Num vôo mágico e fantástico, sobrevoando a cidade de São Paulo, a grande metrópole considerada como uma cidade de pedra pelos inúmeros prédios, ruas e avenidas, espalhados de norte a sul, de leste a oeste sobre sua imensa extensão, focalizamos pontos verdes sobressaindo nesse panorama; na realidade são muitos parques e jardins que dão a sustentação de vida a essa cidade de pedra.

O verdadeiro encontro com a natureza, tanto vegetal, como animal, se dá nesses parques e jardins que estão sempre prontos para receber os visitantes oferecendo inúmeras atrações para o seu lazer e conhecimento.

Pela quantidade muito grande de parques e jardins que encontramos, seria quase impossível falarmos de todos. Selecionamos um complexo deles que, por sinal, está muito próximo da Escola de Samba Barroca Zona Sul. Como um sonho, a magia desses parques e jardins se espalha por toda área onde convive a comunidade verde e rosa entre a cidade de pedra e o contato com a natureza!

Bem-vindos a este maravilhoso paraíso ecológico e cultural que é o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (Parque do Estado) que abre os seus portões históricos para que possamos desfrutar desse convívio com a natureza.

Criado em 12 de agosto de 1969, o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (que tem esse nome devido as nascentes existentes no Parque) é considerado um dos maiores do mundo, pela sua extensão demográfica que é de 575 hectares de área verde principalmente no lado sul que abriga a zona da Mata Atlântica, verdadeiro pulmão verde da Zona Sul.

Nessa imensa área se encontram diversos parques e jardins como por exemplo o Jardim Botânico de São Paulo, o Zoológico de São Paulo, o Simba Safári, o Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e o Centro de Exposições Imigrantes entre outros, que juntos formam um dos maiores complexos de divertimento e lazer da cidade.

O Jardim Botânico é cercado principalmente do lado sul pela reserva de Mata Atlântica nativa, uma floresta esculpida pela natureza, dando abrigo a diversas nascentes.

Em seu trajeto forma o Lago das Ninféias (tipo de plantas aquáticas flutuantes), calmo e acolhedor, onde os animais nativos a aves de várias espécies se banham na maior tranqüilidade, e o Riacho do Ipiranga. Outra grande atração é o Orquidário, que com seus magníficos exemplares de orquídeas e coleções de plantas e flores nativas e exóticas, paisagisticamente planejado, forma um verdadeiro jardim encantado, chamando a atenção dos visitantes.

Outra atração do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga é o Jardim Zoológico, onde existem cerca de 3.000 espécies de animais, entre mamíferos, aves e répteis, muitos vindos dos mais diferentes lugares do mundo, que vivem num recinto amplo, cuidadosamente preparado para cada espécie de animal.

É um passeio instrutivo e agradável, onde o visitante entra em contato direto com os animais, ambientados na mais completa e agradável reserva florestal.

Bem próximo ao Jardim Zoológico havia o Simba Safári, o Parque dos Leões, o único parque brasileiro, dirigido por particulares, que funciona durante anos em uma área estadual, reservada aos animais ferozes e exóticos, como leões, tigres, ursos, lhamas, zebras, macacos, hipopótamos, girafas entre as vinte e uma espécies existentes, espalhadas pelo parque, vivendo e mantidos soltos numa floresta, em ambiente de liberdade em contato direto com a natureza.

O idealizador e criador do Simba Safári foi um homem que dedicou grande parte de sua vida com muito amor aos animais, Francisco Luiz de Souza Corrêa Galvão, o Chico Galvão, com coragem e responsabilidade, dirigiu esse espetácular parque, onde as feras ficavam soltas e os visitantes enjaulados em seus carros, ou nos jipes do parque. Todos os que visitavam o local, principalmente as crianças adoravam e deliravam, com a aproximação dos bichos vistos de tão perto.

Na sua juventude Chico Galvão passou algum tempo na África e o Parque Nacional Kruger, um dos maiores do mundo, tendo trazido para São Paulo a idéia de formar um parque aos moldes da África. Assim em 1971 foi inaugurado, graças a concessão de uso, o Simba Safári, que permaneceu durante trinta anos até o fim do contrato, recebendo um número extraordinário de visitantes.

Hoje este parque está anexado ao Jardim Zoológico, estando aberto à visitação pública. Os animais, porém, principalmente os ferozes, que antes viviam soltos pelo parque, hoje se encontram ilhados em lugares planejados para eles, onde os visitantes podem admirá-los sem o contato direto e sem o menor perigo.

No centro de um jardim pitoresco no alto de um colina que domina o horizonte, encontramos o Instituto Astronômico e Geofísico, o IAG, um conjunto arquitetônico com suas místicas cúpulas e pavilhões (observatório), onde se desenvolvem pesquisas com significativas cooperação nacional e internacional que abrangem áreas de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas.

Em 8 de maio de 2001 a parte administrativa do Instituto se transfere para a Cidade Universitária.

Na parte remanescente, rodeada por 141 hectares de mata atlântica, está sendo criado um programa, aproveitando a infra-estrutura, para montar o "Parque de Ciências da Terra e do Universo", com atividades culturais, educativas e científicas.

É de se destacar que por esse imenso parque passa o Trópico de Capricórnio, linha imaginária, paralela à do equador, situada no Hemisfério Sul.

Dentro desse pulmão verde, que abrange tanta beleza natural, uma área foi dedicada ao Recinto de Exposições "Sálvio Pacheco de Almeida Prado" para exposições agropecuárias, fazendo parte do calendário anual oficial da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Por muitos anos essas exposições eram a grande atração: além de trazer um grande número de animais para a visitação pública, o seu maior chamariz eram os rodeios.

Muitos paulistanos vieram a conhecer o rodeio somente aqui nesse parque, onde participavam os mais destacados peões de todo o interior do Estado de São Paulo.

Em 1993 a Fazenda do Estado de São Paulo "Agrocentro/CNAGA" celebram um Contrato de Concessão de Uso Remunerada, tendo por objeto a concessão de uso, pelo prazo de 20 anos, do recinto de Exposições "Sálvio Pacheco de Almeida Prado", que continuaria, entretanto, a manter a realização de atividades agropecuárias.

A realização de rodeios, que eram a grande atração, ficara, porém, proibida a partir dessa data, permanecendo, entretanto, essa festa tão bonita, acrescida de outras atrações que a completavam, na lembrança dos mais antigos paulistanos.

Hoje o recinto é conhecido como Centro de Exposições Imigrantes, promovendo, além das festas agropecuárias, outros tipos de exposições.

Esses jardins, que já proporcionaram lazer e diversão há várias gerações, continuam a alegrar as nossas crianças e jovens de hoje, transmitindo amor pela nossa flora e fauna, pelo nosso folclore, pela nossa cultura e pela nossa história.

A Barroca Zona Sul com o enredo A Magia dos Jardins da Verde e Rosa, procurou lembrar  e relembrar a todos os paulistanos e turistas que visitam a capital o que a zona sul tem de mais bonito, que é a natureza preservada e a serviço do homem, localizada nos parques e jardins do conhecido "Parque do Estado".