
brasileiro, numa composição hibridadas duas terras.